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Voz do Pastor

Homilia do Papa Francisco na Solenidade de Corpus Christi

Homilia do Papa Francisco na Solenidade de Corpus Christi  
Basílica São João de Latrão - Quinta-feira, 19 de junho de 2014

Tradução: Liliane Borges

“O Senhor, vosso Deus, vos nutriu com o maná, que vós não conhecíeis” (Dt 8,2)
Estas palavras de Moisés referem-se a história de Israel, que Deus tirou do Egito, da condição de escravidão, e por quarenta anos guiou no deserto em direção à  terra prometida. Uma vez estabelecido na terra, o povo eleito chega a uma certa autonomia, um certo bem-estar, e corre o risco de esquecer os tristes acontecimentos do passado, superados pela intervenção de Deus e Sua infinita bondade. Por isso,  as Escrituras os exortam a recordar, fazer memória de todo o caminho feito no deserto, no tempo de fome e desconforto. O convite de Moisés é o do retorno ao essencial, à experiência da total dependência de Deus, quando a sobrevivência foi confiada em suas mãos, para que o homem compreendesse que “ele não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca do Senhor “(Dt 8, 3).

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Solenidade de Corpus Christi

  

ARQUIDIOCESE DE CUIABÁ: 

CONVOCAÇÃO PARA A SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI !

PARÓQUIAS:
Universitária São José, Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, São Gonçalo, São João Bosco, Santuário Eucarístico Nossa Senhora do Bom Despacho, Nossa Senhora da Guia (Coxipó), Nossa Senhora Medianeira, São João Bosco,Santuário Nossa Senhora Auxiliadora e Movimentos, RCC, MSM, OVISA, ECC...:
 

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI  EM CUIABÁ,MT - 2014    
        
A Arquidiocese Metropolitana de Cuiabá, MT (Igreja Católica) se prepara para a Solenidade de Corpus Christi – Festa do Corpo de Deus – aos 19 de junho/2014 – feriado e Dia Santo: Quinta-feira!

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Mensagem do Papa Dia Mundial das Missões

Por ocasião do Dia Mundial das Missões a ser celebrado em 19 de outubro, o papa Francisco enviou mensagem aos organismos, pastorais, movimentos e demais serviços engajados na dimensão missionária da Igreja. No texto, o papa recorda a criação da data, em 1926, proposta por Pio XI que desejou proclamar um dia anual em favor da atividade missionária da Igreja universal. A celebração ocorre sempre no penúltimo domingo de outubro de cada ano, tradicionalmente reconhecido como o mês missionário.
“Queridos irmãos e irmãs, neste Dia Mundial das Missões, dirijo o meu pensamento a todas as Igrejas locais: Não nos deixemos roubar a alegria da evangelização! Convido-vos a mergulhar na alegria do Evangelho e a alimentar um amor capaz de iluminar a vossa vocação e missão”, disse o papa Francisco na mensagem.

Leia o texto na íntegra:

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Homilia do Papa na Terra Santa

PEREGRINAÇÃO DE SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO À TERRA SANTA
POR OCASIÃO DO 50º ANIVERSÁRIO DO ENCONTRO EM JERUSALÉM
ENTRE O PAPA PAULO VI E O PATRIARCA ATENÁGORAS
24-26 DE MAIO DE 2014

SANTA MISSA
HOMILIA DO DO SANTO PADRE
Praça da Manjedoura (Belém)
Domingo, 25 de Maio de 2014

«Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12).
Que graça grande celebrar a Eucaristia junto do lugar onde nasceu Jesus! Agradeço a Deus e agradeço a vós que me acolhestes nesta minha peregrinação: o Presidente Mahmoud Abbas e demais autoridades; o Patriarca Fouad Twal, os outros Bispos e os Ordinários da Terra Santa, os sacerdotes, os dedicados Franciscanos, as pessoas consagradas e quantos trabalham por manter viva a fé, a esperança e a caridade nestes territórios; as delegações de fiéis vindas de Gaza, da Galileia, os imigrantes da Ásia e da África. Obrigado pela vossa recepção!
O Menino Jesus, nascido em Belém, é o sinal dado por Deus a quem esperava a salvação, e permanece para sempre o sinal da ternura de Deus e da sua presença no mundo. O Anjo disse aos pastores: «Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino…».

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Papa Francisco na Terra Santa

VIAGEM DO PAPA FRANCISCO À TERRA SANTA
DISCURSO
Cerimônia de boas vindas no Aeroporto Internacional de Tel Aviv
Domingo, 25 de maio de 2014

Senhor Presidente,
Senhor Primeiro-Ministro,
Excelências, Senhoras e Senhores!

Agradeço-vos cordialmente pela recepção no Estado de Israel, que tenho a alegria de visitar nesta minha peregrinação. Estou agradecido ao Senhor Presidente Shimon Peres e ao Senhor Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu pelas amáveis palavras que me dirigiram, e lembro com alegria os nossos encontros no Vaticano. Como sabeis, venho peregrino à distância de cinquenta anos da histórica viagem do Papa Paulo VI. Desde então muitas coisas mudaram entre a Santa Sé e o Estado de Israel: as relações diplomáticas, que existem entre nós já há vinte anos, têm favorecido o incremento de boas e cordiais relações, como testemunham os dois Acordos já assinados e ratificados e o que está em fase de aperfeiçoamento. Neste espírito, dirijo a minha saudação a todo o povo de Israel, com votos de que se realizem as suas aspirações de paz e prosperidade.

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HOMILIA CANONIZAÇÃO DOS BEATOS JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II

SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO DOS BEATOS JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça de São Pedro
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 27 de Abril de 2014

Foto: CANONIZAÇÃO - 27 DE ABRIL 2014

No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que São João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado.
Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite – como ouvimos –, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria. Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).

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Regina Coeli com o Papa Francisco

Regina Coeli com o Papa Francisco  - REGINA COELI
Praça São Pedro – Vaticano - Segunda-feira, 21 de abril de 2014

Boletim da Santa Sé -  Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Boa Páscoa! “Cristòs anèsti! – Alethòs anèsti!”, “Cristo ressuscitou! – Verdadeiramente ressuscitou!”. Está entre nós, aqui, na praça! Nesta semana podemos continuar a trocar felicitações pascais, como se fosse um único dia. É o grande dia que o Senhor fez.
O sentimento dominante que transparece dos relatos evangélicos da Ressurreição é a alegria repleta de estupor, mas um estupor grande! A alegria que vem de dentro! E na Liturgia nós revivemos o estado de espírito dos discípulos pela notícia que as mulheres tinham levado: Jesus ressuscitou! Nós O vimos!

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MENSAGEM URBI ET ORBI

MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE FRANCISCO

Foto: MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE FRANCISCO  PÁSCOA DE 2014 Domingo, 20 de Abril de 2014    Amados irmãos e irmãs, boa e santa Páscoa! Ressoa na Igreja espalhada por todo o mundo o anúncio do anjo às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou (...). Vinde, vede o lugar onde jazia» (Mt 28, 5-6). Este é o ponto culminante do Evangelho, é a Boa Nova por excelência: Jesus, o crucificado, ressuscitou! Este acontecimento está na base da nossa fé e da nossa esperança: se Cristo não tivesse ressuscitado, o cristianismo perderia o seu valor; toda a missão da Igreja via esgotar-se o seu ímpeto, porque dali partiu e sempre parte de novo. A mensagem que os cristãos levam ao mundo é esta: Jesus, o Amor encarnado, morreu na cruz pelos nossos pecados, mas Deus Pai ressuscitou-O e fê-Lo Senhor da vida e da morte. Em Jesus, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte.  Por isso, nós dizemos a todos: «Vinde e vede». Em cada situação humana, marcada pela fragilidade, o pecado e a morte, a Boa Nova não é apenas uma palavra, mas é um testemunho de amor gratuito e fiel: é sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente, é idoso ou excluído... «Vinde e vede»: o Amor é mais forte, o Amor dá vida, o Amor faz florescer a esperança no deserto.  Com esta jubilosa certeza no coração, hoje voltamo-nos para Vós, Senhor ressuscitado!  Ajudai-nos a procurar-Vos para que todos possamos encontrar-Vos, saber que temos um Pai e não nos sentimos órfãos; que podemos amar-Vos e adorar-Vos. Ajudai-nos a vencer a chaga da fome, agravada pelos conflitos e por um desperdício imenso de que muitas vezes somos cúmplices. Tornai-nos capazes de proteger os indefesos, sobretudo as crianças, as mulheres e os idosos, por vezes objecto de exploração e de abandono. Fazei que possamos cuidar dos irmãos atingidos pela epidemia de ébola na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria, e daqueles que são afectados por tantas outras doenças, que se difundem também pela negligência e a pobreza extrema. Consolai quantos hoje não podem celebrar a Páscoa com os seus entes queridos porque foram arrancados injustamente dos seus carinhos, como as numerosas pessoas, sacerdotes e leigos, que foram sequestradas em diferentes partes do mundo.  Confortai aqueles que deixaram as suas terras emigrando para lugares onde possam esperar um futuro melhor, viver a própria vida com dignidade e, não raro, professar livremente a sua fé.Pedimo-Vos, Jesus glorioso, que façais cessar toda a guerra, toda a hostilidade grande ou pequena, antiga ou recente!  Suplicamo-Vos, em particular, pela Síria, a amada Síria, para que quantos sofrem as consequências do conflito possam receber a ajuda humanitária necessária e as partes em causa cessem de usar a força para semear morte, sobretudo contra a população inerme, mas tenham a audácia de negociar a paz, há tanto tempo esperada. Jesus glorioso, pedimo-vos que conforteis as vítimas das violências fratricidas no Iraque e sustenteis as esperanças suscitadas pela retomada das negociações entre israelitas e palestinianos. Imploramo-Vos que se ponha fim aos combates na República Centro-Africana e que cessem os hediondos ataques terroristas em algumas zonas da Nigéria e as violências no Sudão do Sul. Pedimos-Vos que os ânimos se inclinem para a reconciliação e a concórdia fraterna na Venezuela. Pela vossa Ressurreição, que este ano celebramos juntamente com as Igrejas que seguem o calendário juliano, vos pedimos que ilumine e inspire as iniciativas de pacificação na Ucrânia, para que todas as partes interessadas, apoiadas pela Comunidade internacional, possam empreender todo esforço para impedir a violência e construir, num espírito de unidade e diálogo, o futuro do País.Que eles como irmãos possam cantar Хрhctос Воскрес. Pedimo-Vos, Senhor, por todos os povos da terra: Vós que vencestes a morte, dai-nos a vossa vida, dai-nos a vossa paz! Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!  Saudação Queridos irmãos e irmãs, Renovo os meus votos de feliz Páscoa a todos vós reunidos nesta Praça, vindos de todas as partes do mundo. Estendo as minhas felicitações pascais a todos que, de diversos países, estão conectados através dos meios de comunicação social. Levai às vossa famílias e às vossas comunidades o feliz anúncio que Cristo nossa paz e nossa esperança ressuscitou! Obrigado pela vossa presença, pela vossa oração e pelo vosso testemunho de fé. Um pensamento particular e de reconhecimento pelo dom das belíssimas flores, oriundas dos Países Baixos. Feliz Páscoa para todos!

PÁSCOA DE 2014
Domingo, 20 de Abril de 2014 

Amados irmãos e irmãs, boa e santa Páscoa!
Ressoa na Igreja espalhada por todo o mundo o anúncio do anjo às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou (...). Vinde, vede o lugar onde jazia» (Mt 28, 5-6).
Este é o ponto culminante do Evangelho, é a Boa Nova por excelência: Jesus, o crucificado, ressuscitou! Este acontecimento está na base da nossa fé e da nossa esperança: se Cristo não tivesse ressuscitado, o cristianismo perderia o seu valor; toda a missão da Igreja via esgotar-se o seu ímpeto, porque dali partiu e sempre parte de novo.

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Homilia Papa na Vigília Pascal

Foto: A cerimônia da Vigília Pascal no Vaticano, foi presidida pelo Papa Francisco neste sábado, 19, e concelebrada por centenas de sacerdotes, bispos e cardeais, na Basílica de São Pedro. A celebração teve início às 20h30 (horário italiano). Refletindo acerca do Evangelho proposto pela liturgia de hoje, o Papa Francisco destacou a frase de Jesus que ordena às mulheres: “Não tenham medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão. (cf. Mt, 28, 10)”. “Não tenha medo, é a voz que encoraja”, disse o Papa. “O anúncio das mulheres chegava como uma luz na escuridão. Não tenham medo e vão à Galileia”, enfatizou Francisco. Segundo o Pontífice, a Galileia é o lugar do primeiro chamado, onde tudo iniciara. “Voltar à Galileia significa reler tudo a partir da cruz e da vitória, sem medo. Não temer. Reler tudo. A pregação, a comunidade, até a traição. Reler tudo a partir do fim que é um novo início”. Francisco recordou também que, para todos os cristãos existe uma Galileia, trata-se do principio do caminho com Jesus. O Batismo, conforme explicou o Papa, é também este início de caminhada. “Ir à Galileia significa redescobrir o nosso Batismo como fonte viva; tirarmos energia nova para nossa vivência da fé. Retornar onde a Graça de Deus me tocou e levar calor e luz aos outros irmãos”. O Santo Padre também explicou que, na vida do cristão, depois do Batismo, existe outra Galileia, uma existencial, a do encontro pessoal com Jesus Cristo. “Ir à Galileia é recordar quando o Senhor nos chamara, disse meu nome e pediu-me para segui-lo. O momento em que Ele me fez sentir que me amara”, esclareceu o Papa. “Hoje cada um de nós pode recorda-se: qual é a minha Galileia? Eu me recordo? Lembro-me dela? Eu me esqueci? Procure-a, e encontrarás. Diga-me, Senhor, qual é a minha Galileia. Quero voltar lá para encontrar-te e deixar-me abraçar pela Sua misericórdia. Não ter medo!”, refletiu.

VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Sábado Santo, 19 de Abril de 2014

O Evangelho da ressurreição de Jesus Cristo começa referindo o caminho das mulheres para o sepulcro, ao alvorecer do dia depois do sábado. Querem honrar o corpo do Senhor e vão ao túmulo, mas encontram-no aberto e vazio. Um anjo majestoso diz-lhes: «Não tenhais medo!» (Mt 28, 5). E ordena-lhes que levem esta notícia aos discípulos: «Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia» (28, 7). As mulheres fogem de lá imediatamente, mas, ao longo da estrada, sai-lhes ao encontro o próprio Jesus que lhes diz: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão» (28, 10). «Não tenhais medo», «Não temais»: essa é uma voz que encoraja a abrir o coração para receber este anúncio.
Depois da morte do Mestre, os discípulos tinham-se dispersado; a sua fé quebrantara-se, tudo parecia ter acabado: desabadas as certezas, apagadas as esperanças. Mas agora, aquele anúncio das mulheres, embora incrível, chegava como um raio de luz na escuridão. A notícia espalha-se: Jesus ressuscitou, como predissera... E de igual modo a ordem de partir para a Galileia; duas vezes a ouviram as mulheres, primeiro do anjo, depois do próprio Jesus: «Partam para a Galileia. Lá Me verão». «Não temais» e «ide para a Galileia».
A Galileia é o lugar da primeira chamada, onde tudo começara! Trata-se de voltar lá, voltar ao lugar da primeira chamada. Jesus passara pela margem do lago, enquanto os pescadores estavam a consertar as redes. Chamara-os e eles, deixando tudo, seguiram-No» (cf. Mt 4, 18-22).

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Homilia Papa Francisco Missa Crismal

SANTA MISSA CRISMAL
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Foto: SANTA MISSA CRISMAL HOMILIA DO PAPA FRANCISCO  Basílica Vaticana - Quinta-feira, 17 de Abril de 2014  Ungidos com o óleo da alegria  Amados irmãos no sacerdócio! No Hoje da Quinta-feira Santa, em que Cristo levou o seu amor por nós até ao extremo (cf. Jo 13, 1), comemoramos o dia feliz da instituição do sacerdócio e o da nossa ordenação sacerdotal. O Senhor ungiu-nos em Cristo com óleo da alegria, e esta unção convida-nos a acolher e cuidar deste grande dom: a alegria, o júbilo sacerdotal. A alegria do sacerdote é um bem precioso tanto para si mesmo como para todo o povo fiel de Deus: do meio deste povo fiel é chamado o sacerdote para ser ungido e ao mesmo povo é enviado para ungir. Ungidos com óleo de alegria para ungir com óleo de alegria. A alegria sacerdotal tem a sua fonte no Amor do Pai, e o Senhor deseja que a alegria deste amor «esteja em nós» e «seja completa» (Jo 15, 11). Gosto de pensar na alegria contemplando Nossa Senhora: Maria é «Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288), e creio não exagerar se dissermos que o sacerdote é uma pessoa muito pequena: a grandeza incomensurável do dom que nos é dado para o ministério relega-nos entre os menores dos homens. O sacerdote é o mais pobre dos homens, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza; é o servo mais inútil, se Jesus não o trata como amigo; é o mais louco dos homens, se Jesus não o instrui pacientemente como fez com Pedro; o mais indefeso dos cristãos, se o Bom Pastor não o fortifica no meio do rebanho. Não há ninguém menor que um sacerdote deixado meramente às suas forças; por isso, a nossa oração de defesa contra toda a cilada do Maligno é a oração da nossa Mãe: sou sacerdote, porque Ele olhou com bondade para a minha pequenez (cf. Lc 1, 48). E, a partir desta pequenez, recebemos a nossa alegria. Alegria na nossa pequenez! Na nossa alegria sacerdotal, encontro três características significativas: uma alegria que nos unge (sem nos tornar untuosos, sumptuosos e presunçosos), uma alegria incorruptível e uma alegria missionária que irradia para todos e todos atrai a começar, inversamente, pelos mais distantes. Uma alegria que nos unge. Quer dizer: penetrou no íntimo do nosso coração, configurou-o e fortificou-o sacramentalmente. Os sinais da liturgia da ordenação falam-nos do desejo materno que a Igreja tem de transmitir e comunicar tudo aquilo que o Senhor nos deu: a imposição das mãos, a unção com o santo Crisma, o revestir-se com os paramentos sagrados, a participação imediata na primeira Consagração... A graça enche-nos e derrama-se íntegra, abundante e plena em cada sacerdote. Ungidos até aos ossos... e a nossa alegria, que brota de dentro, é o eco desta unção. Uma alegria incorruptível. A integridade do Dom – ninguém lhe pode tirar nem acrescentar nada – é fonte incessante de alegria: uma alegria incorruptível, a propósito da qual prometeu o Senhor que ninguém no-la poderá tirar (cf. Jo 16, 22). Pode ser adormentada ou sufocada pelo pecado ou pelas preocupações da vida, mas, no fundo, permanece intacta como o tição aceso dum cepo queimado sob as cinzas, e sempre se pode renovar. Permanece sempre actual a recomendação de Paulo a Timóteo: reaviva o fogo do dom de Deus, que está em ti pela imposição das minhas mãos (cf. 2 Tm 1, 6). Uma alegria missionária. Sobre esta terceira característica, quero alongar-me mais convosco sublinhando-a de maneira especial: a alegria do sacerdote está intimamente relacionada com o povo fiel e santo de Deus, porque se trata de uma alegria eminentemente missionária. A unção ordena-se para ungir o povo fiel e santo de Deus: para baptizar e confirmar, para curar e consagrar, para abençoar, para consolar e evangelizar. E, sendo uma alegria que flui apenas quando o pastor está no meio do seu rebanho (mesmo no silêncio da oração, o pastor que adora o Pai está no meio das suas ovelhas), é, por isso, uma «alegria guardada» por este mesmo rebanho. Mesmo nos momentos de tristeza, quando tudo parece entenebrecer-se e nos seduz a vertigem do isolamento, naqueles momentos apáticos e chatos que por vezes nos assaltam na vida sacerdotal (e pelos quais também eu passei), mesmo em tais momentos o povo de Deus é capaz de guardar a alegria, é capaz de proteger-te, abraçar-te, ajudar-te a abrir o coração e reencontrar uma alegria renovada. «Alegria guardada» pelo rebanho e guardada também por três irmãs que a rodeiam, protegem e defendem: irmã pobreza, irmã fidelidade e irmã obediência. A alegria do sacerdote é uma alegria que tem como irmã a pobreza. O sacerdote é pobre de alegrias meramente humanas: renunciou a tantas coisas! E, visto que é pobre – ele que tantas coisas dá aos outros –, a sua alegria deve pedi-la ao Senhor e ao povo fiel de Deus. Não deve buscá-la ele mesmo. Sabemos que o nosso povo é generosíssimo a agradecer aos sacerdotes os mínimos gestos de bênção e, de modo especial, os Sacramentos. Muitos, falando da crise de identidade sacerdotal, não têm em conta que a identidade pressupõe pertença. Não há identidade – e, consequentemente, alegria de viver – sem uma activa e empenhada pertença ao povo fiel de Deus (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 268). O sacerdote que pretende encontrar a identidade sacerdotal indagando introspectivamente na própria interioridade, talvez não encontre nada mais senão sinais que dizem «saída»: sai de ti mesmo, sai em busca de Deus na adoração, sai e dá ao teu povo aquilo que te foi confiado, e o teu povo terá o cuidado de fazer-te sentir e experimentar quem és, como te chamas, qual é a tua identidade e fazer-te-á rejubilar com aquele cem por um que o Senhor prometeu aos seus servos. Se não sais de ti mesmo, o óleo torna-se rançoso e a unção não pode ser fecunda. Sair de si mesmo requer despojar-se de si, comporta pobreza. A alegria sacerdotal é uma alegria que tem como irmã a fidelidade. Não tanto no sentido de que seremos todos «imaculados» (quem dera que o fôssemos, com a graça de Deus!), dado que somos pecadores, como sobretudo no sentido de uma fidelidade sempre nova à única Esposa, a Igreja. Aqui está a chave da fecundidade. Os filhos espirituais que o Senhor dá a cada sacerdote, aqueles que baptizou, as famílias que abençoou e ajudou a caminhar, os doentes que apoia, os jovens com quem partilha a catequese e a formação, os pobres que socorre… todos eles são esta «Esposa» que o sacerdote se sente feliz em tratar como sua predilecta e única amada e ser-lhe fiel sem cessar. É a Igreja viva, com nome e apelido, da qual o sacerdote cuida na sua paróquia ou na missão que lhe foi confiada, é essa que lhe dá alegria quando lhe é fiel, quando faz tudo o que deve fazer e deixa tudo o que deve deixar contanto que permaneça no meio das ovelhas que o Senhor lhe confiou: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 16.17). A alegria sacerdotal é uma alegria que tem como irmã a obediência. Obediência à Igreja na Hierarquia que nos dá, por assim dizer, não só o âmbito mais externo da obediência: a paróquia à qual sou enviado, as faculdades do ministério, aquele encargo particular... e ainda a união com Deus Pai, de Quem deriva toda a paternidade. Mas também a obediência à Igreja no serviço: disponibilidade e prontidão para servir a todos, sempre e da melhor maneira, à imagem de «Nossa Senhora da prontidão» (cf. Lc 1, 39: meta spoudes), que acorre a servir sua prima e está atenta à cozinha de Caná, onde falta o vinho. A disponibilidade do sacerdote faz da Igreja a Casa das portas abertas, refúgio para os pecadores, lar para aqueles que vivem na rua, casa de cura para os doentes, acampamento para os jovens, sessão de catequese para as crianças da Primeira Comunhão... Onde o povo de Deus tem um desejo ou uma necessidade, aí está o sacerdote que sabe escutar (ob-audire) e pressente um mandato amoroso de Cristo que o envia a socorrer com misericórdia tal necessidade ou a apoiar aqueles bons desejos com caridade criativa. Aquele que é chamado saiba que existe neste mundo uma alegria genuína e plena: a de ser tomado pelo povo que uma pessoa alguém ama até ao ponto de ser enviada a ele como dispensadora dos dons e das consolações de Jesus, o único Bom Pastor, que, cheio de profunda compaixão por todos os humildes e os excluídos desta terra, cansados e abatidos como ovelhas sem pastor, quis associar muitos sacerdotes ao seu ministério para, na pessoa deles, permanecer e agir Ele próprio em benefício do seu povo. Nesta Quinta-feira santa, peço ao Senhor Jesus que faça descobrir a muitos jovens aquele ardor do coração que faz acender a alegria logo que alguém tem a feliz audácia de responder com prontidão à sua chamada. Nesta Quinta-feira santa, peço ao Senhor Jesus que conserve o brilho jubiloso nos olhos dos recém-ordenados, que partem para «se dar a comer» pelo mundo, para consumar-se no meio do povo fiel de Deus, que exultam preparando a primeira homilia, a primeira Missa, o primeiro Baptismo, a primeira Confissão... é a alegria de poder pela primeira vez, como ungidos, partilhar – maravilhados – o tesouro do Evangelho e sentir que o povo fiel volta a ungir-te de outra maneira: com os seus pedidos, inclinando a cabeça para que tu os abençoes, apertando-te as mãos, apresentando-te aos seus filhos, intercedendo pelos seus doentes... Conserva, Senhor, nos teus sacerdotes jovens, a alegria de começar, de fazer cada coisa como nova, a alegria de consumar a vida por Ti. Nesta Quinta-feira sacerdotal, peço ao Senhor Jesus que confirme a alegria sacerdotal daqueles que têm muitos anos de ministério. Aquela alegria que, sem desaparecer dos olhos, pousa sobre os ombros de quantos suportam o peso do ministério, aqueles sacerdotes que já tomaram o pulso ao trabalho, reúnem as suas forças e se rearmam: «tomam fôlego», como dizem os desportistas. Conserva, Senhor, a profundidade e a sábia maturidade da alegria dos sacerdotes adultos. Saibam orar como Neemias: a alegria do Senhor é a minha força  (cf. Ne 8, 10). Enfim, nesta Quinta-feira sacerdotal, peço ao Senhor Jesus que brilhe a alegria dos sacerdotes idosos, sãos ou doentes. É a alegria da Cruz, que dimana da certeza de possuir um tesouro incorruptível num vaso de barro que se vai desfazendo. Saibam estar bem em qualquer lugar, sentindo na fugacidade do tempo o sabor do eterno (Guardini). Sintam, Senhor, a alegria de passar a chama, a alegria de ver crescer os filhos dos filhos e de saudar, sorrindo e com mansidão, as promessas, naquela esperança que não desilude.  © Copyright - Libreria Editrice Vaticana

Basílica Vaticana - Quinta-feira, 17 de Abril de 2014

Ungidos com o óleo da alegria

Amados irmãos no sacerdócio! No Hoje da Quinta-feira Santa, em que Cristo levou o seu amor por nós até ao extremo (cf. Jo 13, 1), comemoramos o dia feliz da instituição do sacerdócio e o da nossa ordenação sacerdotal. O Senhor ungiu-nos em Cristo com óleo da alegria, e esta unção convida-nos a acolher e cuidar deste grande dom: a alegria, o júbilo sacerdotal. A alegria do sacerdote é um bem precioso tanto para si mesmo como para todo o povo fiel de Deus: do meio deste povo fiel é chamado o sacerdote para ser ungido e ao mesmo povo é enviado para ungir.
Ungidos com óleo de alegria para ungir com óleo de alegria. A alegria sacerdotal tem a sua fonte no Amor do Pai, e o Senhor deseja que a alegria deste amor «esteja em nós» e «seja completa» (Jo 15, 11). Gosto de pensar na alegria contemplando Nossa Senhora: Maria é «Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288), e creio não exagerar se dissermos que o sacerdote é uma pessoa muito pequena: a grandeza incomensurável do dom que nos é dado para o ministério relega-nos entre os menores dos homens. O sacerdote é o mais pobre dos homens, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza; é o servo mais inútil, se Jesus não o trata como amigo; é o mais louco dos homens, se Jesus não o instrui pacientemente como fez com Pedro; o mais indefeso dos cristãos, se o Bom Pastor não o fortifica no meio do rebanho. Não há ninguém menor que um sacerdote deixado meramente às suas forças; por isso, a nossa oração de defesa contra toda a cilada do Maligno é a oração da nossa Mãe: sou sacerdote, porque Ele olhou com bondade para a minha pequenez (cf. Lc 1, 48). E, a partir desta pequenez, recebemos a nossa alegria. Alegria na nossa pequenez!

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