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Liturgia – Domingo de Ramos 28.03.2021

“HOSANA! BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR!”

1.Acolhida
Jesus foi ao encontro da morte de maneira livre e corajosa: organizou sua entrada triunfal em Jerusalém, montado num jumento no qual ninguém havia montado! Ouviu e aceitou as aclamações do povo: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!”
Jesus conhece as profecias antigas que previam seus sofrimentos inauditos; mas Ele os assume. Ele não é surpreendido pela maldade dos inimigos; pelo contrário, despoja-se de sua divindade e reveste-se da condição de escravo impotente e sujeito à morte humilhante! Ele abraça o Projeto do Pai, abraça a Cruz por amor. A Paixão e Morte de Cristo é obra do amor infinito, divino e humanamente impensável da parte de Deus.!

2.Palavra de Deus
Is 50,4-7 – O profeta Isaias descreve os padecimentos de Jesus até os mínimos detalhas: “Ofereci-lhes as costas para me baterem e a face para me arrancarem a barba e o rosto para suportar os bofetões e cusparadas!”
Fl 2,6-11 – Jesus tem consciência de ser Filho de Deus, mas despoja-se de sua dignidade e aparece como escravo sujeito à morte! Mas, o Pai o exalta dando-lhe “um nome que está acima de qualquer outro nome… ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e abaixo da terra, pois Jesus Cristo é o Senhor para a gloria de Deus Pai!
Mc 15,1-39 – O Evangelista Marcos tem a descrição da Paixão do Senhor mais curta dos Evangelhos, mas é realista e comovente. Vamos ouvir com atenção a proclamação de sua narrativa.

3.Reflexão
Os acontecimentos da Paixão do Senhor estiveram tão organizados que pareciam planejados com antecedência! Jesus não foi surpreendido; pelo contrário, foi livremente ao encontro dos acontecimentos. Foi ao encontro da morte como quem vai para uma festa. A Paixão e a Cruz deixam-nos a impressão de um planejamento antecipado. Os profetas previram os passos todos destes sofrimentos!
A Paixão é a prova do amor infinito e generoso de Jesus Cristo, nosso Salvador. Deus Pai não quer perder sua amada criatura humana. Entrega seu amado Filho à morte para salvá-la! A morte de seu Filho querido Jesus é o preço deste nosso resgate!
Isaias e os Salmistas descrevem antecipadamente os sofrimentos do Messias, aliás, impressos no Sudário de Turim! Lá estão impressas as cusparadas nojentas dos soldados e o rosto de Jesus deformado pelas bofetadas recebidas durante a paixão! O servo sofredor descrito pelo profeta Isaias, deixa a comprovação de sua veracidade no tecido de linho do Sudário de Turim! A Paixão de Jesus não é a descrição de uma peça poética. Jesus não fingiu de nos amar! Pagou um preço alto para nos redimir!
Os Evangelhos, na sua descrição sóbria, revelam a qualidade do amor de Jesus! A Semana Santa é tempo precioso para meditar e contemplar as provas do amor infinito de nosso Deus! É tempo precioso, é graça oferecida pelo próprio Jesus Cristo à aqueles que desejam levar a sério seu amor. As profecias de Isaías não são notícias para serem esquecidas, mas são verdades para meditar e contemplar. Jesus sofreu o que lá está escrito e impresso!
Jesus é o Filho de Deus, mas Ele se despojou de sua dignidade, humilhou-se tornando-se obediente até a morte e morte de Cruz! O sofrimento é o caminho da salvação, inclusive, o nosso. “Eu completo em meu coro o que falta à Paixão de Cristo para nossa salvação! Nós somos parceiros de Cristo no sofrimento para a salvação”

Frei Carlos Zagonel

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