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Liturgia 23º Domingo Comum

LITURGIA – 23º DOMINGO COMUM
“Eu sou a luz do Mundo,Quem me segue não anda nas trevas!”
1.Acolhida.
A luz é um dom precioso de nosso Deus! Andar nas trevas é triste demais! Sem a luz divina nós “não vemos mais que um palmo diante do nariz”! E o orgulho humano deixa-nos a impressão que somos sábios! Que sabe você a respeito dos caminhos de Deus e do destino que Ele estabeleceu para nós, suas criaturas humanas? “Mal conhecemos o que há na terra (…) quem investigará o que há no céu?”
Para a grande maioria, a vida humana se reduz a nascer, comer (trabalhar), transar e morrer!
Somos barro, sim, mas Deus nos redimiu e nos adotou como filhos. Somos, de fato, filhos de Deus! E o grande Papa Leão I dizia: “Reconhece, ó cristão, a tua dignidade!” Vivamos, portanto, na luz e fujamos das trevas do pecado e da ignorância!

2.Palavra de Deus.
Sb 9,13-18 – Boa parte do Povo judeu vivia como migrante nas grandes cidades do Império Romano e lá sofriam as influências da cultura grega, reinante na época. Orgulhava-se de participar da cultura dos grandes, mas perderam o contato com o Deus da Aliança, com o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó!  Numa palavra, perderam sua fé religiosa recebida do próprio Deus! O Espírito Santo não o iluminava mais!

Fm 9-10.12-17 – Paulo, mesmo na cadeia, não deixa de evangelizar! Converte o escravo Onésimo e o restitui ao seu “dono” Filemon, agora, como irmão na fé cristã.

Lc 14,25-33 – Converter-se a Jesus tem conseqüências práticas imediatas e necessárias. Converter-se significa trocar de vida, de caminho! É ser um novo Cristo na comunidade. Significa seguir Jesus, viver como Jesus!

3.Reflexão.
Jesus, em sua viagem a Jerusalém, onde enfrentaria a morte para salvar-nos, revela as condições necessárias para ser seu discípulo. Ele não quer discípulos de nome, mas de vida!. Um cristão, para Jesus, é alguém que sai do anonimato e vive “marcado”!  Um dos meus formadores, quando jovem frade, dizia-me: “Viva o homem marcado, nem que seja com a marca do diabo!” Cristão é de Jesus e de mais ninguém!

Ser cristão, para Jesus, não é questão afetiva ou sentimental. É questão de partilha e de fraternidade incondicional. Para o cristão, o outro não é um número, mas é um irmão necessitado com quem partilho a vida, o tempo e os bens! É um partilha, certamente, difícil, mas necessária e bem planejada para não fracassar! Construir uma torre para vigiar sua propriedade é muito bom, mas se a obra ficar ao meio caminho (como nossas obras públicas) é vergonhoso! Ser cristão, apenas, pela metade é vergonhoso e inútil. Cristão pela metade não salva!

Paulo devolve o escravo  convertido, mas, discretamente, recorda a Filemon que ele estava diante de uma decisão, que o identificaria como cristão: “Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo!”. Ou seja, se você é cristão, recebe-o de volta, perdoa-lhe o “pecado de ter fugido de casa” e seja misericordioso com ele.

Um dos pecados dos moralistas (e este é o meu caso) é ser muito exigente com as fraquezas do irmão. Moralista enxerga pecado em todo mundo, como um juiz implacável! Mas, convenhamos, nossa prática de fé cristã é molenga demais! Agora, entramos na fase da misericórdia, não se pode exigir nada de ninguém!  Jesus perdoou à mulher adultera dizendo-lhe: “Eu, também, não te condeno. Vai em paz, mas não torne a pecar!” E agora, José?  Ser cristão não é questão de “cantar alto aleluia”, mas é questão de ir em paz e não mais pecar!

Frei Carlos Zagonel.
Fonte:http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=4018

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