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Catequese e Liturgia

A partir da Liturgia, o verdadeiro “eco” do mistério.A palavra “catequese” é uma palavra, no fundo, de origem grega: katá (a partir de) + echos (voz, fala, eco), .
A partir da Liturgia, o verdadeiro “eco” do mistério.

Frei José Ariovaldo da Silva, OFM

                Antigamente, na nossa língua portuguesa, se escrevia “catequese” com “ch”: Catechese. Os franceses e italianos (ainda hoje) escrevem a palavra “catequese” com “ch”: “cathéchèse” (em francês), “catechesi” (em italiano). Por que será? E onde queremos chegar com esta incursão etimológica?
A palavra “catequese” é uma palavra, no fundo, de origem grega: katá (a partir de) + echos (voz, fala, eco), resultando: kat’echesis. Por isso que antigamente, em português, se escrevia “catequese” com “ch”.

Todos sabemos o que é um “eco” (antigamente se escrevia assim: “echo”, com “ch”!) e o que significa “ecoar”… Pois é! Por dentro da palavra “catequese” se esconde a palavra “eco”. Ou melhor, esconde-se o “ecoar de algo”. Este “algo”, na nossa tradição cristã, é a Palavra divina que “ecoou” sobre o nosso planeta terra na pessoa de Jesus Cristo… E continua “ecoando” aos nossos ouvidos nas celebrações litúrgicas, quando fazemos memória do mistério pascal pelos Sacramentos, pelo Ofício divino e tantos outros tipos de celebrações litúrgicas… O “estrondo” da Páscoa, que “ecoou” pelo mundo afora e para todos os tempos, continua “ecoando” (vibrando) hoje a partir da Liturgia vivida e celebrada.

E os(as) catequistas na tradição cristã antiga, bispos, presbíteros, diáconos e outras tantas pessoas, eram cristãos e cristãs que faziam “ecoar” aos ouvidos e ao coração dos ouvintes iniciantes e iniciados o mistério pascal vivenciado na Liturgia.

Mas antes, é claro, foi Cristo (pela energia e o “sopro” do Espírito) o primeiro “ecoador” do projeto salvífico do Pai, vindo do alto: o primeiro Cat’echista!

Depois vêm os apóstolos que, cheios da energia do Espírito, a partir da experiência pascal revivida na escuta da Palavra e na “fração do pão”, fizeram “ecoar” para todos os recantos do mundo de então a grande novidade do Reino de Deus. E os apóstolos transmitiram aos seus sucessores este importante ministério, a saber, o de serem um permanente “eco” da presença viva do Ressuscitado, para que todos pudessem ter o privilégio de participar plenamente da vida nova que a Páscoa inaugurou. Estes, por sua vez, se fizeram rodear de inúmeros colaboradores diretos no ministério “catequético”, isto é, de “fazer ecoar” a Boa-nova, na e a partir da experiência pascal vivida na Liturgia.

O “eco” mais significativo que ressoa em nossas comunidades é este: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”! Assim, toda a assembléia, anunciando a morte salvadora do Senhor, desempenha um ministério “catequético”.

E os(as) catequistas? Participantes que são desta assembléia litúrgica, ou melhor, a partir da experiência da Páscoa comunitariamente celebrada na divina Liturgia, desempenham o importante ministério de “fazer ecoar” na vida dos(as) iniciantes essa experiência de fé. A partir da Liturgia são o verdadeiro “eco” do mistério.


Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:

1.O que deveria mesmo “ecoar” na catequese para crianças, jovens ou mesmo adultos? Por que?
2.Por que a liturgia é importante e decisiva para que a catequese seja um verdadeiro “eco” do mistério de Cristo.

3. O que fazer para que haja uma profunda ligação entre liturgia e catequese?


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