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6º Domingo do Tempo Comum

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM 11.02.2018
“Se quiseres, podes curar-me!”

1.Acolhida
Deus não exclui ninguém da celebração da Eucaristia. Apenas, requer a veste nupcial (estado de graça). A Eucaristia dominical é alimento e remédio para as nossas enfermidades.
O banquete Eucarístico não é devoção ou dever religioso; é muito mais que isso! E não é suficiente estar fisicamente presente na igreja, no “Banquete do Senhor!” É necessário participar na refeição e estar revestido da veste nupcial (estado de graça).

2.Palavra de Deus
Lv 13,1-2.44-46 – A Palavra de Deus é, também, código de normas para a higiene e convivência social. A lepra ou hanseníase era uma doença contagiosa e incurável; por isso, era necessário dificultar seu contágio e sua propagação.

1Co 10,31-11,1 – Agradar a Jesus em tudo e em favor de todos. Não podemos ser egoístas, pensando e fazendo, apenas, o que nos interessa: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo”.

Mc 1,40-45 – Jesus cura o leproso que lhe dissera: “Se queres, tu tens poder de purificar-me!” – “Eu quero, fica purificado!”, respondeu Jesus. O leproso era excluído da comunidade por razões de higiene! Deus não nos encarregou de julgar pesteados. Os fariseus criaram o preconceito que todo leproso era pecador. Era, inclusive, julgado e desprezado!

3. Reflexão
A prescrição do Levítico não era preconceituosa; quem criou o preconceito foram (e são) os homens, somos nós! Devemos isso sim, zelar para que a enfermidade não se propague, e auxiliar o enfermo no processo de sua cura e, depois, integrar-se novamente na Comunidade como membro ativo. Jesus aceitou o desafio do leproso, estendeu-lhe a mão e disse: “Eu quero, fica purificado!” O preconceito proibia tocar nos enfermos e falecidos, mas Jesus estendeu-lhe mão e ajudou o leproso a reerguer-se e ele ficou purificado (curado).

O cuidado para com o leproso é obra de misericórdia e moeda de salvação pessoal: Quem pratica a misericórdia com os enfermos, é salvo pela misericórdia divina! Jesus nunca perguntou aos leprosos como e quando se tornaram leprosos. Ele os curava com carinho e amor, expondo-se, inclusive, à condenação dos fariseus por não observar as normas da pureza legal! (tocar em leprosos, em cadáveres, deixar-se tocar por mulheres pecadoras…). Ele veio, também, para curar nossas enfermidades e fazer-nos viver de maneira saudável e reintegrados ativamente em nossas comunidades sociais e eclesiásticas. Para um religioso aidético, o seu Superior o acolheu e abraçou, mas disse-lhe: “Recorda-te como você adquiriu esta enfermidade e faça penitência!” Ele imitou o gesto de Jesus que disse à mulher adúltera: “Ninguém te condenou? Eu também não te condeno! Vai em paz e não tornes a pecar!”.

Uma estrela de cinema de Hollyhood visitou um leprosário na África e vendo o trabalho de uma jovem religiosa, disse-lhe: “Irmã, eu não faria este trabalho nem por um milhão de dólares!” E a irmãzinha, serenamente lhe respondeu: “Eu também não o faria! Mas eu cuido dos leprosos, de graça, mas por amor a Jesus Cristo!” Aqui está o segredo de quem respeita e cuida dos enfermos, sejam eles religiosos, religiosas, enfermeiras/os leigos ou médicos.

Jesus ficou triste com o comportamento preconceituoso dos fariseus. Ele condena o preconceito que afirma ser o enfermo um pecador. Jesus cura todos os enfermos, revela sua misericórdia divina em favor deles e alivia suas dores.

Frei Carlos Zagonel
Fonte:http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=4953

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