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Pastoral do encontro e da acolhida

Em aumento um drama que afeta ao menos a 100 milhões de pequeninos.CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 19 de junho de 2007 (ZENIT.org).- «Pastoral do encontro e da acolhida»: é uma ação urgente frente a aproximadamente 100-150 milhões de crianças de rua no mundo, alerta o Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

O secretário do dicastério — o arcebispo Agostiniano Marchetto — citou nesta terça-feira estes números, procedentes — respectivamente — de «Anistia Internacional» e da «Organização Internacional do Trabalho».

Ele denunciou o drama das crianças da rua como um dos «desafios mais inquietantes de nosso século, para a Igreja e para a sociedade civil e política», como «um fenômeno — ‘em crescimento praticamente em todas as partes’ — de dimensões inimagináveis, também para as instituições públicas», e como «uma autêntica emergência social e pastoral».

À «Pastoral das crianças de rua» se dedica uma das quatro partes das «Orientações para a Pastoral da Estrada», documento preparado pelo citado dicastério e que apresentou seu presidente — o cardeal Renato Martino — e seu secretário, Dom Marchetto, no Vaticano.

A crescente desagregação familiar, tensões entre pais e comportamentos violentos — «às vezes até perversos» — para com os filhos, migração, pobreza e miséria, dependência química, prostituição, guerras e desordens sociais, a difusão — sobretudo na Europa — de uma «cultura da transgressão» e a falta de valores de referência são fatores que, como sintetizou o prelado, estão na base do citado fenômeno social.

«Por isso, é necessário que a Igreja se encarregue desse problema, tanto com a prevenção como com a recuperação dos jovens», assinalou, recordando palavras de João Paulo II, que dizia a todos os homens e mulheres de boa vontade: «Demos às crianças um futuro de paz!».

Sintetizando o conteúdo das Orientações, Dom Marchetto apontou: «Para que as crianças tenham um futuro na vida, é de fundamental importância infundir-lhes a confiança nelas mesmas, a auto-estima, o sentido da dignidade e de uma conseqüente responsabilidade pessoal, para que possa nascer neles um autêntico desejo de reiniciar os estudos e preparar-se» para sua inserção sócio-trabalhista.

Mas nessa pastoral também é necessário acolher o convite a uma nova evangelização — que caracterizou o pontificado do Papa Karol Wojtyla –, pois «só o encontro com Aquele que veio curar as feridas dos corações pode sanar no profundo as devastadoras feridas de seres humanos traumatizados e endurecidos pelas muitas frustrações e violências sofridas», advertiu o arcebispo Marchetto.

Assim, — prosseguiu — «é importante passar de uma pastoral da espera para uma pastoral do encontro e da acolhida, buscando e encontrando os jovens em seus lugares de reunião, nas ruas, nas praças, nas discotecas e nas áreas mais ‘quentes’ de nossas metrópoles».

«É necessário ir ao encontro deles com amor, para levar a Boa Nova e testemunhar com a própria experiência de vida que Cristo é Caminho, Verdade e Vida», indicou.

O prelado assinalou igualmente que o máximo esforço neste campo deve destinar-se «a preparar, profissional e espiritualmente, os agentes de pastoral», que, por sua vez, «devem mostrar uma grande maturidade humana e uma capacidade de atuar em sintonia e colaboração com os demais educadores».

Após a apresentação das Orientações, o arcebispo Marchetto insistiu na urgência de dar atenção às crianças de rua, afirmando que todas elas estão expostas a todo tipo de risco.

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