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Homilia de Encerramento XV Congresso Nacional Pastoral Familiar

HOMILIA DE ENCERRAMENTO XV CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL FAMILIAR
Cuiabá, 10/setembro/2017 – Dom Milton Santos – Arcebispo

Hoje estamos encerrando o XV CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL FAMILIAR! É um momento de CHEGADA, sim! Porém, se torna um início NOVO!
Vemos a “FAMÍLIA…, uma LUZ para a vida em SOCIEDADE!” Conforta-nos perceber que a mesma expressão que Jesus usou para si… (Jo 8,12) “EU SOU A LUZ DO MUNDO!”… Jesus usou para nós… (Mt 5,14): “Vós sois a luz do mundo!”
O Capítulo 18 de Mateus nos ajuda a colocar os pés no chão, sermos realistas: nossas Famílias, nossas Comunidades não são feitas de pessoas perfeitas, e nem sempre a atitude que tomamos diante de erros dos outros é a mais adequada. E, nos perguntamos: Qual o espírito que nos deverá orientar nessas ocasiões?
Precisamos ter a ótica do Pastor que vai procurar a ovelha que se perdeu, deixando as noventa e nove nas montanhas. E assim, chegamos ao caso concreto: alguém da família, alguém da “família maior… – a Comunidade! – cometeu falta grave contra seu irmão, sua irmã… Como reagir? Fazendo-se de vítima? “Pôr  a boca no mundo” – … redes sociais, por exemplo! – e denunciar o erro?
Diz uma música do P. Zezinho: “Um erro na vida não é uma vida de erros –  dizia um ex-condenado! Mergulhara nas trevas / mas teve um minuto de LUZ…/ E desde então sua

vida / foi deixar-se ILUMINAR… DEUS LIBERTOU ESTE HOMEM POR DENTRO,/ E, FINALMENTE… POR FORA!”
E, há um detalhe! É preciso “ganhar o seu irmão, a sua irmã…” Mas, ganhar para quem? Para si? Não! O irmão, a irmã… não precisa ser ganho para si, mas para a Família, para a Comunidade! Por que não ganhar a pessoa para si? Porque quem ofendeu a um membro da família, a um membro da Comunidade rompeu, de certa forma, com a Família, rompeu com a Comunidade… enquanto um todo!
Precisamos ser criativos no esforço de recuperar quem erra e se afasta da Família, de quem erra e se afasta da Comunidade… E o espírito que anima essa tarefa não é o da exclusão, mas da busca para reintegrar…
Em Mt 16,18 Jesus confiara a Pedro a tarefa de LIGAR e DESLIGAR. Aqui, no v. 18, essa missão é confiada à Família, à Comunidade como um todo. Pedro é figura representativa da Família, é figura representativa de toda a Comunidade dos seguidores de Jesus. “Tudo o que vocês ligarem na terra será ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra será desligado no céu!” (v. 18).
Aqui também cabe um questionamento sobre o que é mais importante para a Família, para a Família maior… a Comunidade, se…  a faculdade de excluir pessoas, ou, a capacidade de integrá-las, ou, reintegrá-las? Claro que está na linha do “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido…”
A Família, a Comunidade são chamadas a exercerem mais a MISERICÓRDIA do que a aplicação do rigor da lei…

Na carta aos Romanos que ouvimos SPaulo mostra que não há muitas formas de amarmos a Deus; aliás, há uma só, que é amando o próximo , cada pessoa, do jeito que ela é, pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para amá-lo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” – É  um dom de Deus e também um desafio à nossa capacidade de amar… Todos  somos devedores de uma dívida impagável, a não ser que sejamos capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se entregou totalmente por amor!
Você sabe que tomar a decisão de incluir ou excluir pessoas na Família, na Comunidade não é tarefa fácil, como pretendiam e faziam os chefes de sinagoga daquele tempo de Jesus…  “Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino dos Céus! (Mt 5,20)
E, concluo… com a oração do Papa Francisco à Sagrada Família:
“Sagrada Família de Nazaré,guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.
Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.

Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado. Amém!”

+ Dom Milton Santos,sdb – Arcebispo Metropolitano de Cuiabá

XV CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL FAMILIAR QUE ACONTECEU DE 08 A 10/SETEMBRO/2017 NO CENTRO DE EVENTOS PANTANAL
COORDENADO PELA ARQUIDIOCESE DE CUIABÁ.

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