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Encontro 1 – Jesus caminha conosco e escuta

Encontro 1 – Jesus caminha conosco e escuta

Coordenador – Vamos iniciar acolhendo a família trinitária e fazendo o sinal da cruz.
Todos – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Coordenador – Agora que acolhemos a presença de Deus, podemos nos cumprimentar uns aos outros.
(Dá-se um tempo para que as pessoas se saúdem. Pode-se, inclusive, cada um traçar o Sinal da Cruz na testa de quem está mais próximo…)

Coordenador – A imagem dos discípulos de Emaús irá nortear a nossa caminhada durante Primeiro Congresso Eucarístico Arquidiocesano.
Leitor 1 – É São Lucas quem relata esta história de Emaús. Poderíamos resumir o relato em quatro partes:

a)Jesus aparece, na tarde do dia da ressurreição, para dois discípulos que viajam de Jerusalém para Emaús. Mas eles não o reconhecem.

b)No caminho, eles iam desanimados. No entanto Jesus lhes explica as Escrituras e algo diferente vai acontecendo no coração deles.

c)Por fim, chegam ao seu destino. Insistem com o viajante desconhecido (Jesus) para que fique com eles. Jesus parte o pão e eles finalmente o reconhecem.

d)Eles partem imediatamente para anunciar a ressurreição de Jesus.

Coordenador – Sendo assim, iremos reviver estes quatro momentos em quatro encontros preparatórios para o Primeiro Congresso Eucarístico de Cuiabá.

Leitor 2 – Todos nós, membros da Arquidiocese de Cuiabá devemos reconhecer que somos Igreja:

a)peregrina;
b)ouvinte da Palavra;
c)alimentada pela Eucaristia;
d)missionária.

Coordenador – Assim, neste primeiro encontro iremos caminhar com Jesus. Como Igreja peregrina precisamos retomar o nosso caminho de fé. Mas antes vamos ouvir o relato do evangelho.

Leitor 1 – Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus perguntou:

Coordenador – O que estais conversando pelo caminho?

Leitor 1 – Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse:

Leitor 2 – És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?

Leitor 1 – E ele perguntou:

Coordenador – Que foi?

Leitor 1 – Eles responderam:

Leitor 2 – O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isto, já faz três dias que todas estas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu.

Coordenador – É interessante como os sentimentos dos dois discípulos são parecidos com nossos sentimentos.

Leitor 1 – Muitas vezes diante do mistério da Cruz, ficamos desconcertados e tristes.

Leitor 2 – Buscamos em Deus e na Igreja a solução de nossos problemas, mas, como os discípulos de Emaús nos desiludimos.

Todos – “Nós esperávamos que fosse ele… mas, com tudo isto, já faz três dias que todas estas coisas aconteceram…”

Coordenador – Quantas pessoas desiludidas se afastam de Jerusalém, se afastam da Igreja. Parece mais sensato desistir. Parece mais realista.

Todos – Precisamos da presença de Jesus que nos ilumine, nos aqueça e nos reconduza de volta para Jerusalém.

Coordenador – Os discípulos foram cegados pelos acontecimentos, são incapazes de ver Jesus que está ali. Nem mesmo as palavras das mulheres que falaram da ressurreição foram capazes de lhes dar confiança.

Leitor 1 – Mas Jesus se coloca no nível deles, segue-lhes o estado de alma, come um forasteiro que não sabe nada e pede explicação.

Leitor 2 – Aos poucos eles vão explicando a Jesus porque perderam a esperança.

Coordenador – Este itinerário de fé também deve ser o nosso.

Muitas vezes os acontecimentos nos desencantam, a vida nos fere e nós vamos embora tristes, virando as costas para Jerusalém. Vamos então responder.

Quais são as cruzes, os acontecimentos do dia-a-dia, que fazem as pessoas se afastarem da Igreja e da Eucaristia?

(O coordenador deve dar um tempo conveniente para que todos possam falar.)

Coordenador – A Eucaristia tem muito a ver com estas cruzes.

Leitor 1 – Jesus antecipa a própria morte, tornando-a presente no pão partido, que se torna o seu corpo e no vinho derramado que se torna o seu sangue

Coordenador – Quando falamos da Eucaristia insistimos na transformação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo (transubstanciação)

Leitor 2 – Esta transformação é importância, porque, sem ela, não haveria o Sacramento.

Coordenador – Exato. Mas também devemos pensar numa outra transformação, que não é menos extraordinária: a transformação de um acontecimento de ruptura, separação, em uma forma de estabelecer a comunhão com Deus e os irmãos.

Leitor 1 – A transformação do sangue derramado criminosamente pelos inimigos em sangue de aliança. Esta transformação é verdadeiramente estupenda. É uma vitória extraordinária do amor.

Coordenador – São Paulo não hesitou em dizer que Cristo “se tornou maldição”, porque está escrito “maldito o que pende do madeiro” (Gal 3,13; Dt 21,23).

Leitor 2 – Jesus assume esta situação e faz dela a ocasião de um amor extremo, o instrumento de comunhão com Deus e com os irmãos, um meio de fundar a Aliança.

Coordenador – Não seria possível imaginar uma circunstância mais contrária à Comunhão:

Todos – Jesus será traído, será abandonado por todos os discípulos, renegado por Pedro, preso, acusado falsamente, condenado com a pior injustiça, morto.

Coordenador – E justamente estes eventos cruéis e injustos ele tornará presentes na antecipação da Última Ceia, na Eucaristia, transformando-os em dom de amor, em oferta de aliança.

Leitor 1 – Esta é a profundidade do mistério e a força do amor que realizou esta transformação.

Leitor 2 – O amor, que provém do Pai, passa através do coração de Cristo e transforma um acontecimento trágico e escandaloso em fonte de graças infinitas.

Todos – Quando celebramos a Eucaristia e comungamos, recebemos em nós a força deste amor. Tudo pode ser transformado pelo amor!