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Voz do Pastor

Mensagem da Quaresma

Mensagem da Quaresma do Sumo Pontífice Papa Francisco

Foto: Mensagem da Quaresma do Sumo Pontífice Papa Francisco  O convite aos cristãos para testemunharem sua fé por meio da convivência comunitária é feito pelo papa Francisco em sua mensagem para o Quaresma 2014, que terá início no dia 05 de março, Quarta-feira de Cinzas. O texto divulgado pelo Vaticano, nesta terça-feira, 4, apresenta algumas reflexões chamadas pelo de “caminho pessoal e comunitário de conversão”. “O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança”, disse o papa Francisco. Confira a íntegra da mensagem: Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)  Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico? A graça de Cristo Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 22). A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2). Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8, 29). Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo. O nosso testemunho Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo. À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiênicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diaconia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha. Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína econômica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus. O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana. Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói. Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde! Vaticano, 26 de Dezembro de 2013 Festa de Santo Estêvão, diácono e protomártir. Papa Francisco

O convite aos cristãos para testemunharem sua fé por meio da convivência comunitária é feito pelo papa Francisco em sua mensagem para o Quaresma 2014, que terá início no dia 05 de março, Quarta-feira de Cinzas. O texto divulgado pelo Vaticano, nesta terça-feira, 4, apresenta algumas reflexões chamadas pelo de “caminho pessoal e comunitário de conversão”.
“O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança”, disse o papa Francisco. Confira a íntegra da mensagem:
Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)

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HOMILIA VINDE E VEDE – 04/março/2014

HOMILIA – 28º. VINDE & VEDE – 04/março/2014Dom Milton Santos – Arcebispo Metropolitano de Cuiabá               Estamos nos “finalmentes” do 28º. VINDE & VEDE/2014… Você está contemplando pela terceira vez um novo cenário para os mega-eventos que aqui começaram a acontecer a partir de 2012: o MEMORIAL PAPA JOÃO PAULO II – …

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HOMILIA VINDE E VEDE-2014 – CENÁCULO

HOMILIA  -  VINDE-&-VEDE-2014 - CENÁCULO         
+Milton Santos – Arcebispo Metropolitano de Cuiabá -  03/março/2014     
              
Hoje, aqui no Memorial Papa João Paulo II, estamos realizando este Mega-Cenáculo,  pela quarta vez  sem a presença física do Saudoso Pe. Stefano Gobbi, animador do Movimento Sacerdotal Mariano e do Movimento Mariano. Em 2011  a sua já frágil saúde o impediu de viajar para o Brasil e estar entre nós na celebração das Bodas Pratas (25 anos) do Vinde & Vede. Hoje – mais um ano depois do doloroso e inesperado acontecimento da morte do querido Pe. Stefano Gobbi, aos 29 de junho de 2011, dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo – Dia do Papa! – eu estava em Collevalenza/Itália participando do Retiro Espiritual com Sacerdotes de tantas partes do mundo – e, participei dos funerais em missa de corpo presente na despedida do nosso animador do Movimento Sacerdotal Mariano Pe. Stefano Gobbi. Hoje temos entre nós o Revmo. Sr. Pe. LAURENT LAROQUE: BEM-VINDO! ESTAMOS MUITO FELIZES COM A SUA PRESENÇA, E, JÁ AGRADECEMOS O INCENTIVO E DINAMISMO QUE JÁ ESTÁ COLOCANDO NO MOVIMENTO SACERDOTAL MARIANO. Como dizia o Pe. GOBBI, NOSSA SENHORA É A COORDENADORA DO MOVIMENTO...

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HOMILIA 28º VINDE E VEDE-2014 – Domingo

HOMILIA – 28º. VINDE & VEDE-2014 - Domingo
Dom Milton Santos – Arcebispo de Cuiabá 02/MARÇO/2014                

INÍCIO DA SANTA MISSA:
ESTE 28° VINDE & VEDE-2014 quer ser para nós o “dia seguinte”, o “Day after”. Assim, como ontem no MICARECRISTO, com a presença tão expressiva de jovens, hoje também estamos transformando o Memorial Papa João Paulo II na “Praia  de Copacabana do Rio Janeiro em Cuiabá”, uma “Praia de Copacabana de Crianças, Jovens, Famílias; fiéis de tantos lugares... de perto, de longe!” Quem veio de Várzea Grande, levante a mão! Bem-Vindos! Quem é de Cuiabá... Bem-Vindos! Levante a mão quem veio de fora de Várzea Grande e fora de Cuiabá! Bem-Vindos!

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HOMILIA 28º. VINDE E VEDE-2014 (Sábado)

HOMILIA – 28º. VINDE & VEDE-2014
Dom Milton Santos – Arcebispo de Cuiabá - 01/março/2014           
Neste momento fazemos a abertura do MICARECRISTO NO 28° VINDE & VEDE-2014 com esta Santa Missa. Nestes últimos dias iniciamos um movimento através das redes sociais: o ROLECRISTO... através das redes sociais! Até escolhemos um hino com a Música de Roberto Carlos “A GUERRA DOS MENINOS”. (MÚSICA – DVD) ----- A música diz: “E saí cantando meu pequeno hino /quando vi que alguém também cantava...” “Outros que brincavam mais além / deixavam de brincar pra vir também!” Você percebe que a juventude, se quer, sabe “viver em rede”. A música ainda diz: “E cada vez crescia mais aquele batalhão de paz onde já marchavam mais de cem!” O MICARECRISTO é o momento para retomarmos a JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE... Veja esta realidade retratada pela música: “De todos os lugares vinham aos milhares e em pouco tempo eram milhões, invadindo ruas, campos e cidades espalhando AMOR AOS CORAÇÕES.”  Não podemos perder o pique, o dinamismo e entusiasmo da Jornada Mundial da Juventude: - Leia comigo: JOVEM EVANGELIZA JOVEM!

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Criação de Novos Cardeais

CONSISTÓRIO ORDINÁRIO PÚBLICO PARA A CRIAÇÃO DE NOVOS CARDEAIS
CAPELA PAPAL - HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana - Sábado, 22 de Fevereiro de 2014

Jesus caminhava à frente deles» (Mc 10, 32).

Também neste momento Jesus caminha à nossa frente. Ele está sempre à nossa frente. Precede-nos e abre-nos o caminho... E esta é a nossa confiança e a nossa alegria: ser seus discípulos, estar com Ele, caminhar atrás d’Ele, segui-Lo...
Quando eu e os Cardeais concelebrámos juntos a primeira santa Missa na Capela Sistina, «caminhar» foi a primeira palavra que o Senhor nos propôs: caminhar e, em seguida, construir e confessar.
Hoje volta aquela palavra, mas como um acto, como a acção de Jesus que continua: «Jesus caminhava…» Isto é uma coisa que impressiona nos Evangelhos: Jesus caminha muito e instrui os seus discípulos ao longo do caminho. Isto é importante. Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia... mas um «caminho», uma estrada que se deve percorrer com Ele; e aprende-se a estrada, percorrendo-a, caminhando. Sim, queridos Irmãos, esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus.

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Homilia Papa Francisco Apresentação do Senhor

Foto: HOMILIA Festa da Apresentação do Senhor Dia Mundial da Vida Consagrada Basílica Vaticana Domingo, 2 de fevereiro de 2014  Boletim da Santa Sé Tradução: Jéssica Marçal A festa da Apresentação de Jesus ao Templo é chamada também de festa do encontro: na liturgia, no início se diz que Jesus vai ao encontro do seu Povo, é o encontro entre Jesus e o seu povo; quando Maria e José levaram o seu menino ao Templo de Jerusalém, acontece o primeiro encontro entre Jesus e o seu povo, representado pelos dois anciãos Simeão e Ana. Aquele foi também um encontro dentro da história do povo, um encontro entre os jovens e os idosos; os jovens eram Maria e José, com o seu recém-nascido; e os idosos eram Simeão e Ana, dois personagens que frequentavam sempre o Templo. Observemos o que o evangelista Lucas diz deles, como os descreve. De Nossa Senhora e de São José, repete quatro vezes que queriam fazer aquilo que estava prescrito na Lei do Senhor (cfr Lc 2,22.23.24.27). Percebe-se que os pais de Jesus têm a alegria de observar os preceitos de Deus, sim, a alegria de caminhar na Lei do Senhor! São dois esposos novos, recém tiveram a criança e estão animados pelo desejo de cumprir aquilo que está prescrito. Não é um fato exterior, não é para sentir-se com o dever cumprido, não! É um desejo forte, profundo, cheio de alegria. É aquilo que diz o Salmo: “Na observância dos teus ensinamentos eu me alegro… A vossa lei é a minha delícia” (119,14.77). E o que São Lucas diz dos idosos? Destaca mais de uma vez que eram guiados pelo Espírito Santo. De Simeão afirma que era um homem justo e religioso, que esperava a consolação de Israel, e que “o Espírito Santo estava sobre ele” (2, 25); diz que “o Espírito Santo lhe havia anunciado” que antes de morrer iria ver o Cristo, o Messias (v. 26); e enfim que se dirigiu ao Templo “movido pelo Espírito” (v. 27). De Ana, depois, diz que era uma “profetisa” (v. 36), isso é, inspirada por Deus; e que estava sempre no Templo “servindo Deus com jejum e oração” (v. 37). Em suma, estes dois anciãos são cheios de vida! São cheios de vida porque animados pelo Espírito Santo, dóceis à sua ação, sensíveis aos seus chamados… E então o encontro entre a Sagrada Família e estes dois representantes do povo santo de Deus. No centro está Jesus. É Ele que move tudo, que atrai uns e outros ao Templo, que é a casa de seu Pai. É um encontro entre os jovens cheios de alegria no observar a Lei do Senhor e os idosos cheios de alegria pela ação do Espírito Santo. É um singular encontro entre a observância e a profecia, onde os jovens são os observadores e os idosos são os proféticos! Na realidade, se refletimos bem, a observância da Lei é animada pelo mesmo Espírito e a profecia se move no caminho traçado pela Lei. Quem mais que Maria é cheia do Espírito Santo? Quem mais que ela é dócil à sua ação? À luz desta cena evangélica olhamos à vida consagrada como a um encontro com Cristo: é Ele que vem a nós, trazido por Maria e José, e somos nós que vamos a Ele, guiados pelo Espírito Santo. Mas no centro está Ele. Ele move tudo, Ele nos atrai ao Templo, à Igreja, onde podemos encontrá-Lo, reconhecê-Lo, acolhê-Lo, abraçá-Lo. Jesus vem ao nosso encontro na Igreja através do carisma fundacional de um Instituto: é belo pensar assim na nossa vocação! O nosso encontro com Cristo tomou a sua forma na Igreja mediante o carisma de um seu testemunho, de uma sua testemunha. Isto sempre nos surpreende e nos faz dar graças. E também na vida consagrada se vive o encontro entre os jovens e os idosos, entre a observância e a profecia. Não os vejamos como duas realidades opostas! Deixemos, em vez disso, que o Espírito Santo anime ambos, e o sinal disto é a alegria: a alegria de observar, de caminhar em uma regra de vida; e a alegria de ser guiados pelo Espírito, nunca rígidos, nunca fechados, sempre abertos à voz de Deus que fala, que abre, que conduz, que nos convida a seguir para o verdadeiro horizonte. Faz bem aos idosos comunicar a sabedoria aos jovens; e faz bem aos jovens acolher este patrimônio de experiência e de sabedoria, e levá-lo adiante, não para protegê-lo em um saco, mas para levá-lo adiante enfrentando os desafios que a vida nos apresenta, levando adiante pelo bem das respectivas famílias religiosas e de toda a Igreja. A graça deste mistério, o mistério do encontro, ilumine-nos e nos conforte no nosso caminho. Amém.

HOMILIA Festa da Apresentação do Senhor -  Dia Mundial da Vida Consagrada
Basílica Vaticana -  Domingo, 2 de fevereiro de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
A festa da Apresentação de Jesus ao Templo é chamada também de festa do encontro: na liturgia, no início se diz que Jesus vai ao encontro do seu Povo, é o encontro entre Jesus e o seu povo; quando Maria e José levaram o seu menino ao Templo de Jerusalém, acontece o primeiro encontro entre Jesus e o seu povo, representado pelos dois anciãos Simeão e Ana.
Aquele foi também um encontro dentro da história do povo, um encontro entre os jovens e os idosos; os jovens eram Maria e José, com o seu recém-nascido; e os idosos eram Simeão e Ana, dois personagens que frequentavam sempre o Templo.

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CONSISTÓRIO DE 22 DE FEVEREIRO

CARTA DO PAPA FRANCISCO AOS NOVOS PURPURADOS QUE SERÃO CRIADOS
 NO CONSISTÓRIO DE 22 DE FEVEREIRO

Amado Irmão!
No dia em que se torna pública a tua designação para fazer parte do Colégio cardinalício, desejo transmitir-te a minha cordial saudação, juntamente com a certeza da minha proximidade e da minha oração. Desejo que, enquanto agregado à Igreja de Roma, revestido das virtudes e dos sentimentos do Senhor Jesus (cf.  Rm 13, 14), tu possas ajudar-me com eficácia fraternal no meu serviço à Igreja universal.
O Cardinalato não significa uma promoção, uma honra ou uma decoração; é simplesmente um serviço e exige que se alargue o olhar e se amplie o coração. E, embora pareça um paradoxo, este poder olhar mais longe e amar mais universalmente, com maior intensidade, só se pode adquirir seguindo o mesmo caminho do Senhor: a vereda do abaixamento e da humildade, assumindo a forma do servo (cf. Fl 2, 5-8). É por isso que te peço, por favor, que recebas esta designação com um coração simples e humilde. E, não obstante tu devas fazê-lo com júbilo e alegria, faz com que este sentimento permaneça distante de qualquer expressão de mundanidade, de qualquer festa alheia ao espírito evangélico de austeridade, sobriedade e pobreza.
Portanto, ver-nos-emos, no próximo dia 20 de Fevereiro, quando daremos início aos dois dias de reflexão sobre a família. Permaneço à tua disposição e, por favor, peço-te que rezes e faças rezar por mim.
Jesus te abençoe e a Santa Virgem te proteja.
Fraternalmente,
FRANCISCO
Vaticano, 12 de Janeiro de 2014.

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48º Dia Mundial das Comunicações Sociais

O Pontifício Conselho para as Comunicações divulgou hoje, 23, a mensagem do papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado em 1º de junho. O texto traz como tema “Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro”.
O papa reconhece a importância dos meios de comunicação e novas mídias sociais digitais. " Podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana”, afirma. Porém, faz um alerta para que as redes não sejam usadas para o isolamento social. “O próprio mundo dos mass media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas”, acrescenta o papa.
Confira a íntegra do texto:
Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais

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SANTA MISSA NA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

SANTA MISSA NA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Segunda-feira, 6 de Janeiro de 2014

Lumen requirunt lumine». Esta sugestiva frase dum hino litúrgico da Epifania refere-se à experiência dos Magos: seguindo uma luz, eles procuram a Luz. A estrela aparecida no céu acende, nas suas mentes e corações, uma luz que os move à procura da grande Luz de Cristo. Os Magos seguem fielmente aquela luz, que os penetra interiormente, e encontram o Senhor.
Neste percurso dos Magos do Oriente, está simbolizado o destino de cada homem: a nossa vida é um caminhar, guiado pelas luzes que iluminam a estrada, para encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós, cristãos, reconhecemos em Jesus, Luz do mundo. E, como os Magos, cada homem dispõe de dois grandes «livros» donde tirar os sinais para se orientar na peregrinação: o livro da criação e o livro das Sagradas Escrituras. Importante é estar atento, velar, ouvir Deus que nos fala – sempre nos fala. Como diz o Salmo, referindo-se à Lei do Senhor: «A tua palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sal 119/118, 105). E, de modo especial, o ouvir o Evangelho, lê-lo, meditá-lo e fazer dele nosso alimento espiritual permite-nos encontrar Jesus vivo, ter experiência d’Ele e do seu amor.

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