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Homilia do Papa Bento XVI

Crise do Ocidente tem suas raízes na resignação ante a capacidade do homem de conhecer a verdade, diz o Papa.

.- Nesta manhã o Papa Bento XVI celebrou a Santa Missa no Santuário de Mariazell por ocasião do 850º aniversário do mesmo, no dia em que a Igreja celebra a festa da Natividade da Virgem Maria, e em sua homilia recordou o lugar fundamental da verdade para a realização do ser humano.

"Deus nos deixa nossa liberdade e, não obstante isso, sabe encontrar em nossos enganos novos caminhos para seu amor", disse o Santo Padre ante mais de 50 mil peregrinos presentes no Santuário, assinalando que "Deus não falha" e nos convida "a orientar nossa vida sempre de modo renovado para Ele, a caminhar sempre renovadamente para Cristo".

O Pontífice falou da necessidade de "um coração inquieto e aberto" próprio de "pessoas que não se acomodaram ao ordinário mas que se lançaram à busca de algo maior".

"Necessitamos de Deus, daquele Deus que nos mostrou seu rosto e aberto seu coração: Jesus Cristo. Só Ele é Deus e por isso só Ele é a ponte, que põe em contato imediato Deus e o homem", adicionou o Papa.

Esclareceu também que embora Cristo seja para nós o "único Mediador da salvação válido para todos", isto não significa um "desprezo pelas outras religiões nenhuma absolutização soberba de nosso pensamento, mas sim um estar conquistados por Aquele que nos tocou interiormente e preencheu de dons".

Mais adiante aprofundou sobre a relação da fé com a razão, recordando que "nossa fé se opõe decisivamente à resignação que considera o homem incapaz da verdade. Esta resignação frente à verdade é a raiz da crise do Ocidente, da Europa".

"Se para o homem não existe uma verdade –continuou explicando- ele no fundo não pode sequer distinguir entre o bem e o mal. Nós temos necessidade da verdade".

O Santo Padre exortou aos presentes e neles a todos os cristãos a olhar a Jesus, a aquele menino que "naturalmente recorda a todas as crianças do mundo nos quais quer vir ao nosso encontro". Fez assim referência a uma "Europa que se tornou pobre em crianças: queremos tudo para nós mesmos, e talvez confiamos muito do futuro. Mas a terra estará privada de todo futuro somente quando se apagarem as forças do coração humano e da razão iluminada pelo coração".

Mencionando o lema de sua viagem: "Olhar a Cristo!" recordou que Jesus mesmo chama a uma "amizade que perdura na vida e na morte" e que o cristianismo é "um ‘sim’ a Deus, a um Deus que nos ama e guia, que nos leva e deixa nossa liberdade, é mais, a torna verdadeira liberdade".

"É um ‘sim’ à família, um ‘sim’ à vida, um ‘sim’ a um amor responsável, um ‘sim’ à solidariedade, à responsabilidade social e à justiça, um ‘sim’ à verdade e um ‘sim’ ao respeito pelas outras pessoas e por aquilo que lhes pertence".

Finalmente o Papa destacou a missão de Maria entre nós e recordou que "em qualquer momento que olhamos a Maria, ela mostra a Jesus".

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