O Papa Bento XVI canonizará o Beato Frei Antonio de Santana Galvão em São Paulo, durante sua estadia, no dia 11 de maio, antes de chegar a Aparecida para presidir ao início da 5ª Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe.
Segundo explica o cardeal Agnelo, canonização é a inscrição no rol dos Santos de pessoas que se distinguiram, de modo exemplar, na santidade de vida por seguir de perto a Cristo Jesus.
Como toda a criatura humana é chamada à santidade, «alguns se destacam e podem ser colocados como exemplos a seguir».
O presidente da CNBB lembra que o Beato Antônio de Santana Galvão nasceu em Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, em 1739, de família de prática cristã que lhe transmitiu a fé e a busca de fidelidade a Cristo.
Aos treze anos, foi enviado ao Colégio dos Padres Jesuítas no distrito de Belém da cidade de Cachoeira no Estado da Bahia, onde permaneceu de 1752 a 1756.
Voltando a Guaratinguetá, Antônio foi encaminhado aos Padres Franciscanos, os quais exercitavam ministério pastoral na vizinha paróquia de Taubaté.
Já frei e sacerdote, fundou em 1774 o Recolhimento de N. Senhora da Conceição da Luz da Divina Providência, hoje conhecido como “Mosteiro da Luz”, na cidade de São Paulo.
«Frei Galvão foi reconhecido como “homem da paz e da caridade”», explica o cardeal Agnelo.
«Na carta da Câmara do Senado de São Paulo ao Ministro Provincial dos Franciscanos em 17 de abril de 1798, se lê: “Este homem, Frei Galvão, é preciosíssimo a toda esta cidade e vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e prudente conselheiro ao qual todos vão ao encontro para ter luz e conforto; é homem da paz e da caridade”.»
«No Registro dos Religiosos Brasileiros, ao fim do currículo da vida (1802-1806), se afirma: “Seu nome, em São Paulo, mais que em qualquer outra localidade, é escutado com grande confiança; muitas pessoas de regiões longínquas vêm procurá-lo em suas necessidades, uma e mais vezes”», recorda o cardeal.
No fim de sua vida, Frei Galvão foi transferido para um quartinho atrás do tabernáculo, no fundo da igreja por ele construída e inaugurada em 1802, onde as religiosas podiam oferecer-lhe assistência.
Morreu em 23 de dezembro de 1822, assistido pelo superior e pelos confrades e sacerdotes, que admiravam suas virtudes e a sua vida apostólica. Foi sepultado diante do altar mor da igreja do Recolhimento da Luz.
«Assim morreu um santo, suscitado por Deus para ser testemunha do seu amor», lembra o presidente da CNBB.