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Liturgia – Domingo de Ramos

Na verdade, este homem era Filho de Deus!
1.Acolhida.
Com o Domingo de Ramos iniciamos nossa caminhada espiritual acompanhando os passos de Jesus durante sua Semana Santa. Há quem faça da Semana Santa um feriado prolongado! Jesus é esmagado pelo sofrimento e nós – os redimidos – aproveitamos gozando o feriado prolongado! Certamente estamos cansados por causa das correrias da vida, mas Jesus também devia estar cansado por causa dos trabalhos da evangelização. Ele, porém, firmou sua decisão de realizar em tudo a vontade do Pai até o fim! Dirigiu seus passos na direção de Jerusalém!

Jesus é o “Servo de Javé”; Ele endureceu seu rosto para cumprir a missão até o fim. O Filho de Deus vivo esvaziou-se, despojou-se de seus direitos divinos até aparecer como escravo condenado à morte, mas o Pai o exaltou, dando-lhe um nome colocado acima de qualquer outro nome. Ele é o Filho querido de Deus Pai! É o nosso Salvador! Escutemo-lo!

Esta não é apenas a dinâmica da celebração pascal; este é o caminho da salvação seguido por Jesus e indicado para todo aquele que procura a salvação, seguindo o Mestre, Jesus Cristo.

2.Palavra de Deus
Is 50,4-7 – O profeta Isaias, com boa antecedência, retratou o comportamento do futuro Messias: atento à mensagem recebida e impassível diante do sofrimento, guarda fidelidade absoluta à vontade do Pai! Atento e fiel até o fim!

Fl 2,6-11 – Jesus despoja-se de tudo até aparecer como escravo, condenado e morto na cruz; mas, o Pai o exalta devolvendo-lhe a honra e a dignidade de Filho de Deus.

Mc 15,1-39 – O evangelista Marcos descreve a fidelidade de Jesus ao Plano salvador do Pai. Ele é a “Boa Notícia” para os pobres; notícia que incomoda os poderosos causadores de sua morte. O centurião romano, vendo-o morrer, exclamou: “Ele é verdadeiramente o Filho de Deus!”.

3.Reflexão.
O evangelho de Jesus não é a exaltação do sofrimento e da morte, mas é a exaltação da fidelidade de Jesus – o Servo de Javé – até o fim! O sofrimento acaba, mas o Plano de Deus se realiza plenamente com sua Morte e Ressurreição. A morte é a expressão da maldade humana, mas vencida pelo poder e pelo amor divino de Deus que ressuscitou seu Filho querido e o constituiu Senhor da Vida e da Morte! A morte é a maldade pensada pela serpente, mas ela foi vencida pela Cruz, a Árvore da Vida!

Jesus aparece como um profeta fracassado! Morre como escravo, pendurado numa cruz – “maldito aquele que morre pendurado numa cruz” (Dt 21,23), mas Deus manifesta seu poder e seu infinito amor ressuscitando a Jesus e a todos os seus discípulos fieis, que o acompanham pela vida afora! A cruz não é apenas um instrumento maldito nas mãos de satanás, que continua matando os pobres e enfraquecidos, mas é caminho seguro de salvação!  A cruz e a morte deixam de ser expressão do poder e da maldade! A cruz é o sinal da vitória de Jesus sobre o pecado e a maldade humana! Continua sendo um mistério para nós, mas é a sabedoria de Deus. A cruz é a vitória de Deus sobre o mal e sobre a morte desejada por satanás!

A Morte de Jesus é a vitória sobre o mal e sobre a morte. Os poderosos zombaram e continuam zombando de Jesus, dizendo: “Vamos ver se Elias vem tirá-lo da Cruz… Jesus deu um forte grito e expirou!” A morte foi a expressão temporária do fracasso de Jesus. Mas, para o oficial romano que assistiu à sua morte exclamou: “NA VERDADE, ESTE HOMEM ERA O FILHO DE DEUS!”.

“Oh morte, onde está a tua vitória?”

Frei Carlos Zagonel

http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=5028

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