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Homilia de Dom Milton no Domingo (Vinde e Vede)

HOMILIA – 11/FEVEREIRO/2018

A Santa Missa que celebramos – nós um povo sacerdotal no único Sacerdote Jesus Cristo – é o ponto alto do AMOR E MISERICÓDIA DIVINOS que se fazem PERDÃO!

Nós celebramos a Eucaristia não porque somos melhores do que outros; somos perdoados não porque merecemos, mas porque Deus é perdão gratuito! A Campanha da Fraternidade deste ano – 2018 – “Fraternidade e superação da violência” (tema) é um grito para não marginalizar nenhuma pessoa de qualquer maneira! A violência marginaliza… de alguma maneira! Você percebe que a violência no Brasil é uma EPIDEMIA? A primeira leitura de hoje – Levítico 13 – fala da lepra – símbolo da maior marginalização possível! No tempo de Jesus o leproso tinha que demonstrar que se tornara perigosa fonte de contaminação… Devia usar roupas rasgadas, cabelo solto, lenço sobre a boca (acreditava-se que a saliva poderia transmitir a doença!) Tornava-se um verdadeiro espantalho vivo: era um vivo-morto! Mas, aquele leproso do tempo de Jesus toma uma decisão radical de fé e coragem: Ajoelha-se diante de Jesus e pede: “Se queres, tens o poder de curar-me!” (Mc 1,40) Você percebe? Fé e Coragem… do leproso! Coragem e Fé… A Bíblia Sagrada – Edição Pastoral – ao invés da expressão: Jesus, cheio de compaixão… – diz: “Jesus, cheio de ira…” Jesus teria ficado FURIOSO com esse código de pureza da religião que marginalizava as pessoas…, neste caso, o leproso era considerado um “morto”. Jesus quebra este “código”: “… Jesus estendeu a mão e tocou nele: Eu quero: fica curado!” (Mc 1,41) Irmão, irmã: a verdadeira religião é aquela que aproxima as pessoas de Deus e cria comunhão! Aproxima as pessoas umas das outras… Nós rezamos assim com Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá: “…Concedei-nos, Senhor Deus, a coragem de “avançarmos para águas mais profundas” num compromisso de construir a nossa história com os pés-no-chão, o “coração em vós”, e, nossas mãos e braços abertos para servirmos preferencialmente quem mais necessita ao nosso lado!” Você  percebe que todo e qualquer tipo de violência contra uma pessoa é um tipo de lepra em nossa convivência? Sim! Uma pergunta nos incomoda hoje: quais os tipos de leprosos, talvez, existem no nosso meio… na família, no trabalho, na escola, no lazer… na Comunidade, em nossa sociedade? Você percebe? “A doença, seja física, psíquica, ou, espiritual… faz com que muitas pessoas se isolem, ou, os familiares as isolam; estas são causas imediatas de angústias…, e até se revoltam contra Deus. “A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre os problemas mais graves da vida humana. Na doença, a pessoa humana experimenta a sua impotência, a sua fraqueza, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte”. A Igreja continua, na força do Espírito Santo, a obra de Jesus de cura e de salvação junto com seus próprios membros, através dos dois sacramentos de cura: o Sacramento da Penitência e da Unção dos Enfermos.

Neste momento façamos a NOSSA PRECE:
Vamos Jesus passear, na minha vida
Quero voltar aos lugares em que fiquei só
Quero voltar lá contigo, vendo que estavas comigo
Quero sentir teu amor a me embalar
Cura Senhor, onde dói!
Cura Senhor, bem aqui…
Cura Senhor, onde eu não posso ir
Quando a lembrança me faz adormecer
Sabes que a espada da dor entra eu meu ser
Tu me carregas nos braços, leva-me com teu abraço
Sinto minha alma chorar, junto de Ti!
Cura Senhor, onde dói…
Cura Senhor, bem aqui…
Cura Senhor, onde eu não posso ir…
Tantas lembranças eu quero esquecer
Deixa um vazio em minha alma e em meu viver
Toma Senhor meu espaço, te entrego todo o cansaço
Quero acordar com tua paz a me aquecer
Cura Senhor, onde dói
Cura Senhor, bem aqui
Cura Senhor, onde eu não posso ir…”

+Dom Milton Santos – Arcebispo Metropolitano de Cuiabá

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