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Papa alerta sobre caminho que vai do pecado à corrupção

Na Missa de hoje, Papa pediu fim da indiferença em relação aos pobres, uma forma de corrupção

Da Redação, com Rádio Vaticano

Para esse tempo de Quaresma, Francisco explica o verdadeiro significado do jejum / Foto: Rádio Vaticano
Não fechar o coração diante dos pobres, pede o Papa/ Foto: Arquivo – Rádio Vaticano
É preciso ter cuidado para não se fechar em si mesmo, ignorando os pobres e sem-teto, disse o Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 16, na Casa Santa Marta. Comentando a parábola do rico e do Lázaro, no Evangelho do dia, Francisco advertiu sobre o risco de tomar o caminho que vai do pecado à corrupção.
O Pontífice destacou que quem deposita o seu amparo na carne, isto é, nas coisas que pode administrar, na vaidade, no orgulho, nas riquezas, este homem se afasta de Deus. Trata-se de um caminho perigoso confiar somente no próprio coração, acrescentou.
“Quando uma pessoa vive no seu ambiente fechado, respira aquele ar próprio dos seus bens, da sua satisfação, da vaidade, de sentir-se seguro e confia somente em si mesmo, perde a orientação, perde a bússola e não sabe onde estão os limites”. É justamente aquilo que acontece com o rico de que fala o Evangelho de Lucas, que passava a vida dando festas e não se importava com o pobre que estava à porta de sua casa.
“Ele sabia quem era o pobre: sabia. Porque depois, quando fala com o pai Abraão, diz: ‘Envia-me Lázaro’. Ah, sabia inclusive como se chamava! Mas não lhe importava. Era um homem pecador? Sim. Mas do pecado se pode voltar atrás: pede-se perdão e o Senhor perdoa. O seu coração o levou a um caminho de morte a tal ponto que não se podia voltar atrás. Há um instante, um momento, há um limite do qual dificilmente se volta atrás: é quando o pecado se transforma em corrupção. E ele não era um pecador, era um corrupto. Porque sabia de tantas misérias, mas era feliz ali, não lhe importava nada”.
“Maldito o homem que confia em si mesmo, que confia em seu coração”, sublinhou o Papa citando o Salmo 1. “Nada é mais traiçoeiro do que o coração, e dificilmente se cura. Quando você percorre aquele caminho de doença, dificilmente irá se curar”.
Papa Francisco convidou os fiéis a pensar no que sentem quando andam pelas ruas e veem os sem-teto, as crianças sozinhas que pedem esmola. Esta é uma realidade que faz parte do panorama da cidade, como uma estátua, disse o Papa. “Os sem-teto fazem parte da cidade? É normal isso? Fiquem atentos! Fiquemos atentos! Quando essas coisas em nosso coração passam como normais, quando penso: ‘mas a vida é assim, eu no entanto, como e bebo, e para tirar-me um pouco o sentimento de culpa dou uma oferta e sigo em frente. Se penso assim, este caminho não é bom”.
O Papa reiterou a necessidade de perceber quando se está no caminho escorregadio do pecado rumo à corrupção. “Peçamos ao Senhor: Escruta, ó Senhor, o meu coração! Vê se o meu caminho está errado, se estou no caminho escorregadio do pecado rumo à corrupção, do qual não se pode voltar atrás, habitualmente: o pecador, se se arrepende, volta atrás; o corrupto dificilmente, porque está fechado em si mesmo. Escruta, Senhor, o meu coração: que seja hoje esta oração. Faça-me entender em que caminho estou, qual estrada estou percorrendo”.

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