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Correção fraterna deve ser feita com caridade

Francisco disse que a correção fraterna deve ser feita com caridade e não com insultos.
Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco, durante oração mariana do Angelus /Foto: Arquivo
Milhares de fiéis e peregrinos rezaram com o Papa Francisco, na Praça São Pedro, o Angelus neste domingo, 7.
Antes da oração mariana, o Pontífice comentou o Evangelho deste domingo, extraído do capítulo 18 de Mateus, que apresenta o tema da correção fraterna na comunidade dos fiéis.
O Papa explicou que Jesus nos ensina que se o meu irmão comete um pecado contra mim, eu devo ter caridade para com ele e, antes de tudo, falar pessoalmente com esta pessoa, explicando-lhe que o que disse ou fez não é bom. Se o irmão não me ouvir, Jesus sugere uma ação progressiva: primeiro, voltar a falar com ele com outras duas ou três pessoas; se, não obstante isso, ele não acolher a exortação, é preciso dizer à comunidade; e se não ouvir sequer a comunidade, é preciso fazer com que sinta a fratura e o distanciamento que ele mesmo provocou.

Francisco advertiu porém, que neste itinerário é preciso evitar a fofoca da comunidade, e que a atitude deve ser de delicadeza, prudência, humildade, atenção para com quem pecou, de maneira a evitar que as palavras possam ferir e matar o irmão.
“Vocês sabem que as palavras matam: quando falo mal, faço uma crítica injusta, isso é matar a fama do outro”.
O Papa disse que ao mesmo tempo, esta discrição tem a finalidade de não mortificar inutilmente o pecador. O objetivo é ajudar o irmão a perceber o que ele fez. Isso também nos ajuda a nos libertar da ira e do ressentimento que nos fazem mal e que nos levam a insultar e a agredir.
“Isso é feio. Nada de insultos. Insultar não é cristão.”
O Pontífice recordou que na realidade, diante de Deus somos todos pecadores e necessitados de perdão. “Jesus, de fato, nos disse para não julgar. A correção fraterna é um serviço recíproco que podemos e devemos fazer uns aos outros. E é possível e eficaz somente se cada um se reconhece pecador e necessitado do perdão do Senhor. A mesma consciência que me faz reconhecer o erro do outro, antes ainda me lembra que eu mesmo errei e erro tantas vezes.”
Francisco explicou que por isso, no início da Santa Missa, todas as vezes somos convidados a reconhecer diante do Senhor que somos pecadores, expressando com as palavras e os gestos o sincero arrependimento do coração. “E dizemos: ‘Senhor, tende piedade de mim’, e não ‘Senhor, tende piedade dessa pessoa que está a meu lado’. Todos somos pecadores e necessitados do perdão do Senhor”.
Entre as condições que são comuns dos que participam da celebração eucarística, duas são fundamentais, ressaltou o Papa: todos somos pecadores e a todos Deus doa a sua misericórdia. “Devemos nos lembrar sempre disso antes de corrigirmos fraternalmente o nosso irmão.”
Por fim, Francisco recordou que nesta segunda-feira, 8, celebra-se liturgicamente a Natividade de Nossa Senhora. O Papa pediu aos fiéis que, assim que acordarem, dirijam seu pensamento a Ela, como um filho cumprimenta sua mãe no dia do seu aniversário.

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