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Reza do Santo Rosário (Terço)

Viagem apostólica do Papa Bento XVI ao Brasil. Sábado, 12 de maio de 2007, 18h
Chegada ao Santuário Nacional.
Reza do Santo Rosário (Terço) em encontro com  sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas, diáconos e famílias no interior do Santuário Nacional de Aparecida.

Que é o Rosário?
O Rosário, ou o Terço (ou Coroa), de Nossa Senhora, é uma profissão de fé, particular, que passa diante de nossos olhos todo o mistério de nossa redenção, expressos nos mistérios vivos da história de Cristo. Por ser uma oração cristã aplicada à contemplação do rosto de Cristo, é evangélica. Podemos dizer que é uma síntese da oração, porque inclui: contemplação nos mistérios, invocação e súplica com Jesus no pai-nosso, o louvor na ave-maria, a intercessão na santa maria, e a adoração trinitária no glória. Portanto, o rosário é mistério da oração. É o resumo de todo o evangelho.
Rosário = buquê de rosas
Gostamos de receber ou dar um buquê de rosas. No plano da espiritualidade, também é possível fazer um buquê ou coroa de rosas, nos quais as flores são representadas por orações, como presentes de amor em honra de Jesus Cristo e de sua mãe, Maria Santíssima

Qual a origem e a história do Rosário?
Uma antiga tradição na Igreja faz de S. Domingos (nascido em 1170 e morto em 1221) o seu fundador. Na realidade ele recolheu um costume já existente e o popularizou ao usá-lo como meio pastoral
Ainda que não seja possível datar com precisão as origens históricas do Rosário, podemos afirmar que a forma, hoje universalmente difundida desta oração, se desenvolveu na segunda metade do século XV. Neste período dividiu-se o rosário em três partes de 50 unidades; cada parte foi dividida em cinco "mistérios". No início do século XXI, o Papa João Paulo II acrescentou mais uma parte no rosário, com 50 unidades. Hoje a forma do rosário é de 4 ciclos meditativos (mistérios) e 200 unidades (ave-maria e santa-maria). Assim podemos falar que o rosário teve várias formas na história.

O que significa a Ave Maria no rosário?
Essa oração é que caracteriza o rosário. Na tradição cristã, a Ave Maria vem a ser o conjunto de palavras, diretamente pronunciadas pelo Anjo Gabriel ( Lc 1,26-38), no momento da anunciação. É o que chamamos de "saudação angélica". Deste modo, na "Ave Maria", associamo-nos ao anjo ("cheia de graça") e à mulher do evangelho ("bendito o fruto do vosso ventre").

Por que rezamos a Ave Maria junto com a Santa Maria?
No início do século XII difundiu-se o costume de usar como oração a saudação do anjo a Maria, unido à de Isabel (Lc 28,42). Foi Isabel a primeira a reconhecer e proclamar para a humanidade a glória extraordinária de Maria: "Bendita és tu, entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre". Assim sendo, na "Santa Maria", associamo-nos a toda a humanidade ("nós pecadores") e a convidamos a associar-se à nossa oração. Que reze conosco e por nós.

Quais são os elementos do Rosário?
A contemplação: em comunhão com Maria, contemplamos o rosto de Cristo, recordando a encarnação e a sua vida oculta (mistérios da alegria); meditamos em alguns momentos da vida pública de Jesus ( mistérios da luz ), nos sofrimentos da paixão (mistérios da dor ) e no triunfo da ressurreição ( mistérios da glória). A oração do Pai-Nosso está na base da oração cristã. É Jesus que nos leva ao Pai. A Ave Maria é o elemento que faz do Rosário uma oração mariana por excelência. A repetição sintoniza-nos com o encanto de Deus: "a encarnação do Filho no ventre virginal de Maria". A doxologia, Glória-ao-Pai, que, em conformidade com uma orientação da piedade cristã, encerra a oração com a glorificação de Deus, uno e trino. É a meta da contemplação cristã.

Quais são os mistérios do Rosário?
De tantos mistérios da vida de Cristo, o Rosário aponta só alguns, que são confirmados pela autoridade eclesial. Esses ciclos meditativos estão assim distribuídos: Mistérios da Alegria: 1o Anunciação do anjo a Nossa Senhora; 2o A visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel; 3o O nascimento de Jesus em Belém; 4o A apresentação de Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora; 5o A perda e o encontro de Jesus no Templo. Mistérios da Dor: 1o Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras; 2o A flagelação de Jesus; 3o A coroação de espinhos de Jesus; 4o Jesus carregando a cruz para o calvário; 5o A crucifixão e a morte de Jesus. Mistérios da Glória: 1o A ressurreição de Jesus Cristo; 2o A ascensão de Jesus Cristo ao céu; 3o A vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos e Maria Santíssima; 4o A assunção de Maria ao céu; 5o A coração de Maria como rainha do céu e da terra. Mistérios da Luz: 1o Batismo de Jesus; 2o As bodas de Caná; 3o O anúncio do Reino; 4o Transfiguração de Jesus; 5o Instituição da Eucaristia.

Pedagogia do Rosário
Aos poucos nos introduz nos mistérios bíblicos, fazendo que percorramos o caminho de fé vivido por Jesus e a sua Mãe Maria, e passemos da oração vocal para a meditação; e da meditação, o Espírito de Deus nos conduz à contemplação dos mistérios cristológicos. Os mistérios são contemplados nos dias próprios da semana, como uma ajuda que facilita a concentração do espírito do mistério:
– Mistérios gozosos: segundas-feiras e sábado
– Mistérios luminosos ou mistérios da Luz: quintas-feiras
– Mistérios dolorosos: terças e sextas feiras
– Mistérios gloriosos: domingos e quartas-feiras
Esta indicação não deve limitar a liberdade de opção, na meditação pessoal e comunitária do Rosário. O importante é que esta oração seja, cada vez mais, vista e sentida como itinerário contemplativo.

Como rezar o rosário
Começa-se o rosário, ou a quarta parte, fazendo o sinal da cruz. Em seguida, reza-se o Creio em Deus Pai (resumo das principais verdades da fé); um pai-nosso, três ave-marias e glória ao Pai (em honra da Santíssima Trindade). Inicia-se a meditação dos mistérios, com o anúncio de cada mistério, dizendo: No… (primeiro ou segundo etc.) mistério contemplamos… Rezam-se, depois, um pai-nosso, dez ave-marias, um glória ao pai, finalizando com uma salve-rainha.

Recitação do Rosário no Santuário Nacional
Montagem e organização do roteiro: Pe. José Luiz Majella Delgado

O Papa Bento XVI manifestou o desejo de passar algum tempo em oração dentro do Santuário Nacional. Por ser um Santuário mariano escolheu recitar o rosário, que é a oração mariana por excelência, isto é, o rosário louva Maria, em razão de Deus lhe ter concedido “maravilhas da graça”, em vista da encarnação de seu Filho Jesus.

A participação dos féis
Para acompanhar o Santo Padre na recitação do rosário, Dom Raimundo Damasceno na qualidade de anfitrião, fez o convite às famílias, aos seminaristas, religiosos, religiosas, padres, diáconos e a todos os romeiros de Nossa Senhora Aparecida.


Estrutura
18hs – Chegada do Santo Padre ao Santuário Nacional onde entrará pela “Porta Santa”, na Ala Norte da Igreja. À porta da Igreja será recebido pelo Reitor do Santuário, Pe. Mauro José Matiazzi.

Celebração do Terço

Introdução
Santo Padre

Boas Vindas
O Senhor Arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno Assis, saúda e acolhe o Santo Padre.

Credo
O coro e a assembléia cantam o Credo, que é o símbolo ou profissão de fé. Deus permanece o Único: do qual haurimos a água da salvação, sobre o qual fundamos o sentido da vida. Proclamar que existe um só Deus significa abandonar-se à sua vontade providencial e soberana.

Ao canto do Credo, duas jovens levarão velas acesas até as proximidades dos pés da imagem de Nossa Senhora Aparecida, colocando-as na Menoráh.

Vela: para a liturgia, a luz é símbolo de Cristo; o uso litúrgico da vela é muito freqüente, tornando-se por isso um símbolo bastante presente na vida cristã. A vela, símbolo da luz e da consagração, acompanha o cristão em sua caminhada por este mundo até chegar ao reino da luz. Está presente em quase todas as celebrações litúrgicas; de modo especial na Celebração Eucarística. A vela acesa representa o mistério da encarnação que o Espírito faz viver em cada um dos fiéis. Nós, em todos os momentos, oferecemos a nossa pobreza a Deus, para que ele mande o seu Espírito acender em nós o fogo do seu amor, capaz de dar à nossa vida aquele calor e aquela luminosidade que nos capacitam a caminhar no tempo.
A vela acesa que está sendo conduzida torna-se expressão da nossa firme convicção de que Cristo ilumina todo o nosso ser, para que possamos, na vida, caminhar na esperança, na expectativa do dia que não conhece ocaso. Os romeiros que visitam os Santuários cultivam o hábito de acenderem velas, o que é uma expressão de consagração ou agradecimento.
A vela acesa que ilumina o itinerário processional nesta celebração do terço põe em evidência que Cristo Jesus ilumina o coração dos fieis e afasta todas as trevas.

Menoráh (candelabro): é o símbolo da luz espiritual e da salvação. O candelabro hebraico feito de sete braços de ouro puro corresponde a árvore babilônica da luz, relaciona-se, também, com o simbolismo cósmico dos sete elementos da criação.

Os sete braços: 7 são os elementos da natureza criados pelo UM e, portanto, perfeito: ar, água, fogo, terra, plantas, animais e o homem. É o número da plenitude.

Ao recitar o terço e acender as 7 velas levando-as em procissão, estamos criando comunhão com o cosmos no louvor das criaturas ao Criador. A antífona que acompanha a procissão da vela é mariana. A comunhão que criamos com o universo acontece sob a maternal proteção da Virgem Maria.

A Menoráh é o símbolo do Espírito Santo. O Espírito Santo é a ação de Deus por dentro das coisas, dos fatos, da comunidade e de cada pessoa. Ação que cria, une, transforma, liberta… Os dons do Espírito Santo tradicionalmente são vistos como 7, o número perfeito. A saber: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Um dos símbolos do Espírito Santo na bíblia é o fogo. O fogo é uma força que aquece, purifica, ilumina, torna dócil e maleável. Em Pentecostes, o Espírito desce como fogo (At 2,3).

A história latino-americana e caribenha revela sinais do Espírito Santo na vida, na unidade, nas festas e na solidariedade do povo. A V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e Caribe, será um Pentecostes para a Igreja do nosso continente.

Meditação dos Mistérios do terço

O mistério a ser contemplado: “Mistérios da Glória”. A escolha se deu por causa do tempo pascal que a liturgia da Igreja está vivenciando nestes dias. “Os mistérios gloriosos alimentam nos crentes a esperança da meta escatológica, para onde caminham como membros do povo de Deus peregrino na história. Isto não pode deixar de impeli-los a um corajoso testemunho da “grande alegria” que dá sentido a toda a sua vida” (João Paulo II, in Rosarium Virginis Mariae, n.23).

Esquema para os 5 mistérios:

1. Anúncio do mistério;
2. Leitura bíblica corresponde ao mistério a ser contemplado;
3. Antífona mariana (enquanto o coro e a assembléia entoam o canto festivo à Virgem Maria, após cada leitura bíblica uma jovem leva uma vela acesa e a coloca na menoráh);*
4. Pai Nosso (a primeira parte da oração será rezada pelo Santo Padre);
5. Recita-se por 10 vezes a Ave Maria:

– 1º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: seminaristas dos Seminários da Arquidiocese de Aparecida;
– 2º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: religiosos e religiosas das comunidades de Vida Consagrada, da Arquidiocese de Aparecida;
– 3º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: diáconos permanentes da Província Eclesiástica de Aparecida e diáconos temporários da Arquidiocese de Aparecida;
– 4º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: famílias (casal e um filho/filha) da Arquidiocese de Aparecida;
– 5º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: sacerdotes, religiosos e diocesanos, da Arquidiocese de Aparecida.

*A veste das jovens
A cor das vestes expressa uma linguagem simbólica. É para ajudar a penetrar e sintonizar melhor o mistério da fé que estamos contemplando. São cores que inspiram alegria.

Credo: azul escuro e azul claro (ver explicação no 2º e 4º mistérios): queremos expressar a importância da celebração: entregar nossos cuidados aos corações misericordiosos de Cristo e de sua Mãe: “o Rosário “marca o ritmo da vida humana” para harmonizá-la com o ritmo da vida divina, na gozosa comunhão da Santíssima Trindade, destino e aspiração da nossa existência”. (João Paulo II, RVM, n. 25)

1º mistério: a Ressurreição do Senhor: o branco: é a cor privilegiada da festa cristã. É uma cor alegre, que sugere de imediato a festa. É símbolo do começo de uma vida nova do Ressuscitado e suas conseqüências para nós;

2º mistério: Ascensão do Senhor: azul escuro: com suas ressonâncias de céu e distância nos remete à ascensão do Senhor;

3º mistério: Pentecostes – a vinda do Espírito Santo: vermelho: traz à imaginação o fogo e o sangue. O seu simbolismo adapta-se muito bem ao sentido do amor (a paixão que enche o coração). O Espírito é fogo e Vida;

4º mistério: Assunção de Maria: azul claro: com suas ressonâncias de céu é, desde o século passado, uma cor privilegiada para celebrar a solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

5º mistério: Coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra: amarelo: cor do ouro: expressão da alegria de uma festa, precisamente pela nobreza de seus materiais.

6. O coral entoa o Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. É uma pequena doxologia (de doxa = glória + logos = palavra), com a qual se conclui o término das 10 Ave-Marias.

7. Oração conclusiva:
Ao término de cada mistério recita-se uma oração conclusiva. A estrutura é semelhante em todas as preces: louva a Deus pelo mistério celebrado e pede, por intercessão da Virgem Maria, a graça desejada.

8. Salve Regina
Para finalizar o terço, o coral entoa a Salve Regina.

9. Palavras do Santo Padre

10. Oração de Consagração à Nossa Senhora Aparecida, recitada por Dom Raimundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida.

11. Agradecimentos de Dom Raymundo Damasceno Assis

12. Benção apostólica: Santo Padre
13. Despedida: Diácono
14. Saída do Santuário
O Papa se retira da Igreja fazendo o mesmo percurso da entrada.

Ornamentação ao redor do altar

As flores ao redor do altar simbolizam um rosário. São 200 buquês de rosas, divididos em grupo de 10 buquês de rosas brancas (10 Ave-Marias) e um buquê de rosas amarelas (Pai Nosso).
À ponta do rosário temos uma cruz, que no seu estilo simboliza a cruz que se encontra no Porto Itaguassu, local onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ao ajuntamento das contas (buquês) temos um triângulo, aqui expresso com a estampa de Nossa Senhora Aparecida.

As flores que ornamentam o interior do Santuário para a recitação do terço:

Rosa avalanche (branca) = 6.500 rosas
Rosa conga (amarela) = 1.600 rosas
Hera francesa = 230 cordões
Lisiantus brancos = 2.000 lisantus
Chuva de ouro = 20 pacotes
Ruscus = 20 pacotes

Doação: as flores foram doadas por uma devota de Nossa Senhora Aparecida (os dados da doadora serão repassados pela Secretaria de Pastoral)

As flores na liturgia:

As flores têm sua própria linguagem; são símbolos de alegria, de festa, de agradecimento; expressam a homenagem sincera e a esperança certa. No espaço celebrativo da liturgia evocam também o tema bíblico do jardim do novo Édem, o jardim da morte-ressurreição do Senhor e o jardim escatológico do Apocalipse. Ao redor do altar do Senhor estas rosas são sinais de alegria pelo banquete abundante que Deus nos prepara e, do encontro festivo do Senhor e sua Mãe Maria com o povo de Deus e do gozo da Páscoa.

Coordenação do terço:
Pe. Rodrigo José Arnoso
Pe. José Luiz Majella Delgado

Coreografia:
Maria Lúcia Murad

Ornamentação:
Bernadete

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