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Liturgia – 3º Domingo da Quaresma – 24.03.2019

“Eu vi a aflição de meu Povo (…) e decidi libertá-lo!”

1.Acolhida.
Em cada Eucaristia que celebramos, Deus se coloca em nosso meio e decide libertar-nos da escravidão do pecado. Ele se revela como um Deus libertador, compassivo e cheio de misericórdia. Celebremos com fé a proposta libertadora de nosso Deus.
Não estamos ouvindo uma “História do passado”, mas estamos sendo envolvidos pelo amor misericordioso de nosso Deus, que nos oferece a libertação do pecado e a paz do coração.

2.Palavra de Deus.
Ex 3,1-15 – Deus revela a Moisés o “Plano da Libertação”. Ele viu o Povo explorado, ouviu seus gemidos e decidiu libertá-lo. Javé não é um ídolo que não vê, não ouve e nem se importa com seu povo! Jesus é para você um ídolo ou é um Deus misericordioso que vê, ouve e liberta?

1Co 10,1-12 – O Povo de Israel foi agraciado com os milagres de Javé, mas na caminhada sofrida do deserto perdeu sua fé e morreu no deserto! Como é nossa caminhada no deserto desta vida temporal? Pecamos? “Que está de pé, tome cuidado para não cair!”, diz São Paulo.

Lc 13,1-9 – Deus não convive com o pecado; é a negação do pecado; por isso, Jesus previne seus discípulos a respeito da necessidade de conversão. Fala, também, da figueira estéril que acaba sendo arrancada e jogada no fogo! Jesus é bom e misericordioso, mas precisamos produzir abundantes boas obras.

3.Reflexão.
Deus se revela a Moisés como um fogo que queima sem consumir! Para estar na sua presença precisamos descalçar as sandálias de nosso orgulho. Somos criaturas humanas! Mas,Jesus se revelou como um Deus que vê, ouve e decide libertar. Deus não é como os ídolos fabricados pelos próprios homens. Estes não vêem, não ouvem e nem libertam! Descalcemos as sandálias de nosso orgulho, pois, estamos na presença do Deus vivo!
Deus fiel, Deus de nossos pais, que está presente em nossa caminhada diária rumo à eternidade. Não é um deus distante e muito menos insensível! Ele vê, ouve e quer libertar. O nosso Deus se revelou na pessoa de Jesus Cristo: imagem visível do Deus invisível! “Quem me vê, vê o Pai”, assim Jesus falou a Felipe (Jo 14,9). E o Apóstolo João escreveu em sua carta: “Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele” (1Jo 4,16). A imagem visível de Deus invisível, nós podemos encontrá-la na leitura e contemplação do Evangelho.
O nosso Deus não é o deus dos filósofos e nem o deus de quem fala bonito; mas é o Deus que o pobre sente presente em sua vida sofrida. Deus se revela no coração do pobre que descalçou suas sandálias orgulhosas e caminha na sua presença. É como a figueira, árvore generosa que produz frutos durante dez meses por ano; mas o exemplo trazido por Jesus questiona nosso modo de viver despreocupado com o sofrimento do povo.
Deus libertou o Povo de Israel das garras dos egípcios, mas precisou da solidariedade de Moisés; do mesmo modo, Deus quer um mundo novo e diferente, mas exige nossa solidariedade e nosso compromisso de libertação.
“Senhor, deixa a figueira ainda neste ano…”.

Frei Carlos Zagonel.

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