CIDADANIA: O EXERCÍCIO LABOROSO NA CONSTRUÇÃO DA NOVA SOCIEDADE .
Várzea Grande – Mt , 06 de outubro de 2010.Estimados irmãos e estimadas irmãs, após termos vivenciado mais um momento de eleições somos chamados a refletirmos sobre o que fizemos ou deixamos de fazer para o fortalecimento da Cidadania. O exercício da Cidadania é um trabalho laboroso na construção de uma Nova Sociedade marcada pela Vida em abundância para todos, uma sociedade na qual vemos respeitado tudo aquilo que construímos juntos como cidadãs e cidadãos honestos e solidários. A plenitude da Cidadania se liga de maneira profunda a Construção da solidariedade. Numa Nação marcada pela corrupção o projeto da plena solidariedade é obscurecido trazendo os sinais da desolação e da morte para todos. Dessa forma, podemos dizer que o exercício da Cidadania é um ato de responsabilidade humana, porém carrega dentro de si uma manifestação da Fé viva e coerente dos seguidores de Jesus Cristo. Para comprovar essa verdade basta lermos com atenção a Palavra de Deus, em especial os Santos Evangelhos, e nos aprofundar nas orientações da nossa Igreja, principalmente na Doutrina Social, nos Documentos da CNBB e na explicação do Sétimo mandamento da Lei de Deus em nosso Catecismo Católico ( ver 2401 a 2463). Essas Fontes de Inspiração para o exercício da Cidadania tem-se tornado o alimento salutar para todos nós, que somos a Favor da Vida e de uma Nova Nação exorcizada de todas forças satânicas da corrupção.
Avaliando esse momento eletivo percebemos o quanto ainda somos frágeis, enquanto cidadãos e cidadãs. Para todas as pessoas que tem consciência da sua responsabilidade frente à Nação brasileira, não foi fácil escolher em quem votar, até porque o número de candidatos e candidatas confiáveis não eram tantos, e no Brasil falar em Ideologia Partidária é entrar num “beco sem Saída”. Nesta eleição, ou em qualquer outra, não podemos esquecer um provérbio popular: “Nem tudo que Brilha é ouro”. Nesta eleição tivemos que redobrar os nossos cuidados para não elegermos pessoas favoráveis ao Aborto; e aqui coloco uma interrogação: será que todos que se apresentaram contrários ao aborto estavam sendo verdadeiros ou se tratava apenas de discursos eleitoreiros? Outro fato que demonstrou a nossa fragilidade foi a triste constatação de pessoas, que embora, se digam religiosas, se apresentaram em favor dos famosos “fichas sujas”. Lembro a todos que a nossa Igreja trabalhou ardorosamente, de maneira especial, os nossos Bispos para a aprovação da “Lei Ficha Limpa”; e como essa Lei tem nos ajudados a ficarmos livres de todos aqueles e aquelas, que obstaculizam os valores da honestidade e de uma de nação de governantes íntegros e servidores da Justiça. E para termos claro diante de nós os famosos fichas sujas, bastaria nos libertar dos nossos interesses mesquinhos e desenvolver um processo de reflexão interativa com as pessoas e com os meios de comunicação social, que teríamos razões suficiente para não votar em fichas sujas. Somos obedientes a Igreja quando professamos a mesma Fé, mais também quando acolhemos de bom grado as exortações proferidas em defesa dos Bons Costumes, que estão sendo ameaçados hodiernamente na sociedade.
Na construção da Cidadania não há espaço para as lamentações, é necessário aprendermos com os erros e olhar para frente e sentir a alegria de estarmos no caminho certo. Vamos juntos participando de todas as iniciativas que protegem os nossos direitos e nos motivam a sermos responsáveis em nossos deveres. Nem um ato pode esvaziar ou derrotar a Cidadania, pode até torná-la frágil, porém a Cidadania sempre se revigora por meios de todos àqueles e àquelas que acreditam que a Força da Vida é sempre superior às força da morte. No labor pela Cidadania vamos rezar os Salmos 14 e o 111, estes Salmos é a Voz do Senhor nos motivando a caminhar. Um abraço! Pe José Vicente Monteiro – Assessor das Cebs, Coordenador da Pastoral da Pessoa Idosa e Reitor do Seminário Maior Rainha dos Apóstolos – Diamantino – Mt
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