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Reflexão Semana Nacional da Família

Reflexão para a Semana Nacional da Família (10 a 16 de agosto).
Principais desafios culturais para evangelização da família
A conjuntura cultural e os novos paradigmas têm impactado profundamente a Família cristã hoje. Eis alguns aspectos dessa tendência cultural.
Valores  contraditórios, a maioria das famílias de hoje, carregam um misto de valores, alguns verdadeiros e outros contraditórios.  É verdade que precisamos acolher os novos valores da cultura atual. Porém, não podemos desprezar ou sepultar os antigos valores herdados dos  antepassados e passados de Pais para filhos na cultura tradicional.

O conflito de geração provocado pela modernidade, vem disseminando os valores tradicionais. A família precisa valorizar os seus idosos e idosas, os quais constituem uma espécie de reservas ou tesouros  culturais desses valores. Por exemplo a avó que ensina  neto a reza do terço e a importância da religião na vida.

Subjetivismo ou relativismo ético: vivemos a cultura do “achismo” e do “você decide”. Cada um fazendo sua ética, segundo o gosto pessoal. “O bem é quilo que é bom para mim (Sartre)”. O Papa Bento XVI disse que estamos vivendo a “ditadura do relativismo”. O subjetivismo ético, incentivado pela mídia, é muito inclinado para o Hedonismo. Por isso, tem aumentado as uniões livres e o relacionamento homo afetivo, os quais  ofendem a dignidade da família.

Ilusão da autonomia, a principal característica do homem e mulher da alta modernidade, é a busca de autonomia, de independência. Esta ideia de independência tende a refletir no relacionamento conjugal. Não raro, Gera espírito de competição entre os cônjuges, descambando para contenda salarial. Ora, o matrimônio e família criam profundos laços de pertença entre os cônjuges e com os filhos, ou seja, uma interdependência intrínseca e permanente. “Os dois são uma só carne”! A ideia errada de autonomia dificulta o relacionamento conjugal e uma saudável convivência familiar.

Multiplicidade de interesses, as pessoas vivem, hoje, em função de múltiplos interesses: negócios, trabalhos, estudos, viagens, lazer, etc.  Por isso, correm o risco de colocar a família como mais um dos interesses. Ora, a família é uma vocação divina e não função, ou seja, ela deve unificar todos os interesses e as ações da pessoa humana. É  o bem e o capital social mais importante da vida humana na terra. De nada adianta ganhar o mundo e perder a família.

Relacionamentos parciais, as pessoas vivem, hoje, relacionamentos parciais ou superficiais em função de seus interesses circunstanciais. E, com isso, corre o risco de levar estas parcialidades para dentro da família. Ora, a família deve abraçar a totalidade da pessoa humana e não apenas alguns aspectos da sua vida.
Esterilidade, Respiramos, hoje, uma atmosfera “anti-vida”. A mentalidade contraceptiva é muito forte. Muitos casais pensam no casamento, mas não querem filhos, os quais são vistos como estorvos e não como dons e bênçãos do Altíssimo. Muitos casais não querem filhos, porque, dizem eles: “precisamos curtir a vida”. Eles não compreendem que os filhos constituem a beleza, a alegria, o encanto e a grande motivação do matrimônio.
O individualismo, o qual leva à indiferença e falta de solidariedade com o próximo, empobrecendo o relacionamento conjugal e familiar. O individualismo alastrou-se por todos os segmentos da vida, sobretudo na família. Até mesmo a comensalidade está desaparecendo das famílias. Cada um com o seu prato diante da televisão!

Provisoriedade: vivemos hoje, também, a cultura da “provisoriedade”. Tudo é provisório. Nada é definitivo! Tudo que adquirimos é descartável e com prazo de validade (descartabilidade). Esta cultura tem influenciado muito a dissolução do vínculo, o qual, de acordo com o plano de Deus, tem caráter definitivo, irrevogável e sem prazo de validade!

E que Deus abençoe nossas as famílias!

Pe. Deusdédit é  assessor eclesiástico da pastoral familiar

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