4.2. Realizações
À medida que os livros litúrgicos romanos foram sendo revistos e publicados em suas edições típicas, no Brasil se encaminhou logo um intenso, longo, e penoso trabalho de tradução dos textos litúrgicos para o português. Para tanto, foi constituída na CNBB uma Comissão Nacional de Liturgia (a partir de 1964: Secretariado Nacional de Liturgia), sob a presidência de D. Clemente José Carlos Isnard, OSB.
O trabalho foi imenso, com muitas reuniões, discordâncias e suados acordos, idas e vindas a Roma e a Portugal: um “complicado processo”, cujos detalhes não vem ao caso aqui abordar
[7]. Hoje os livros litúrgicos estão todos traduzidos.
Dentre os livros litúrgicos mais significativos traduzidos hoje, por causa das adaptações já introduzidas, destacamos alguns. Em primeiro lugar, o Missal Romano, ressaltando, sobretudo a partir de 1993, a nova tradução sobre a 2ª edição típica: nesta foi acrescida “grande variedade de introduções ao ato penitencial, à oração sobre as oferendas, ao Pai-nosso e ao abraço da paz, bem como fórmulas para o envio no fim da missa”, além de “aclamações para todas as orações eucarísticas” (cf. Apresentação). E por falar em oração eucarística, uma delas foi feita especialmente para ser usada no Brasil: é a Oração Eucarística V, composta de forma ritmada, apropriada para ser proclamada e cantada no nosso jeito brasileiro. Outro livro importante é o da Liturgia das Horas, com os salmos e responsórios traduzidos em forma ritmada, cadenciada, para serem cantados também no nosso jeito brasileiro. E por falar em Liturgia das Horas, um livro (não oficial, mas oficioso) que faz sucesso é o Ofício Divino das Comunidades: uma tentativa bem sucedida de inculturação da Liturgia das Horas à índole da maioria dos brasileiros. Para a celebração do matrimônio foi elaborado um Ritual alternativo do matrimônio, adaptado para o Brasil a partir da 2ª edição típica com a nova Introdução Geral. O Ritual do batismo de crianças recebeu uma tradução adaptada à índole do povo brasileiro. O mesmo já sucedeu com Ritual de Iniciação Cristã de Adultos. Outros, como o Ritual de Exéquias e o Ritual de Bênçãos, estão em vias de tradução adaptada. Convém também lembrar o Hinário Litúrgico da CNBB em três volumes, que recolhe para os diferentes tempos do ano litúrgico o melhor da música litúrgica composta no Brasil nestes ricos anos pós-conciliares.
D. Clemente Isnard testemunha que “o interesse pela renovação da Liturgia se estendeu na década de 60 como um rastilho de pólvora”
[8]. Daí que, nesta mesma década foram realizados vários Encontros Nacionais de Liturgia, refletindo sobre diferentes temas: Pastoral da Assembléia Litúrgica, Iniciação cristã, Pastoral da Penitência, Matrimônio, Domingo, Arte Sacra. Também se realizaram na mesma década muitos Encontros de Música Sacra, ocasião em que se criaram e se divulgaram inúmeros cantos litúrgicos de boa qualidade, que vieram contribuir enormemente para a participação ativa do povo na Liturgia. Na linha da formação, há que se destacar na mesma década o funcionamento do Instituto Superior de Pastoral Litúrgica (ISPAL) no Rio de Janeiro. Pessoas que estudaram no ISPAL hoje estão na linha de frente da pastoral litúrgica no país.
A partir de 1964, implantou-se no Brasil, sob o comando da CNBB, a Campanha da Fraternidade: uma forma tipicamente brasileira de viver a Quaresma dentro do ano litúrgico, enfocando cada ano um problema social que mais nos aflige. O mesmo se diga das “novenas de Natal”: uma forma bem brasileira de viver o tempo do Advento.
Na década de 70, a CNBB desenvolveu um grande projeto de pastoral sacramental, publicando uma série de documentos de orientação sobre diferentes sacramentos: Sacramentos da iniciação cristã (1974), Penitência (1976), Matrimônio (1978), Unção dos enfermos (1979), Batismo das crianças (1980). Também foi publicado um documento intitulado “Pastoral da música litúrgica no Brasil” (1976). Em 1977, na tentativa de adaptar a Liturgia ao povo mais simples, foi aprovado e publicado pela CNBB um “Diretório para missas com grupos populares”. Infelizmente, este documento teve um fim inglório, pela proibição que sofreu da Sagrada Congregação para o Culto Divino, não obstante inúmeras tratativas.
A década de 80 também foi muito rica. Destaca-se pelos Encontros Nacionais de Professores de Liturgia, promovidos pela Linha 4 (Liturgia) da CNBB. Num destes encontros, realizado em Salvador (BA) nos dias 07 a 11.07.1983, surgiu a idéia de realizar um amplo levantamento sobre a situação da Liturgia no Brasil. Um questionário foi distribuído pela CNBB para todas as dioceses, Ordens e Congregações Religiosas. Sobre as respostas, devidamente tabuladas e sintetizadas, uma equipe de liturgistas elaborou uma avaliação da situação da Liturgia no Brasil. Todo esse material foi publicado sob o título Liturgia: 20 anos de caminhada pós-conciliar (Estudos da CNBB 42). A partir desse levantamento germinou e veio à luz o importante Documento 43 da CNBB (Animação da vida litúrgica no Brasil: elementos de pastoral litúrgica) publicado em 1989.
Os Encontros Nacionais dos Professores de Liturgia resultaram na fundação da Associação dos Liturgistas do Brasil (ASLI), por ocasião do 10° Encontro realizado em Vitória (ES) nos dias 13 a 17.02.1989. Um ano depois, no Encontro realizado em Curitiba (PR) nos dias 06 a 09.02.1990, seus estatutos foram aprovados em caráter definitivo, sendo depois registrados em Cartório. A ASLI se reúne uma vez por ano para estudo de um tema específico, bem como para intercâmbio de experiências, articulações de atividades científicas e pastorais dos liturgistas, etc.
A partir de 1984 funciona na Faculdade de Teologia N. Sra. da Assunção (São Paulo) o curso de pós-graduação em Liturgia. Ao mesmo tempo constituiu-se na Faculdade o Centro de Liturgia, composto por uma equipe de liturgistas que, além de pensar e programar o curso de pós-graduação em Liturgia, também organiza e promove um Curso de Verão (dois janeiros) e Semanas de Liturgia para agentes de pastoral em geral. Trata-se de um Centro irradiador de animação da vida litúrgica para o Brasil e América Latina, possibilitando o progresso da ciência e da pastoral litúrgicas em nosso meio. O Centro desenvolveu, adotou, e vem promovendo uma metodologia própria para a produção da ciência litúrgica em nosso país (incluída a promoção da formação litúrgica!), pela qual se parte da constatação e análise de práticas celebrativas bem concretas (primeiro passo), reflete-se teologicamente sobre esta realidade à luz da Tradição (segundo passo) e se tira conclusões para o aperfeiçoamento destas práticas (terceiro passo)
[9]. Nesta linha, no campo da formação litúrgica se desenvolveu também a eficiente metodologia do “laboratório litúrgico”
[10], já bem difundida pelo Brasil afora, promissora de uma Liturgia verdadeiramente inculturada, pois possibilita uma mútua fecundação entre religiosidade popular e Liturgia.
Cursos de Verão, mais ou menos na mesma linha metodológica, são desenvolvidos também no sul do Brasil e no Nordeste. Sem contar as inúmeras Semanas e Cursos de Liturgia realizados pelo país afora, em paróquias, dioceses, seminários, com o clero e o povo. Sobretudo o povo tem demonstrado uma enorme vontade em se aprofundar na Liturgia, ainda mais quando percebe nela a fonte por excelência de espiritualidade cristã engajada na luta em favor da vida. O grupo “Celebra”, com núcleos em várias regiões do país, vem igualmente prestando um ótimo serviço de formação litúrgica nos meios populares.
Na mesma esteira de trabalho em prol da formação litúrgica temos que lembrar igualmente as inúmeras publicações já feitas no Brasil (algumas de alto nível!) em livros e revistas. E por falar em revista, temos que mencionar a Revista de Liturgia, bimestral, das Pias Discípulas do Divino Mestre, de São Paulo. Desde 1973 ela vem prestando excelente serviço às comunidades eclesiais, através de artigos (formativos e informativos) e de subsídios para preparar as celebrações.
À luz dos grandes Encontros do episcopado latino-americano em Medellín (1969) e Puebla (1979), despertou-se a consciência de que o grande sujeito da Liturgia no Brasil e na América Latina é o povo pobre. Este deverá ser o grande protagonista de uma boa reforma da Liturgia. Nesta linha, não podemos deixar de enfatizar a contribuição das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) no Brasil: nelas verificamos de forma muito vital o processo de inculturação litúrgica no Brasil, deslanchado pelo Vaticano II
[11]. Cerca de 70% delas celebra o dia do Senhor em torno da palavra de Deus. Tanto é que a CNBB veio em seu auxílio publicando em 1994 um documento intitulado Orientações para a celebração da palavra de Deus (Documento 52). Com os elementos próprios da cultura, em sadia sintonia com os valores do “catolicismo popular”, conjugando religiosidade popular e Liturgia, as CEBs sabem celebrar a páscoa de Cristo na páscoa do povo e a páscoa do povo na Páscoa de Cristo, e celebram a Eucaristia como ceia memorial do sacrifício de Cristo em favor dos pobres. O caráter popular e participativo em toda a ação litúrgica, o caráter pascal das celebrações, a centralidade da palavra de Deus, os novos ministérios, o caráter ecumênico das celebrações, a valorização do corpo e da natureza, a valorização da linguagem simbólica, a música, são algumas características da Liturgia em processo de inculturação no Brasil por força das CEBs.
Os negros, com o apoio da Linha 4 CNBB, têm feito um excelente trabalho no sentido de poderem celebrar o mistério pascal de Cristo com os elementos de sua raça. Pesquisas, publicações, seminários, celebrações, tudo vem contribuindo para uma Liturgia com rosto negro no Brasil
[12].
A CNBB vem incentivando também um processo de inculturação da Liturgia nos meios indígenas. Neste sentido, para refletir sobre o assunto, ela já promoveu dois seminários, reunindo liturgistas, missionários e representantes indígenas. O primeiro foi nos dias 29 a 31.08.2000, e o segundo foi nos dias 31 a 08-02.09.2001. Entre os índios Xavante, no Mato Grosso, já existe um avançado ensaio de inculturação do rito de iniciação cristã e da celebração da Vigília Pascal
[13].
No campo da arte sacra já foram construídos ou restaurados neste período pós-conciliar belíssimos espaços realmente convidativos para celebrar em comunidade o mistério que nos faz Igreja (Povo de Deus-Corpo de Cristo) reunido para ouvir a Palavra, celebrar a Páscoa e, na força do Ressuscitado, trabalhar pelo Reino
[14]. A própria CNBB retomou ultimamente, e com crescente sucesso, os Encontros Nacionais de Arte Sacra: um em Vila Velha (ES) nos dias 11 a 13.07.1996, outro em São Paulo nos dias 25 a 27.06.1999, e um terceiro em Belo Horizonte (MG) nos dias 02 a 05.08.2001
[15].
O pentecostalismo dentro da Igreja Católica tem contribuído para celebrações mais alegres, espontâneas e vivas nas comunidades, arrebanhando inclusive multidões para momentos celebrativos cheios de grande emoção. Contudo, apresenta também sérias dificuldades para o avanço da reforma litúrgica no espírito do concílio Vaticano II
[16]. No intuito de esclarecer e ajudar, a CNBB publicou em 1994 um precioso documento intitulado Orientações pastorais sobre a Renovação Carismática Católica (Documento 53).
4.3. Perspectivas e desafios…
Pelas realizações acima apontadas, muito sucintamente, pode-se perceber que há boas perspectivas em relação ao processo de reforma litúrgica do Vaticano II no Brasil. Tem aumentado o número de pessoas preparadas e especializadas. Continua-se investindo, com crescente intensidade, na formação litúrgica em todos os níveis. Aumenta o interesse pela Liturgia, pois, aos poucos, descobre-se que em sua celebração se encontra a fonte genuína da espiritualidade e vivência cristãs.
Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer e os desafios são muitos. O maior deles ainda continua sendo, com certeza, o da formação, não só do ponto de vista prático-celebrativo, mas também histórico-teológico-litúrgico em diálogo com as práticas. Basta lembrar que a maioria dos seminários, casas religiosas e faculdades de teologia ainda não colocou a Liturgia entre as disciplinas principais, conforme as exigências do Vaticano II (cf. SC 16). Ainda não se criou, no mundo acadêmico da teologia, uma consciência neste sentido.
Resultado: por causa de uma formação litúrgica ainda deficiente, aliada a certo poder “deformador” da mídia, corremos o risco de continuarmos no espírito cultual da cristandade medieval e pós-tridentina, com alguma tintura moderna apenas, mas longe do Espírito do Senhor, longe do centro da nossa fé (do mistério pascal de Jesus Cristo que nos empenha a um compromisso comunitário na vivência da fé). Corremos o risco de continuarmos a dar mais importância à “presença real”, às devoções ao Santíssimo Sacramento, do que à Eucaristia como ceia memorial do sacrifício pascal de Cristo que nos libertou e continua nos libertando. Corremos o risco de continuarmos a ver a missa apenas como “remédio que cura”, como se a celebração eucarística não fosse já a presença da salvação; ou como “coisa de padre” que se encomenda para ‘homenagear’ pessoas (vivos ou defuntos) e destacar eventos sociais, e não como ação comunitária participada por todos; ou como show para ser piedosa e entusiasticamente assistido, e não como ceia pascal dos cristãos em clima tranquilo de ação de graças. Corremos o risco de ver os sacramentos apenas como “remédio” (uma espécie de “vacina” contra os males), e não como celebração da Páscoa que nos libertou da raiz de todos os males. Corremos o risco de continuarmos com uma Liturgia clerical, individualista, mágica e puramente devocional, sem compromisso comunitário, distante do projeto de Jesus Cristo. Sem formação litúrgica, corremos o risco de ver comprometida de certa maneira a reforma do concílio Vaticano II.
O papa João Paulo II insiste na evangelização das culturas. Ora, nós temos uma cultura religiosa, de fundo medieval e pós-tridentino, como lembramos acima. Cabe agora, mediante uma sadia formação litúrgica, fazer com que a Liturgia se encarne profundamente no “catolicismo popular” como realidade cultural tipicamente nossa (cf. Puebla 444). Isso já está se ensaiando no Brasil… Cabe a nós dar continuidade a todo esse trabalho, sem deixar-nos também engolir pela onda de discutíveis apelos de certos fenômenos “religiosos” do nosso tempo, certamente estranhos e até maléficos a uma sadia reforma da Liturgia no Brasil. Cabe a nós dar continuidade a uma formação litúrgica que leve em conta nossa cultura (“catolicismo popular”), ou melhor, que dialogue com as culturas populares, num processo de mútua fecundação entre religiosidade popular e Liturgia no espírito do Concílio Vaticano II.
Os livros litúrgicos já estão todos traduzidos. Agora, o grande passo é o da paulatina inculturação da Liturgia em nosso meio, sem trair a intuição básica do Vaticano II. Oxalá o processo de formação litúrgica prossiga – não seja impedido, nem pela acomodação – e o espírito de permanente diálogo entre a prática e a Tradição continue sem parar. Então, com certeza, a inculturação litúrgica no espírito da “Sacrosanctum Concilium” será uma feliz realidade entre nós.
Resgatar e garantir entre nós o essencial da Liturgia, tão querido pela “Sacrosanctum Concilium” e pelas comunidades cristãs do primeiro milênio: eis o grande desafio. Mas sem ferir e muito menos destruir nossas centenárias tradições culturais. Melhor dizendo, resgatar e garantir o essencial, promovendo uma mútua fecundação entre Liturgia e Religiosidade Popular: eis o desafio. Para tanto, graças a Deus, já dispomos de uma promissora metodologia de trabalho, a meu ver, ainda não plenamente assimilada.
[1] Uma pequena bibliografia geral: Cf. J. A. da Silva, La Celebración del misterio de Cristo a través de la historia. Panorama histórico general de la liturgia. In: CELAM, Manual de Liturgia. Volumen IV. La Celebración del Misterio Pascual y la liturgia en la vida de la Iglesia, Bogotá, Colombia, 2002, p. 647-658; I. Buyst & J. A. da Silva, O mistério celebrado: memória e compromisso I, Siquem, Valencia 2002, p. 27-74; X. Basurko & J. A. Goenaga, A vida litúrgico-sacramental da Igreja em sua evolução histórica. In: D. Borobio (Org.), A celebração na Igreja I: Liturgia e sacramentologia fundamental, Loyola, São Paulo 1985, p. 37-160; S. Marsili et alii, Panorama histórico geral da liturgia (= Anámnesis 2), Paulinas, São Paulo 1987; A. G. Martimort (Org.), A Igreja em oração. Introdução à Liturgia I: Princípios da Liturgia, Vozes, Petrópolis 1988, p. 41-90 (História da Liturgia: Ritos e Famílias Litúrgicas); A. Chupungco, Adaptação. In: D. Sartore & A. M. Triacca, Dicionário de Liturgia, Paulinas, São Paulo 1992, p. 1-12; B. Neunheuser, História da Liturgia. In: ibid., p. 522-544; J. Llopis, La liturgia a través de los siglos (= Emaús 6), Centre de Pastoral Litúrgica, Barcelona 1993.
[2]Exemplo típico, além da missa, temos nas celebrações de ordenação. Os católicos romanos enfatizam e dramatizam de tal maneira os ritos complementares (colocação das vestes sagradas, unção, entrega dos objetos representativos da missão do ordenando etc.), que o essencial do rito (a saber, a imposição das mãos, em silêncio, seguida da oração consecratória) cai praticamente em segundo plano.
[3] Cf. J. A. da Silva, A liturgia que o Brasil e a América Latina herdaram. In. I. Buyst & J. A. da Silva, O mistério celebrado…, op. cit., p. 54-55, com alguns pormenores a mais da liturgia que herdamos.
[4] C. Isnard, Reminiscências para servir a uma história da renovação litúrgica no Brasil. In: Revista de Liturgia (A vida em Cristo e na Igreja) n. 61 (1984), p. 11.
[5] Veja, por exemplo, a compreensão que a grande massa popular ainda tem de missa, ou dos outros sacramentos.
[6] O n. 37 da Introdução ao Lecionário proíbe o uso de folhetos nas celebrações litúrgicas, isso “em consideração à dignidade da Palavra de Deus”.
[7] Cf.. A. Beckhäuser, Os livros litúrgicos em vernáculo no Brasil. Memória de complicado processo. In: J. A. da Silva & M. Sivinski (Org.), Liturgia: um direito do povo, Vozes, Petrópolis 2002, p. 64-95; cf. também C. J. C. Isnard, Reminiscências… art.cit., p. 5-11.
[9] Cf. I. Buyst, Como estudar Liturgia: princípios de ciência litúrgica, São Paulo, Paulus, 1990; Id., Pesquisa em Liturgia: relato e análise de uma experiência, São Paulo, Paulus, 1994; id., Cristo ressuscitou: meditação litúrgica com um hino pascal, São Paulo, Paulus, 1995; Centro de Liturgia. Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção. São Paulo, Formação litúrgica. Como fazer? (= Cadernos de Liturgia 3), São Paulo, Paulus, 1994; id., Curso de Especialização em Liturgia. Uma experiência universitária significativa (= Cadernos de Liturgia 4), Paulus, São Paulo, 1995).
[10] Cf. D. Ormonde, Laboratório litúrgico. O que é, como se faz, por quê? In: Revista de Liturgia (A Vida em Cristo e na Igreja) n. 122 (1994), p. 34-35; L. E. P. Baronto, Laboratório litúrgico. Pela inteireza do ser na vivência ritual, São Paulo, Editora Salesiana, 2000.
[11] Cf. M. de Barros Souza, Eucaristia no estilo das CEBs. In: Celebrar o Deus da vida. Tradição litúrgica e inculturação, Loyola, São Paulo, 1992, p. 144-147; P. Carpanedo & M. Guimarães, Comunidades que celebram – um jeito novo de celebrar a fé a a vida. In: X Encontro Intereclesial (Ilhéus – Bahia – 11 a 15 de julho de 2000), CEBs: Povo de Deus, 2000 anos de caminhada, Paulo Afonso, Editora Fonte Viva, 1999, p. 131-149; J. A. da Silva & V. Fernandes, A Liturgia no X Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base. In: Revista de Liturgia n. 161 (2000), p. 4-7.
[12] Vale lembrar: O Pe. Gabriel Conzaga Bina, negro, publicou recentemente um livrinho muito significativo: O atabaque na igreja. A caminho da inculturação litúrgica em meios afro-brasileiros, Gráfica e Editora Brasil, Mogi das Cruzes 2002 (= tese de mestrado apresentada Pontifícia Faculdade de Teologia N. Sra. da Assunção, em São Paulo).
[13] Cf. G. Lachnitt, Símbolos da iniciação cristã entre os xavante. Inculturação dos ritos de iniciação cristã entre os xavante: dos símbolos do “rito da iniciação cristã dos acultos” a símbolos rituais em consonância com a cultura xavante (= Tese de Doutorado apresentada na Pontifícia Faculdade de Teologia N. Sra. da Assunção, em São Paulo, no dia 08.06.2001), São Paulo, 2001.
[14] Destacamos os trabalhos do artista sacro Cláudio Pastro e da arquiteta Regina de Albuquerque Machado (cf. C. Pastro, Arte Sacra, São Paulo, Paulinas, 2001; R. de Albuquerque Machado, O local da celebração. Arquitetura e Liturgia, São Paulo, Paulinas, 2001).
[15] Na década de 60 já tinha havido dois destes Encontros: um no Rio de Janeiro nos dias 01 a 05.11.1967, e outro em Brasília no dias 30.10 a 03.11.1968.
[16] Cf. A. Beckhäuser, Análise de certos fenômenos “religiosos” à luz da sagrada Liturgia. In: REB 59 (1999), p. 618-643.