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Homilia Quinta Feira Santa 2012

          

HOMILIA – 05/abril/2012          
5ª.-FEIRA SANTA, MISSA DO CRISMA     
Querido Povo de Deus; Institutos de Vida Consagrada – Femininos e Masculinos; Lideranças; Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão e da Palavra – Catequistas; Seminaristas; Diáconos; queridos Sacerdotes: P. Rosimar, em Chicago, Estados Unidos; P. Elilzo e P. Antonio Edseu, estudando em Roma; Arcebispo Emérito Dom Bonifácio Piccinini: LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! Hoje – Quinta-feira Santa de 2012 – esta celebração da Eucaristia é uma VISIBILIDADE do PÓS-SÍNODO ARQUIDIOCESANO DE CUIABÁ na FASE DE ASSEMBLÉIAS para a elaboração de DIRETRIZES que pormenorizem, delineiem o nosso VER; O NOSSO JULGAR, E, O NOSSO AGIR… OLHANDO PARA A FRENTE! Hoje, o foco das nossas atenções e orações é o SACERDOTE ministerial, e, consequentemente, o foco está voltado também para estes homens e mulheres que  fazem as vezes do SACERDOTE e exercem o próprio sacerdócio comum nos Ministérios Extraordinários da Palavra de Deus – o “Ministério de Catequistas!”, e, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.               

HOJE  cada um de nós,  sacerdote no sacerdócio ministerial – renovará a sua profissão-de-amor, pois, já o profeta Isaías nos traz o sentido do dom do sacerdócio: “E vós sereis chamados SACERDOTES DO SENHOR, MINISTROS do nosso Deus… e dou-lhes a recompensa com toda fidelidade, faço com eles uma ALIANÇA ETERNA.” Centralizamos nesta MISSA DO NOSSO COMPROMISSO SACERDOTAL a nossa humilde gratidão  com o salmo responsorial que, há pouco, colocou em nossos lábios: “Vou cantar para sempre a bondade do Senhor; anunciarei com minha boca sua fidelidade de geração em geração. Pois disseste: ´Minha bondade está de pé sempre`! É o salmo 88…
O livro do Apocalipse com a segunda leitura coloca em nossos lábios – como SACERDOTES – o louvor-gratidão por este DOM DO SACERDÓCIO que não nos pertence: o nosso SACERDÓCIO não é nosso; é de Deus…: “… a ele a glória e o poder, pelos séculos dos séculos… àquele que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados e que fez de nós um REINO DE SACERDOTES PARA SEU DEUS E PAI…”

Certamente, cada um de nós diz do próprio jeito, com a própria intensidade: “O MEU SACERDÓCIO NÃO É MEU… É DE DEUS!
Somente sendo um SACERDOTE NO ESPÍRITO SANTO é que terá o DOM DA ESPIRITUALIDADE E DA COMUNHÃO que não o deixa pactuar com a superficialidade que mata a ação do ESPÍRITO. (Oração do Sínodo)
Hoje é o dia especial para cada um dizer: “O Espírito do Senhor está sobre mim…” Você – PADRE, SACERDOTE – é ungido para ser discípulo-missionário anunciando a Boa-Nova, a Boa-Notícia que consiste na libertação de quem se marginalizou, ou, foi marginalizado. Assim, as pessoas serão presos soltos; cegos enxergando; oprimidos libertados… Então, por causa do nosso sacerdócio que é de Deus… as pessoas recomeçam vida nova; por causa de um SACERDÓCIO NO ESPÍRITO SANTO a partilha dos bens voltará a regular as nossas relações e as relações sociais.
Jesus fez a PARTILHA DO PÃO: um gesto muito simples e cotidiano. Com Jesus, esse ato transforma-se em algo a mais, e , na Última Ceia, assume um novo significado. Naquele momento, Jesus não distribui somente o pão, mas a si mesmo. Ele se doa… 
Um SACERDÓCIO NO ESPÍRITO SANTO  levará a pessoa à recuperação plena de tudo aquilo do qual foi defraudada… Essa é a evangelização de Jesus: não consiste em palavras, doutrinação, conceitos, dogmas, documentos, etc. etc. mas numa prática que leve as pessoas marginalizadas à posse da vida plena.
Pela ação do ESPÍRITO SANTO o nosso sacerdócio é “eucaristizado”! A chave do nosso sacerdócio é o apaixonar-se por Cristo!
 “A beleza e a plenitude da vida consagrada, sacerdotal, da vida cristã… depende da qualidade do nosso amor por Cristo. É só o que pode nos defender dos altos e baixos do coração.
Podemos dizer com Santa Terezinha do Menino Jesus: “Viver para amar, pois, minha Vocação é o amor!” Ou, como nos lembra o parágrafo 20 do Documento Conclusivo do Sínodo com as palavras do Papa Bento XVI na Encíclica Deus Caritas est, 14: “A união com Cristo é, ao mesmo tempo, união com todos os outros, aos quais ele se entrega. Eu pão posso ter Cristo só para mim, posso pertencer-lhe somente unido a todos aqueles que se tornaram ou se tornarão seus. A comunhão tira-me para fora de mim mesmo projtando-me para ele e, desse modo, também para a união com todos os cristãos. Tornamo-nos ´um só corpo`, fundidos todos numa única existência.”
Hoje – no início desta celebração eucarística que se caracteriza também pelo renovar do nosso compromisso sacerdotal presentei cada Paróquia, através do Pároco, presenteei o pequeno Livro: SILÊNCIO E PALAVRA: CAMINHO DE EVANGELIZAÇÃO – mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, aos 20 de maio de 2012.
Deus é COMUNICAÇÃO porque é COMUNHÃO! “O silêncio, diz o Papa, é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos.” “Não há dualidade entre “silêncio e Palavra”, mas complementaridade entre ambos os termos que, em seu equilíbrio, aumenta o valor da comunicação e torna-as fecundas no serviço da nova evangelização…
Afirma Bento XVI: “Como mostra a cruz de Cristo, – a Sexta-feira Santa nos proclamará… – Deus fala também por meio do seu siêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Onipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio. No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até o dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando “o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos (cf. Ofício de Leitura do Sábado Santo)-, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.”
Conclui o Papa Bento XVI: “Palavra e Silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto particularmente importante para os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A MARIA, cujo silêncio “escuta e faz florescer a Palavra, confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social”. (24/janeiro/2012 – São Francisco de Sales)
O nosso sacerdócio, a nossa vida de consagrados, a nossa vida cristã existem para conjugar três verbos: confirmar, renovar e revitalizar a unidade da comunhão! A COMUNHÃO necessita substancialmente do SILÊNCIO E DA PALAVRA para fazer da COMUNICAÇÃO um ato pleno de comunhão com Deus, com o próximo e com a sociedade.
Assim, seremos “casa e escola da comunhão” – reflexo-espelho da comunhão que Deus é em Famíli-Trinitária.

5ª.-FEIRA SANTA, MISSA DO CRISMA     
Dom Milton Santos – Arcebispo Metropolitano de de Cuiabá 

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