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Liturgia – 19º Domingo Comum

LITURGIA – 19º DOMINGO COMUM. 10/Agosto/2014

“Senhor, salva-me!”
1.Acolhida.
Os Apóstolos precisam navegar e atravessar o Mar da Galiléia sozinhos, enquanto Jesus despede o povo e sobe o monte para rezar. A travessia não está fácil, pois, o vento lhes era contrário! Jesus vai ao encontro deles nas primeiras horas da madrugada!
O fato narrado pelo Evangelho é o retrato antecipado da missão da Igreja: Ela precisa navegar sozinha, e enfrentar as ondas do mar revolto. Mas, sozinha, não avança; ela precisa da presença do Senhor que acalma a tempestade, serena o vento e o barco chega à margem,à praia segura! Jesus não abandona sua Igreja, mas ela precisa ter fé e invocar seu auxílio!

2.Palavra de Deus.
1Re 19,9.11-13 – O profeta Elias aguarda a passagem do Senhor na altura do Monte Horeb, mas Ele não se manifesta no barulho, mas numa brisa mansa. Deus, pois, não é o deus do barulho!
Rm 9,1-5 – O Apóstolo Paulo deseja a conversão de seus irmãos, os judeus, nem que seja ao preço de ele mesmo ser segregado (afastado) de Cristo! Tal era o amor de Paulo por seus irmãos, os judeus!
Mt 14,22-33 – Barco agitado pelo vento. Os Apóstolos temem pelo pior, mas Jesus vem caminhando sobre as ondas e os acalma dizendo: “Coragem, sou Eu. Não tenhais medo!” Jesus amansa o mar e o barquinho seguem a travessia até à praia segura!

3.Reflexão.
O profeta Elias vai ao encontro marcado com o Senhor no Monte Horeb. Aguarda-o, atentamente, na entrada de uma gruta. Mas, Deus não se manifesta no vento impetuoso, no tremor de terra e nem nos relâmpagos que rasgam o céu! Deus vem precedido de uma brisa mansa. Então, Elias, prostrado com rosto em terra, escuta a mensagem e a missão de Javé! Deus não está presente no barulho, pois, este é um símbolo do falso deus, Baal! Alguma semelhança com o mundo atual? Com certeza!
Deus não apavora seus adoradores com violências e barulhada, mas fala ao coração que o escuta no silêncio da montanha e, depois, parte para a ação missionária. Nosso Deus não é um deus da omissão, da falta de compromisso social e religioso. Elias é um missionário impetuoso e o cristão é um discípulo missionário de Jesus Cristo.
Jesus vai encerrando sua missão sobre a terra: manda os Apóstolos atravessarem, sozinhos, o “Mar da Galiléia” enfrentando uma tormenta bastante comum naquele lugar. É o simbolismo da Igreja que precisa caminhar pelo mundo afora enfrentando lutas constantes e perseguições de todo tipo! Ela lutar bravamente; mas precisa da presença de Cristo para acalmar a tempestade, serenar o vento e chegar à margem segura. Ela precisa gritar: “Salva-me, Senhor!” E, ao mesmo tempo, confessar com toda a convicção possível: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”.
O “mar” é o símbolo do poder inimigo. Invencível! Mas Jesus caminha sobre suas ondas estende a mão a Pedro e o repreende por sua falta de fé! A fé, normalmente, se fortalece no perigo!

Frei Carlos Zagonel.

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