Conhecendo a Igreja

Artigos de Pe. Deusdédit – Vigário Geral da Arquidiocese de Cuiabá.

Conhecendo a Igreja(continuação).                        
Encíclica do Papa bento XVI:  Caritas in veritate(caridade na verdade)Citando o número 24 da Encíclica CV de Bento XVI,encontramos a seguinte afirmação: “Atualmente, o estado encontra-se na situação de ter de enfrentara limitações impostas à sua soberania pelo novo contexto econômico comercial e financeiro Internacional, caracterizado nomeadamente por uma crescente mobilidade dos capitais financeiros e dos meios de produção materiais e imateriais(globalização econômica). Este novo contexto alterou o poder político dos Estados. Hoje, aproveitando inclusivamente a lição resultante da crise econômica em curso que vê os poderes públicos do Estado diretamente empenhados a corrigir erros e disfunções, parece mais realista uma renovada avaliação do seu papel e poder. Nesta linha, é desejável que cresçam uma atenção e uma participação mais sentidas na “res pública por parte dos cidadãos”(CV, 24).

Comentário:  A crise financeira do ano passado, desencadeada nos EUA, deve ser uma oportunidade para uma reflexão sobre o verdadeiro papel do Estado. O Neo-liberalismo econômico defende  um Estado mínimo, deixando livre o mercado financeiro e a iniciativa privada para regular a economia (economia de mercado: oferta e procura) e as relações trabalhistas. Isto é uma falácia! Porque foi o Estado que veio em socorro do sistema financeiro e grandes montadoras nos EUA. As grandes empresas montadoras foram pedir socorro ao Estado. É uma prova de que devemos ter um Estado forte economicamente, controlando e disciplinando o sistema financeiro e o mercado, e regulamentando as relações trabalhistas, promovendo a justiça sócia e a defesa da vida! Precisamos de um Estado que seja presença na economia. Seja indutora do desenvolvimento. E não um Estado omisso, como vemos nas favelas brasileiras e em algumas regiões.
02.10.2009
Conhecendo a Igreja(continuação da encíclica Caritas in veritate..)
“A MOBILIDADE LABORAL, associada à generalizada desregulamentação, constituiu um fenômeno importante, não desprovido de aspectos positivos porque estimulou a produção de nova riqueza e o intercâmbio entre culturas diversas. Há, porém, aspectos negativos,  pois, gera formas de instabilidade psicológica, com dificuldade para construir percursos coerentes na própria vida, incluindo o percurso rumo ao matrimônio”. Conseqüência disto é o aparecimento de situações de degradação humana e a exclusão do trabalho”(CV,25)
Comentário: A  globalização e desregulamentação da leis trabalhistas geraram a mobilidade laboral e instabilidade na vida das pessoas. As pessoas vivem com medo de perder o posto de trabalho, o que gera ansiedade e angústia. A mobilidade distancia os pais de seus filhos. Muitos Pais  passam  longo tempo afastados da família,em viagens de negócios, não podendo acompanhar a educação dos filhos. Quanto a flexibilização ou desregulamentação das leis trabalhistas , podem levar a perda de direitos sociais adquiridos e excluir os trabalhadores com pouca qualificação profissional. Assim afirma a encíclica: “O primeiro capital a preservar,no mundo do trabalho, é o homem, a pessoa, na sua integridade: com efeito, o homem é o protagonista, o centro e o fim de toda a vida econômico-social”(CV,25)    

  Pe. Deusdédit

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