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SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO E MORTE DO SENHOR

Ano A – XXIV – Nº 1447 – cor vermelha – 18/04/2014
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO E MORTE DO SENHOR

Ó PAI, EM TUAS MÃOS EU ENTREGO O MEU ESPÍRITO. (Sl 30)
Esta celebração terá início às 15h. O altar deve estar totalmente despojado, sem cruz, candelabros, toalhas ou flores. Na sexta-feira e no sábado até a vigília, a Igreja, por antiquíssima tradição, não celebra a Eucaristia.
Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito. (bis)
Após o refrão meditativo o presidente entra em silêncio e se prostra diante do altar.
Animador(a) – Fiquemos de joelhos, em profundo silêncio, adorando o mistério da entrega do Senhor.
01. ORAÇÃO (não se diz “Oremos”)
Presidente – Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos nos tornar, pela graça, criaturas novas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
As leituras devem ser bem proclamadas, fazendo-se um breve silêncio após cada uma delas.
02. LEITURA DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS (52, 13-53,12 – capítulo 52, versículo 13 até o capítulo 53, versículo 12)
03. SALMO RESPONSORIAL (30)
Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito. (bis)
– Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
– Tornei-me o opróbrio do inimigo, o desprezo e zombaria dos vizinhos, o objeto de pavor para os amigos; fogem de mim os que me veem pela rua. Os corações me esqueceram como um morto, e tornei-me como um vaso espedaçado.
– A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
– Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão! Fortalecei os corações, tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais!
04. LEITURA DA CARTA AOS HEBREUS (4, 14-16; 5,7-9)
05. CANTO DE ACLAMAÇÃO
Salve ó Cristo obediente, salve, amor onipotente, que te entregou à cruz e te recebeu na luz!
1 – Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz, pelo que o Senhor Deus o exaltou, e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.
A Palavra deve ser proclamada sem saudação e sem sinal da cruz sobre o livro. No fim não se diz: “Glória a vós…”
06. PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO JOÃO (18, 1-19,42)
NR – Narrador + – Jesus
AS – Assembleia L1 – Leitor 1
L2 – Leitor 2 GR – Grupo
NR – Naquele tempo, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os discípulos. Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
+ – A quem procurais?
NR – Responderam:
AS – A JESUS, O NAZARENO.
NR – Ele disse:
+ – Sou eu!
NR – Judas, o traidor, estava junto com eles. Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. De novo lhes perguntou:
+ – A quem procurais?
NR – Eles responderam:
AS – A JESUS, O NAZARENO.
NR – Jesus respondeu:
+ – Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem.
NR – Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “não perdi nenhum daqueles que me confiaste”. Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. Então Jesus disse a Pedro:
+ – Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?
NR – Então os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. Conduziram-no primeiro a Anás, que era sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. A criada que guardava a porta disse a Pedro:
L2 – Não pertences também tu aos discípulos deste homem?
NR – Ele respondeu:
L1 – Não!
NR – Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. Jesus lhe respondeu:
+ – Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na Sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.
NR – Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
L2 – É assim que respondes ao sumo sacerdote?
NR – Respondeu-lhe Jesus:
+ – Se respondi mal, mostra-me em quê; mas, se falei bem, por que me bates?
NR – Então Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote. Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
GR – NÃO ÉS TU, TAMBÉM, UM DOS DISCÍPULOS DELE?
NR – Pedro negou:
L1 – Não!
NR – Então, um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
L2 – Será que não te vi no jardim com ele?
NR – Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. De Caifás levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
L1 – Que acusação apresentais contra este homem?
NR – Eles responderam:
GR – SE NÃO FOSSE MALFEITOR, NÃO O TERÍAMOS ENTREGUE A TI!
NR – Pilatos disse:
L1 – Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com vossa lei.
NR – Os judeus lhe responderam:
GR – NÓS NÃO PODEMOS CONDENAR NINGUÉM À MORTE.
NR – Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
L1 – Tu és o rei dos judeus?
NR – Jesus respondeu:
+ – Estás dizendo isso por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?
NR – Pilatos falou:
L1 – Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?
NR – Jesus respondeu:
+ – O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.
NR – Pilatos disse a Jesus:
L1 – Então, tu és rei?
NR – Jesus respondeu:
+ – Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.
NR – Pilatos disse a Jesus:
L1 – O que é a verdade?
NR – Ao dizer isto, Pilatos saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes:
L1 – Eu não encontro nenhuma culpa nele. Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?
NR – Então, começaram a gritar de novo:
AS – ESTE NÃO, MAS BARRABÁS!
NR – Barrabás era um bandido. Então Pilatos mandou flagelar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, aproximavam-se dele e diziam:
GR – VIVA O REI DOS JUDEUS!
NR – E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
L1 – Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.
NR – Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse:
L1 – Eis o homem.
NR – Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
GR – CRUCIFICA-O! CRUCIFICA-O!
NR – Pilatos respondeu:
L1 – Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.
NR – Os judeus responderam:
GR – NÓS TEMOS UMA LEI, E SEGUNDO ESSA LEI ELE DEVE MORRER, PORQUE SE FEZ FILHO DE DEUS.
NR – Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
L1 – De onde és tu?
NR – Jesus ficou calado. Então Pilatos disse:
L1 – Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?
NR – Jesus respondeu:
+ – Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.
NR – Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
AS – SE SOLTAS ESTE HOMEM, NÃO ÉS AMIGO DE CÉSAR. TODO AQUELE QUE SE FAZ REI, DECLARA-SE CONTRA CÉSAR.
NR – Ouvindo estas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “pavimento”, em hebraico “gábata”. Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:
L1 – Eis o vosso rei!
NR – Eles porém, gritavam:
AS – FORA! FORA! CRUCIFICA-O!
NR – Pilatos disse:
L1 – Hei de crucificar o vosso rei?
NR – Os sumos sacerdotes responderam:
GR – NÃO TEMOS OUTRO REI SENÃO CÉSAR.
NR – Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. Ali o crucificaram com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”. Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
GR – NÃO ESCREVAS “O REI DOS JUDEUS”, MAS SIM O QUE ELE DISSE: “EU SOU O REI DOS JUDEUS”.
NR – Pilatos respondeu:
L1 – O que escrevi, está escrito.
NR – Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única, de alto a baixo. Disseram entre si:
GR – NÃO VAMOS DIVIDIR A TÚNICA. TIREMOS A SORTE PARA VER DE QUEM SERÁ.
NR – Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados. Perto da cruz de Jesus estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
+ – Mulher, este é o teu filho.
NR – Depois disse ao discípulo:
+ – Esta é a tua mãe.
NR – Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:
+ – Tenho sede!
NR – Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse:
+ – Tudo está consumado.
NR – E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
Todos se ajoelham e faz-se um momento de silêncio.
NR – Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus – pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. Então, tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumavam sepultar. No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.
Faz-se um momento de silêncio.
07. PARTILHA DA PALAVRA
08. ORAÇÃO UNIVERSAL
Presidente – Irmãos e irmãs, nesta Sexta-feira da Paixão do Senhor, rezemos pelas necessidades da Igreja e da humanidade, conscientes de que a salvação de Cristo é oferecida a todos.
I. Pela Santa Igreja
DIÁCONO: – Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela santa Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que Ele a proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila, para sua própria glória.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
II. Pelo Papa
DIÁCONO: – Oremos pelo nosso santo Padre, o Papa Francisco. O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o Episcopado, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o Pontífice que escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
III. Por todas as ordens e categorias de fiéis
DIÁCONO: – Oremos pelo nosso Bispo, Dom Décio Sossai Zandonade, por todos os bispos, presbíteros, diáconos da Igreja e por todo o povo fiel.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito todo o corpo da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros do vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
IV. Pelos catecúmenos
DIÁCONO:- Oremos pelos (nossos) catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas da misericórdia, para que, recebendo nas águas do batismo o perdão de todos os seus pecados, sejam incorporados no Cristo Jesus.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a vossa Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) catecúmenos, para que, renascidos pelo batismo, sejam contados entre os vossos filhos adotivos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
V. Pela unidade dos cristãos
DIÁCONO: – Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que creem no Cristo, para que o Senhor nosso Deus se digne reunir e conservar na unidade da sua Igreja todos os que vivem segundo a verdade.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
VI. Pelos judeus
DIÁCONO: – Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da primitiva aliança mereça alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
VII. Pelos que não creem no Cristo
DIÁCONO: Oremos pelos que não creem no Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da salvação.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, dai aos que não creem no Cristo e caminham sob o vosso olhar com sinceridade de coração chegar ao conhecimento da verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fieis da vossa caridade, amando-nos mais uns aos outros e participando com maior solicitude do mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
VIII. Pelos que não creem em Deus
DIÁCONO: – Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que, buscando lealmente o que é reto, possam chegar ao Deus verdadeiro.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e pusestes em seu coração o desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só em vós achassem repouso. Concedei que, entre as dificuldades deste mundo, discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas obras daqueles que creem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
IX. Pelos poderes públicos
DIÁCONO: – Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes dirija o espírito e o coração para que todos possam gozar de verdadeira paz e liberdade.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos governam. Que por vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade das nações e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
X. Por todos os que sofrem provações
DIÁCONO: Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra as prisões e liberte os cativos, vele pela segurança dos viajantes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que agonizam.
Reza-se em silêncio.
Presidente – Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a força dos que labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos, para que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
09. ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ
Animador(a) – Ao venerarmos hoje a cruz, expressamos nosso gesto de amor àquele que “se entregou e se fez obediente até a morte”, mas também somos chamados a olhar para todos os que ainda hoje, no mundo, continuam a ser perseguidos, humilhados e crucificados injustamente.
De forma orante, o presidente dirige-se à porta central da Igreja e, acompanhado por ministros com velas acesas, entra trazendo um crucifixo, coberto com um pano vermelho, cuja cruz deve ser de madeira, até a frente do altar. Nesse percurso, ergue-o por três vezes, cantando e descobrindo-o parte a parte. O povo responde e adora a cruz.
Animador(a) – Voltemos nossos olhares para a cruz da nossa salvação, e respondamos ao convite do presidente, cantando.
Presidente – Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!
Todos – Vinde, adoremos!
10. CANTOS PARA ADORAÇÃO DA CRUZ
1 – Bendita e louvada seja no céu a divina luz. E nós, também, na terra, louvemos a Santa Cruz. (bis)
2 – Os céus cantam a vitória de Nosso Senhor Jesus; cantemos nós, igualmente, louvores à Santa Cruz.
3 – Sustenta gloriosamente nos braços ao Bom Jesus; sinal de esperança e vida, o lenho da Santa Cruz.
4 – Humildes e confiantes, levemos a nossa cruz; seguindo o sublime exemplo de Nosso Senhor Jesus.
5 – Cordeiro imaculado, por todos morreu Jesus; pagando as nossas culpas, é Rei pela sua Cruz.
6 – É arma em qualquer perigo, é raio de eterna luz; bandeira vitoriosa, o santo sinal da Cruz.
7 – Ao povo aqui reunido, dai graça, perdão e luz; salvai-nos, ó Deus clemente, em nome da Santa Cruz.
1 – Ele assumiu nossas dores, veio viver como nós. Santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu Reino e te chamava de Pai e revelou tua imagem, que deu-nos coragem de sermos irmãos.
Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor. (bis) Pai nosso que estás no céu, Pai nosso que estás aqui. (bis)
2 – Ele mostrou o caminho, veio dizer quem Tu és. Disse com graça e com jeito que os nossos defeitos tu vais perdoar. Disse que a vida que deste queres com juros ganhar. Cuidas de cada cabelo que vamos perdendo sem mesmo notar.
Vitória, tu reinarás. Ó Cruz, tu nos salvarás. (bis)
1 – Brilhando sobre o mundo que vive sem tua luz. Tu és um sol fecundo de amor e de paz, ó Cruz.
2 – Aumente a confiança, do pobre e do pecador. Confirma nossa esperança na marcha para o Senhor.
3 – À sombra dos teus braços a Igreja viverá por ti no eterno abraço o Pai nos acolherá.
4 – Vocês vão ter no mundo tristezas e aflição. Mas eu venci o mundo, coragem e vencerão!
5 – Se o grão que cai por terra não morre, fica só… Se morrer, germina e cresce, seu fruto será maior.
6 – Escutem o meu mandamento reparem como os amei! Por todos eu dei a vida, se amem, assim vocês.
Depois de todos terem manifestado o gesto de adoração, o crucifixo é colocado em um lugar de destaque. E membros da comunidade recolhem as ofertas.
Presidente – Em silêncio, vamos recolher as ofertas que trouxemos, a qual será destinada a lugares santos.
11. PAI NOSSO
Presidente – Elevemos nossas mãos em direção à cruz e rezemos com amor e confiança a oração que Jesus nos ensinou. Pai Nosso…
Reza-se o Pai Nosso, mas sem Oração da Paz e sem abraço.
12. CANTO DE COMUNHÃO (se houver)
Neste momento da comunhão, coloca-se a toalha vermelha e o corporal sobre o altar. Comungamos os dons pré-santificados. O ministro coloca sobre o altar o pão consagrado e diz: “Felizes os convidados para a ceia do Senhor…”
É sangue o que era vinho, é corpo o que era pão. Cristo venceu o tormento, é nosso sustento e se faz comunhão. (bis)
1 – As núpcias do Cordeiro em brancas vestes vamos. Transpondo o mar vermelho, ao Cristo Rei cantamos.
2 – Por nós no altar da cruz seu corpo ofereceu. Comendo deste pão nascemos para Deus.
3 – O Cristo nossa Páscoa morreu como um Cordeiro. Seu corpo é nossa oferta, pão vivo e verdadeiro.
4 – Da morte o Cristo volta, a vida é seu troféu. O injusto traz cativo, e a todos abre o céu.
5 – Jesus pascal Cordeiro, em vós se alegra o povo. Que livre pela graça, em. vós nasceu de novo.
6 – Seu sangue em nossas portas, afasta o anjo irado. Das mãos de um rei injusto, seu povo é libertado.
1 – Na mesa da Eucaristia, o amor se faz doação a um povo que vive e partilha, trabalha e constrói mundo irmão.
Comigo irá cear, o pão da vida ter quem até o fim fiel permanecer!
2 – Na mesa da Eucaristia, lugar do encontro de iguais há um povo que quer a justiça, que sonha com um mundo de paz.
3 – Na mesa da Eucaristia, a festa fazemos por crer que o povo alegre anuncia que a vida vai a morte vencer.
4 – Na mesa da Eucaristia, divina lição de amar. Há um povo que sofre e caminha pra vida com alegria gerar.
5 – Na mesa da Eucaristia, não deve haver divisão. Um povo que exclui outro povo, irmão que abandona outro irmão.
6 – Na mesa da Eucaristia, miséria não pode existir, pois povo que aqui se alimenta, quer pão e amor dividir.
7 – Na mesa da Eucaristia, é Cristo, o Deus-comunhão. De um povo que quer nova terra, e unido construir novos céus!
13. ORAÇÃO
Presidente – Ó Deus, que nos renovastes pela Santa Morte e Ressurreição do vosso Cristo, conservai em nós a obra de vossa misericórdia, para que, participando deste mistério, vos consagremos sempre a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
14. NOTÍCIAS E AVISOS
– A equipe de liturgia da comunidade deve preparar bem a celebração da Vigília Pascal. Providenciar: pequena fogueira fora da Igreja, Círio Pascal e um recipiente com água. Pedir a todos que tragam vela para a celebração da luz e pequenos recipientes com água para serem abençoados.
15. ORAÇÃO SOBRE O POVO
Presidente – Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso povo, que acaba de celebrar a morte do vosso Filho, na esperança da sua ressurreição. Venha o vosso perdão, seja dado o vosso consolo; cresça a fé verdadeira e a redenção se confirme. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Não há canto final. Todos se retiram da Igreja em silêncio.
PREPARANDO A PARTILHA DA PALAVRA
Na celebração de hoje comemoramos os dois aspectos do mistério da cruz: o sofrimento que prepara a glória da Páscoa e a humilhação sofrida por Jesus, da qual emana sua glorificação. A liturgia celebra esse dia não como dia de luto e de choro, mas de contemplação do sacrifício de Jesus. A morte destinada a Jesus não era uma morte qualquer; era a pior possível, a morte torturada dos desqualificados, dos que não tinham direito à compaixão e à justiça, a forma mais cruel de tortura que aquela sociedade conhecia. Jesus tinha anunciado a Pilatos que era rei, mas de um reino que não é deste mundo. No entanto, Jesus se encarnou também para mostrar o quanto Deus se importa com as realidades comuns da vida humana. Ele declarou: tudo o que fizerdes a um destes pequeninos, a mim o fazeis. A cruz continua armada para Jesus enquanto houver gente sofrendo, pecados estragando a vida, irmãos maltratando irmãos. A morte de Jesus responde de modo inesperado à pergunta que tantos se fazem diante da violência: “onde está Deus numa hora dessas?” Em Jesus, Deus responde: estou aqui, do lado das vítimas, sendo torturado com elas, e dizendo a vocês que não se vence violência com violência, mas com amor, com solidariedade, tornando nossos os sofrimentos de quem sofre. João coloca um grupo de pessoas ao pé da cruz, indicando que ali está a continuação da missão de Jesus. As palavras ao discípulo (“Eis aí a tua mãe”) e a Maria (“Eis aí o teu filho”) indicam que Jesus entrega sua mãe e sua missão à comunidade cristã que está nascendo. Maria é a primeira discípula, a que carinhosamente chamamos mãe da Igreja. Os cristãos de hoje são herdeiros dessa missão. Os discípulos e discípulas devem viver e levar ao mundo a mensagem salvadora desse amor que amou até o fim. Em nome da cruz de Jesus, somos chamados a trabalhar para que haja cada vez menos crucificados na história humana. O sofrimento de Jesus precisa nos mobilizar diante de todos os sofrimentos humanos: ele continua crucificado em todos aqueles que são injustiçados pelo tráfico humano e aqueles que não têm o necessário para viver dignamente. Que a contemplação do sacrifício de Cristo nos impulsione a ser cristãos verdadeiramente comprometidos com a vida humana.
ENTENDENDO A LITURGIA DA SEXTA-FEIRA SANTA
É muito importante conhecermos bem os vários elementos que constituem a cerimônia da Sexta-feira Santa, para bem celebrarmos a Paixão do Senhor. Três partes principais compõem esta celebração:
a) A Liturgia da Palavra;
b) A Adoração da Cruz;
c) A Liturgia da Comunhão.
a) A Liturgia da Palavra – Com o altar despojado de suas toalhas desde o final da missa do dia anterior, dá-se a entrada silenciosa dos ministros, os quais se prostram por terra diante do altar em sinal de pesar e assim permanecem por alguns instantes, enquanto os fiéis ajoelham-se. Erguendo-se todos, quem preside faz a oração do dia e a seguir começam as leituras. Como Primeira Leitura temos o Quarto Cântico do Servo de Deus, tirado do livro do profeta Isaías, que os cristãos se acostumaram a ler pensando na descrição da paixão redentora de Cristo. Tal leitura nos oferece a imagem do Cristo sofredor, conduzida ao matadouro como
ovelha muda, carregada de todos os nossos
pecados e causa da nossa justificação.
b) A Adoração da Cruz – A adoração da cruz, que vem a seguir, é um antigo e expressivo gesto pelo qual o cristão adora o Cristo suspenso na cruz que dá a vida por ele. Uma cruz coberta por véus vermelhos é trazida à frente por um ministro, acompanhado por ajudantes com velas acesas. O ministro descobre a cruz em três etapas, entoando, por três vezes, o convite à adoração da cruz, com as seguintes palavras: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Ao que a comunidade responde a cada vez: Vinde adoremos!, e se ajoelha para uma oração e adoração silenciosa. Em seguida a cruz descoberta é suspensa, iniciando-se a sua adoração pelos fiéis com a genuflexão, o beijo ou outro sinal adequado. Durante a adoração são cantados hinos referentes ao significado da cruz na vida de Cristo e dos cristãos.
c) A Liturgia da Comunhão – A terceira e última parte da liturgia da Sexta-feira Santa é composta pela Comunhão Eucarística. Sobre o altar, momentaneamente coberto por suas toalhas, é depositado o Santíssimo Sacramento conservado da missa da Quinta-feira Santa em uma capela lateral. Após rezar com o povo algumas orações que compõem o rito da comunhão, o que preside comunga, distribuindo em seguida a comunhão aos presentes. No final, a parte da comunhão, o que sobrou é levado para uma capela lateral e o altar é novamente desnudado. A cerimônia se conclui com a oração após a comunhão. Neste dia, quem preside não dá a bênção nem a saudação final ao povo.
Em muitos lugares, após a cerimônia da Paixão, tem ainda a procissão com o Senhor morto, importante tradição que indica nossa homenagem a Cristo, transpassado por nossos pecados, e exprime todo o nosso verdadeiro pesar. Esta procissão deve ser realizada com respeito e devoção.

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