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Parabéns Cuiabá 287 anos

BEM NO CENTRO DA AMÉRICA DO SUL
Cuiabá amplia a cada ano as suas responsabilidades históricas, geográficas e econômicas. Quando alguém faz determinada reivindicação para Cuiabá atende apenas a missão que a Capital mato-grossense cumpre há quase três séculos, sempre trazendo resultados altamente positivos para todo o Estado de Mato Grosso. Para tanto, Cuiabá se acostumou a enfrentar desafios, desde as suas origens, pois o Tratado de Tordesilhas foi oficialmente rompido com a fundação do arraial em 08/04/1719. Com a elevação do arraial à Vila Real em 01/01/1727, Portugal antecipou o uso da doutrina do "uti possidetis" para consolidar a sua posse territorial bem no centro da América do Sul.

BRASÃO DE ARMAS DE CUIABÁ É O MESMO DESDE A VILA REAL

Cuiabá é o mais antigo Município de Mato Grosso (Arraial do Senhor Bom Jesus, em 08/04/1719 e Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá em 01/01/1727). Em segundo lugar está Vila Bela da Santíssima Trindade (fundada em 19/03/1752). Cuiabá tem três símbolos oficiais: o brasão, o hino e a bandeira. O mais antigo deles é o brasão, que foi desenhado em Lisboa e está descrito no ato oficial de fundação da Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, e foi oficializado pela Lei N.º 592, de 13/09/1961, assinada pelo prefeito Aecim Tocantins. O Hino de Cuiabá, o seguinte, foi oficializado pela Lei N.º 633, de 10/04/1962, assinada pelo prefeito Hélio Palma de Arruda. A Letra é do professor Ezequiel P. Ribeiro Siqueira, com música do maestro Luiz Cândido da Silva. Desses três símbolos, o mais recente é o relativo à Bandeira de Cuiabá, oficializada pelo Decreto N.º 241, de 29/12/1972, assinado pelo prefeito José Villanova Torres.

O BRASÃO
O prefeito Aecim Tocantins decidiu oficializar o Brasão de Cuiabá e para tanto autorizou o seu secretário de Imprensa (o primeiro da Municipalidade), jornalista Pedro Rocha Jucá, a manter contatos a respeito com os historiadores cuiabanos. O jornalista e historiador Rubens de Mendonça Mendonça facilitou essa missão ao encontrar o "Auto de Fundação da Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá" nos "Anaes da Província de Goiás", de J. M. P. Alencastro, que foi publicado nos tomos 27-29 da "Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro". Tendo justificadas dúvidas quanto à grafia dos nomes dos seus signatários, corrigi alguns deles após ler a "Nobiliarquia Paulistana Histórica e Genealógica", de Pedro Taques de Almeida Pais Leme, no volume II da "Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo".

Diz esse documento: "Ao primeiro dia do mês de janeiro de 1727, nesta Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, sendo mandado por S. M., que Deus Guarde, a cria-la de novo o Exmo. Sr. Rodrigo César de Menezes, Governador e Capitão-General desta Capitania, e que o acompanhasse para o necessário o Dr. António Álvares Lanhas Peixoto, Ouvidor-Geral da Comarca de Paranaguá, sendo por eles eleitos as Justiças, Juiz Ordinário Rodrigo Bicudo Chassim, o Tesoureiro Coronel João de Queiroz Mascarenhas Sarmento, e Vereadores Marcos Soares de Faria, Francisco Xavier de Mattos, João de Oliveira Garcia, e Procurador do Conselho Paulo de Anhayá Leme, servindo de Secretário da Comarca Luiz Teixeira de Almeida, Almotacé o Brigadeiro António de Almeida Lara, e o Capitão-Mor António José de Mello, levando o Estandarte da Vila Mathias Soares de Faria, foi mandado pelo dito Sr. Governador e Capitão-General que com o dito Dr. Ouvidor, todos juntos com a nobreza e o povo, fossem à praça levantar o Pelourinho desta Vila, a que em nome de El-Rei deu o nome de Vila Real do Bom Jesus, e declarou que sejam as Armas, de que usasse, um escudo dentro com campo verde e nele um morro ou monte todo salpicado com folhetos e granetos de ouro; e, por timbre, em cima do escudo, uma fênix; e nomeou para levantar o Pelourinho o Capitão-Mor Regente Fernando Dias Falcão; e todos sobreditos com o dito Dr. Ouvidor, nobreza e povo foram à praça desta Vila, onde o dito Fernando Dias Falcão levantou o Pelourinho, do que para constar a todo o tempo fiz este termo, que assinou o dito Sr. General com todos os sobreditos. E eu, Gervásio Leite Rebello, secretário deste governo, que o escrevi, dia e era ut supra, etc.
Rodrigo César de Menezes, António Álvares Lanhas Peixoto, Rodrigo Bicudo Chassim, Marcos Soares de Faria, Francisco Xavier de Mattos, João de Queiroz Magalhães Sarmento, João de Oliveira Garcia, Luiz Ferreira de Almeida, António José de Mello, Paulo de Anhayá Leme, António de Almeida Lara, Mathias Soares de Faria, Fernando Dias Falcão, João Pereira da Cruz, Manoel Dias de Barros, Luiz de Vasconcelos Pessoa, Manoel Vicente Nunes e Salvador Martins Bonilha".

O HINO
Foi oficializado pela Lei N.º 633, de 10/04/1962. O seu artigo segundo, que nem sempre é cumprido, diz: "Será obrigatório em todas as solenidades da Prefeitura Municipal que houver participação musical, quando o encerramento se der com o toque do Hino de Cuiabá”. Com letra do professor Ezequiel P. Ribeiro Siqueira e música do maestro Luiz Cândido da Silva, este é Hino Oficial de Cuiabá:
“Cuiabá, és nosso encanto;
Teu céu da fé tem cor;
Da aurora o lindo rubor;
Tens estelífero manto.

Cuiabá, és rica de ouro;
És do Senhor Bom Jesus;
Do Estado, a Cidade-Luz;
És, enfim, nosso tesouro.

Recendes qual um rosal;
Enterneces corações;
Ergues a Deus orações;
Para venceres o mal.

Cuiabá, és rica de ouro;
És do Senhor Bom Jesus;
Do Estado, a Cidade-luz;
És, enfim, nosso tesouro.

Tens beleza sem rival;
Cultuas sempre o valor
Do bravo descobridor
Pascoal Moreira Cabral.

Cuiabá, és rica de ouro;
És do Senhor Bom Jesus;
Do Estado, a Cidade-Luz;
És, enfim, nosso tesouro.

A BANDEIRA
O prefeito José Villanova Torres nomeou para definir a Bandeira Oficial de Cuiabá uma comissão formada pelas seguintes pessoas: desembargador Oscar César Ribeiro, então presidente do Tribunal de Justiça, que presidiu os trabalhos da comissão; major José Francisco da Cunha, representando a guarnição federal de Cuiabá; professora Helena Sandoval Miranda, da Secretaria de Educação e Cultura do Estado; historiador Rubens de Mendonça, representando a Academia Mato-grossense de Letras; vereador Benedito Alves Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Cuiabá; e o jornalista Pedro Rocha Jucá, redator-chefe do jornal "O Estado de Mato Grosso" e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Mato Grosso.
Foi escolhido o desenho apresentado pelo Sr. Nilton Benedito de Santana, que contou com o apoio do jornalista Pedro Rocha Jucá. O segundo lugar ficou com o Sr. Jaime Okamura e o terceiro com o Sr. Rosalvo Gonzáles Giugni Filho.

O artigo primeiro do Decreto N.º 241/1972 diz: "Fica oficializada a Bandeira Municipal de Cuiabá, com as seguintes características:
a) – um retângulo verde e branco;
b) – em primeiro plano, com as bordaduras ou círculo na cor amarelo ouro, com a inscrição em letras vermelhas: "VILA REAL DO BOM JESUS DE CUIABÁ – 1719".
c) – no centro o marco estereotipado na cor verde, representando o centro geográfico da América do Sul: logo abaixo, geometricamente triangulado, os vértices do marco representando um monte de ouro, símbolo da riqueza mineral de Cuiabá".

Fonte: Varanda Cuiabana – Jornalista Pedro Rocha Jucá

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