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Liturgia da Solenidade do Santo Natal

LITURGIA – NATAL DE JESUS 25.12.2019.
“UM MENINO NASCEU PARA NÓS UM FILHO NOS FOI DADO!”

1.Acolhida 
A vocês, irmãos e irmãs, que prepararam, com carinho, o próprio coração para acolher “o Menino que nasceu para nós”, tenham a certeza que o amor de nosso Deus vai chegar ao coração de cada um/a de vocês! Natal é alegria e certeza de salvação; por isso, alegrai-vos com a chegada de Jesus. Não exagerem com honrarias do “Papai Noel”, pois, ele é a falsificação do Natal de Jesus, do Menino que nasceu numa gruta de animais e foi reclinado na manjedoura de animais!
Não é necessário fazer longas orações diante do presépio; é suficiente contemplar o Menino, pobremente enfaixado e colocado sobre as palhas do presépio. Ele e o nosso Deus que se fez homem que habitou e, ainda hoje habita entre nós para nos salvar! Ele veio na simplicidade e no amor de Deus para nos salvar! Natal é festa espiritual e não oportunidade para comer bastante e beber todas!

2.Palavra de Deus
Is 52,7-10 – O profeta Isaias alegra-se com a notícia de que o Povo será libertado do exílio. O Povo vai viver a alegria da chegada do Messias. Alegremo-nos com a vinda de Jesus neste Natal: Que Ele sacie nosso coração, sedento de perdão, de paz e de alegria divina.
Hb 1,1-6 – “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus pelos profetas; hoje, Ele nos fala por seu Filho, a quem Ele constituiu herdeiro de todas as coisas”. Se tivermos fé e verdadeira sede de perdão, de justiça e de amor, Ele virá, sim, falar-nos e confirmar seu imenso amor por nós! Mas, vejam bem, o Menino não veio para dar-nos presentes materiais, mas o perdão de nossos pecados. Ele tem poder para perdoar nossos pecados, uma vez que Ele é o Filho de Deus! Adoremos o Menino porque Ele é Deus e nós devemos adorá-lo, se quisermos ser salvos do pecado!.
Jo 1,1-18 – Tenhamos um coração aberto para acolher aquele que existe desde sempre, e sua luz divina revela-nos o caminho da eternidade feliz! Ele ilumina a todo homem, independente da cor, da raça, da língua e da própria Igreja! Ele não apenas nos ilumina, mas dá-nos a possibilidade de sermos filhos adotivos de Deus. Ele assumiu nossa carne mortal para transformá-la em carne divina! Por Ele, nós somos verdadeiros filhos de Deus, revestidos de sua própria divindade!

3.Reflexão
São Francisco de Assis introduziu o costume do presépio; ele quis experimentar o que Jesus e Maria, sua Mãe, sentiram e experimentaram no abando e o frio da gruta de Belém. Francisco fez uma bela homilia, mas não foi a homilia que o fez chorar! Foi o frio que o Menino sofreu. Por isso, não nos demoremos em reflexões intelectuais, mas contemplemos o abando no Menino e o apuro de sua Mãe que teve, apenas, uns paninhos para envolve-lo e depositá-lo sobre as palhas da manjedoura! O boi, com certeza, deve ter-se sentido orgulhoso em ceder sua alimentação para aliviar a dureza do berço!
“Não havia lugar para ele na hospedaria!” – O criador do universo não tem onde reclinar a cabeça! Não é força de expressão – “Não havia lugar na hospedaria” – Realmente, não devia haver lugar na hospedaria. A cidadezinha estava lotada de peregrinos que vieram para o recenseamento! Mas, qual seria o sentido do abandono de Jesus, o Verbo de Deus, que não encontrou lugar para nascer Ele que é o Senhor do Universo? Certamente, a solidariedade com as crianças que vêm ao mundo sem condições mínimas de higiene e de calor humano! O Menino entra mesmo na estrutura sofrida dos pobres e padece para salvá-los.
Alegremo-nos com o Menino que veio para nos salvar! Alegremo-nos porque nossos pecados são perdoados e a dignidade de filhos de Deus nos foi restituída, mas não deixemos, no mínimo, de pensar no seu amor infinito deste Menino que nos foi dado com tanto amor por Deus através do “sim” da Virgem Maria!

“A graça e a verdade nos veio por Jesus, nascido em Belém!

Frei Carlos Zagonel

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