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Daí o pontífice partirá à cidade de Aparecida, onde estará até 13 de maio por ocasião da inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, eixo da viagem papal.
Como recorda o semanário arquidiocesano «O São Paulo» a seus leitores, quando o Papa realiza visitas apostólicas fora do Vaticano, onde reside, costuma hospedar-se na Nunciatura Apostólica do país anfitrião ou no palácio episcopal da diocese.
A falta de tal estrutura em São Paulo e a impossibilidade de acolher o Papa na residência arcebispal moveu o então arcebispo da cidade paulista, o cardeal Cláudio Hummes — atualmente prefeito da Congregação vaticana para o Clero –, a pedir ao abade Mathias Tolentino Braga, do mosteiro de São Bento, a acolhida dos beneditinos ao Sumo Pontífice.
O centenário lugar também receberá a comitiva papal, formada ao menos por uma dúzia de assessores.
As instalações específicas do Papa prevêem um escritório privado — com conexão à internet –, uma pequena sala de reuniões e seu quarto. Tudo se decorará com obras de arte sacras do próprio mosteiro.
Uma sala de estar dos monges será transformada em refeitório para facilitar os tempos das refeições da comitiva papal, e o claustro ampliará seus jardins para que o Papa possa passear, explica o abade ao semanário arquidiocesano de São Paulo.
Os monges cuidam igualmente do detalhe do hábito musical do Papa, que terá à sua disposição um piano em um quarto em frente ao seu.
Desse mesmo lugar, Bento XVI poderá sair para saudar os fiéis, se houver oportunidade.
Ao escolher o nome de Bento XVI, o cardeal Joseph Ratzinger enlaçou seu pontificado com dois grandes evangelizadores, o Papa Bento XV e São Bento (em latim e outros idiomas é o mesmo nome), fundador dos beneditinos.
