Ao meio-dia de sábado, Zenit conversou com um grupo de chilenos que ocupava a primeira fila defronte ao altar.
Isabel Zamora veio com 30 peregrinos de Santiago e já estava com tudo preparado para enfrentar as mais de 20 horas que a separavam do encontro com o Papa. Água, alimentos, colchonetes e mantas.
«É muito sacrifício, mas pelo Papa vale a pena. Quisemos partilhar estes momentos com nossos irmãos latino-americanos. Deus nos ama muito, para proporcionar esta grande bênção», disse.
Norma Rojas veio da região do Chaco, norte da Argentina, de carro, com um grupo de 11 pessoas. Foram dois dias de viagem. O grupo pertence à Obra Dom Orione. Cerca de 50 orionitas de diferentes partes da Argentina peregrinaram ao Santuário de Aparecida.
«Dom Orione nos propõe quatro amores –afirmou a Zenit–: Jesus, Maria, a Igreja e o Papa. Então como não amá-lo e segui-lo?». «Para nós esta é uma oportunidade imperdível de ver o Papa pessoalmente.»
Rojas comentou das dificuldades para chegar ao Brasil, como a distância, a estadia, o dinheiro, «mas tudo foi solucionando, isso com muita oração e ajuda. Foi Deus que quis que estivéssemos aqui, Ele nos elegeu para estar aqui».
Um grupo de peregrinos brasileiros de Bataguaçu, Estado do Mato Grosso do Sul, enfrentou 12 horas de viagem de ônibus. «A minha expectativa é muito grande. Há quase um ano nós nos programamos para este momento», contou a Zenit no amanhecer deste domingo Antônio Gil, que havia passado a madrugada no pátio da Basílica de Aparecida, em frente ao altar da missa.
Olnei Brito Portela, de um grupo de peregrinos de Campinas (São Paulo), que também passou a madrugada no pátio para conseguir um bom lugar, destacou que, para vencer o frio (cerca de 12 graus), muitos cantos e danças animaram a noite.
«Nos reunimos, cantamos, dançamos e rezamos o Rosário. A gente se sente bastante confortado quando vive algo como assim, principalmente quando se espera o representante maior da Igreja», disse.