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Liturgia – 8º Domingo Comum – 26.02.2017.

LITURGIA – 8º DOMINGO COMUM – 26.02.2017.
“O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim!”
1.Acolhida.
A celebração dominical é sempre uma catequese necessária para descobrir o verdadeiro rosto de nosso Deus: rosto de amor misericordioso! A imagem que fazemos de Deus, na maioria das vezes, é um falso ídolo! Não é a imagem do Pai que Jesus nos revelou no Evangelho!
Os ídolos não salvam e nem consolam; apenas o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Pai das Misericórdias e o Deus de nossa Salvação! Voltemos ao Evangelho, voltemos para a Palavra de Deus e deixemo-nos educar por ela.

2.Palavra de Deus.
Is 49, 14-15 – Até o ser humano normal é movido de compaixão pelos próprios filhos – a mãe não esquece o fruto de suas entranhas e mesmo que o esquecesse, Deus jamais esquece o ser humano que Ele criou e resgatou com tanto carinho!

1Co 4,1-5 – Os ministros de uma comunidade nada mais são que servos, e o importante é que sejam fiéis a Palavra de Deus! E quem pode julgá-los é o Senhor que ilumina com sua luz o íntimo de cada um de nós. Nada permanecerá oculto à luz divina!

Mt 6,24-34 – O Evangelho de Jesus não é um convite à preguiça, mas ao abandono nas mãos amorosas de nosso Deus. Se Ele cuida tanto da natureza, que hoje existe e amanhã é queimada, o que não fará Ele pela criatura humana, objeto de seu grande amor?

3.Reflexão.
O Povo de Israel, sofrendo no exílio da Babilônia, convenceu-se que Deus o havia abandonado!

O peso dos próprios pecados e infidelidades pesava demais na sua consciência! Mas, o profeta Isaias revela o verdadeiro rosto misericordioso e fiel de nosso Deus. Quando o sofrimento bate à porta de nossa casa, sentimos crescer em nosso íntimo a mesma dúvida: “Será que Deus nos abandonou?” Então, escutamos a voz de nossa consciência machucada em vez de meditar a Palavra de nosso Deus misericordioso!

A tentação do poder, facilmente, sobe à cabeça de quem exerce um ministério na comunidade. Ministério não é carreira e muito menos poder. Ministério é serviço a uma comunidade e, principalmente, é fidelidade ao Senhor que nos envia a profetizar. O ministro não fala de si mesmo; fala da Palavra de Deus que precisa ser estudada com dedicação e meditada no próprio coração antes de ser anunciá-la a Comunidade. Paulo desaconselha o julgamento humano e aconselha aguardar o julgamento divino. Por favorável que seja o julgamento da própria consciência, ele é sempre relativo. O julgamento divino é definitivo e absoluto!

O Evangelho não nos induz à preguiça e à falta de compromisso com a vida cotidiana. O Evangelho revela-nos o amor providente de Deus. Deus é providência e amor. O salmo 114 já dizia: “Retoma tua serenidade, ó minha alma, pois o Senhor cuida de ti!” Jesus é não contra o dinheiro, mas alerta que o dinheiro pode transformar-se num ídolo tirânico e devorador! O dinheiro não quer homens livres, mas escravos! Por isso, Jesus recorda-nos que não podemos servir a dois senhores. O dinheiro pode dar-nos prazer carnal, mas não nos acompanha na eternidade… E nós marchamos para a eternidade! Jesus nos previne dizendo: “Como é difícil um rico (adorador do dinheiro) entrar no Reino do céu! (…) Buscai, em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo!”

Frei Carlos Zagonel, OFMCap

Fonte:http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=4374

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