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Liturgia – 21º Domingo Comum 25.08.2019

SENHOR, É VERDADE QUE SÃO POUCOS OS QUE SE SALVAM?
1.Acolhida
Vamos à igreja com a certeza do “Encontro pessoal com o Senhor!” O convite vem da parte do próprio senhor que deseja nossa salvação. Ele não deseja ver-nos como cumpridores de deveres religiosos, mas quer salvar-nos, quer aumentar em nós a vida divina de filhos de Deus!
A celebração da Eucaristia quer transformar nossa vida carnal em vida espiritual e divina! Jesus recria nossa vida de filhos de Deus, vida que, não raro, perdemos, de novo, pelo pecado. A carne é fraca, é nossa desculpa, mas Jesus vem em nosso socorro com sua misericórdia.
Irmãos/ãs, vocês conhecem a “História da águia”, que foi criada num galinheiro? Vivia ciscando insetos para comer, pois, não sabia que tinha sido criada para voar até as alturas! Deus não nos criou para alimentar-nos com minhocas! Ele nos criou com amor e, depois do pecado, resgatou-nos mediante seu próprio Sangue derramado n Cruz! Ele nos destinou para a vida eterna e gloriosa de filhos de Deus!
O grande Papa, Leão I não se cansava de recordar aos primeiros cristãos que se recordassem de sua dignidade original e que vivessem de acordo com esta dignidade! Você, irmão/ã não é uma galinha, destinada à panela (túmulo), mas você é uma águia, destinada a voar até as alturas do céu!

2.Palavra de Deus
Is 66,18-21 – O profeta Isaias revela ao Povo de Israel que a graça divina é destinada para todos os povos da terra. Ele não é o único povo ungido e destinado à salvação! Esta verdade é válida para os dias de hoje. Todos os povos são objeto do amor divino! Todos os povos são filhos queridos de Deus Pai e salvos pelo Sangue de Jesus Cristo. Todo cristão tem uma missão importante, todos são discípulos missionários de Jesus, anunciadores desta verdade!
Hb 12,5-7.11-13 – Todos somos destinados à salvação e quando Deus nos corrige, Ele o faz por amor. Ele nos corrige, pois, nos quer como filhos queridos destinados ao céu!
Lc 13,22-30 – Deus quer a nossa salvação; por isso, Ele nos corrige. Ele não nos força, mas convida e corrige, pois não raro somos rebeldes a seus convites! Jesus nos recomenda entrar pela “porta estreita”: “Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita… Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar pelo caminho mais folgado, mas não conseguirão!”

3.Reflexão
Na “História da Torre de Babel”, as nações foram dispersas pelos quatro cantos da terra, inclusive, o Povo de Israel! Agora, elas são recolhidas para formar o único Povo Santo de Deus. Deus quer, inclusive, uma nova Liturgia, na qual são excluídos os sacrifícios de animais! Ele quer pessoas libertadas! Deus não quer mais um povo beligerante, mas um povo de irmãos, unido na prática da justiça e liberdade para viver em paz! Sejamos artífices da paz: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!”
O Povo de Israel estava cansado de lutar pela própria libertação: “Tinha as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos”… Por isso, o autor da Carta aos Hebreus recomenda correr com perseverança… Vocês, ainda, não resistiram até o derramamento do próprio sangue na luta contra o pecado! A perseverança é possível quando contemplamos Jesus que se submeteu à Cruz por nosso amor!” Temos, portanto, um bom exemplo pela frente: Jesus que morreu por nós! O sofrimento serve de pedagogia divina para nos conduzir à maturidade espiritual! Olhar para o Salvador que morreu por nós e para os irmãos que são solidários com nossa dor! A solidariedade é boa maneira de aliviar a dor dos nossos irmãos! A alegria, ao ser partilhada aumenta e a dor ao ser partilhada, diminui!
Jesus vai em direção a Jerusalém – caminho rumo à morte – mas vai ensinado a todos a tarefa difícil de entrar no Reino passando pela porta estreita do sofrimento! Como poderíamos procurar um caminho fácil quando Jesus morreu por cada um de nós? Qual seria o caminho seguro da salvação? Ser batizado na Igreja católica, pertencer a um “Movimento ungido”, participar de um célebre retiro espiritual? “Porta estreita, irmão/ã!” Carregar, todos os dias, a própria cruz procurando colocar os próprios pés nas pegadas de Jesus! Comer à mesa com Jesus (receber a Eucaristia) não é suficiente! É necessário comprometer-se, seriamente, com o Reino de Deus!

Senhor, é verdade que são poucos os que vão para o céu?
Frei Carlos Zagonel

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