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Coleta Campanha da Fraternidade

No dia 1º de abril, Domingo de Ramos, acontecerá a Coleta da Solidariedade. Trata-se de um gesto concreto de fraternidade, partilha e solidariedade da Campanha da Fraternidade, que este ano tem como tema: “Fraternidade e Amazônia” e lema: “Vida e missão neste chão!”. A coleta é realizada em âmbito nacional.

Do total arrecadado pela coleta, 40% constituem o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da CNBB, e os outros 60% ficam nas dioceses, formando o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), para o atendimento a projetos locais.

Os recursos arrecadados serão destinados prioritariamente a projetos de:

1)iniciativas de formação para de enfrentar os problemas sociais e econômicos na Região da Amazônia;

2)iniciativas para construir alternativas diante dos problemas sociais da Amazônia;

3)iniciativas de articulação entre Pastorais Sociais e Movimentos Sociais, especialmente os que reforçam a capacidade de luta dos amazônidas pelo seu projeto de desenvolvimento social;

4)iniciativas com categorias de pessoas, especialmente com educação de base:

a)ribeirinhos – preservação de “lagos santuário” para a reprodução de peixes – como já acontece em vários municípios

b) povos indígenas

c)migrantes

d)quilombolas

e) agricultores/as camponeses/as

f) pescadores

g) mulheres indígenas, da área rural, quebradeiras de coco, mulheres que trabalham com pequenas iniciativas de saúde, economia solidária e geração de renda no interior e na área urbana.

5) reforço e ampliação de projetos alternativos de produção, geração de renda, em andamento, e que estão dando certo;

6)     apoio a novas iniciativas de geração de renda;

7)     apoio a projetos populares de plantio ou reflorestamento de plantas da Amazônia que produzam: frutas; cocos; castanhas; plantas medicinais;

8)apoio a iniciativas de pequena industrialização (polpa de frutas, doces…), conservação de peixes;

9) combate à exploração sexual infanto-juvenil, muito comum na região, especialmente com índios que saem da aldeia e vão para a cidade;

10) formação de lideranças e agentes de pastoral, que poderão contribuir muito para despertar a cidadania e a organização comunitária;

11) divulgação dos direitos já assegurados em lei, mas desconhecidos, para informar a população e ajudá-la a ter acesso àquilo que lhe assiste.
PARA DEPÓSITO DOS 40% – (FUNDO Nacional de Solidariedade da CNBB)

Banco do Brasil, Agência 3475-4 – Conta corrente 41.000-4

Banco Bradesco, Agência 0484-7 – Conta corrente 66.000-0

Cáritas Brasileira, Brasília, DF

Enviar comprovante do depósito para a Cáritas no FAX (61) 3214-5404.

A Coleta da Solidariedade

Festejamos a notícia de que o Brasil é a 10ª economia do mundo, embora sempre se lembre também que é um dos piores em distribuição de renda. A fim de superar as injustiças sociais o governo conta com vários instrumentos, entre eles a política fiscal.
E a Igreja Católica? Desde sua origem procurou ajudar os pobres. É célebre a tradição narrada por São Justino, que nasceu no ano 100 da era cristã: “Os que possuem bens em abundância, dão livremente o que lhes parece bem, e o que se recolhe é entregue àquele que preside. Este socorre os órfãos e as viúvas e os que, por motivo de doença ou qualquer outra razão, se encontram em necessidade, como os encarcerados e os hóspedes que chegam de viagem. Numa palavra, ele toma sobre si o encargo de todos os necessitados”. Assim foi desde o início nas comunidades cristãs. No decorrer da história abriram-se inúmeras obras de amor. Uma das mais conhecidas é a Cáritas. Recentemente os bispos brasileiros criaram duas coletas nacionais para alimentar dois fundos nacionais: o fundo nacional de evangelização e o fundo nacional de solidariedade.
A Coleta da Campanha da Fraternidade, que se realiza no Domingo de Ramos, é destinada para o Fundo de Solidariedade. O Fundo Nacional de Solidariedade recebe 40% da coleta, ficando 60% para um Fundo Diocesano. Em 2007 daremos 10% do Fundo Diocesano para nossa Igreja Irmã de Sinop, a fim de sustentar projetos ecológicos locais, pois Sinop fica no território da Amazônia Legal. A Ação Social Diocesana de Santa Cruz do Sul administra o Fundo Diocesano e faz prestação de contas em abril de cada ano, publicamente, em jornal local. Assim os contribuintes podem verificar a aplicação dos recursos.
Após o Concílio Ecumênico Vaticano II, concluído em 1964, os países da Europa ajudaram muito os povos empobrecidos. A Alemanha, por exemplo, dedicou significativos recursos à América Latina. Hoje este apoio vai progressivamente a outros povos, mais pobres, como os africanos. Então, nós brasileiros precisamos cuidar nós mesmos de nossos pobres. Das pessoas pobres e das comunidades pobres.
Nossas paróquias têm razoável número de iniciativas em favor de pessoas e famílias necessitadas. Solidariedade entre comunidades também existe, embora em grau menor. Em 1992 nossa Diocese criou o “Fundo de Ajuda Intercomunitária”. Mas este “fundo” está hibernando, pois nossas comunidades e seus dirigentes não acolheram bem esta iniciativa. Já o projeto Igreja Irmã está vivo e tem o apoio do clero e do povo.
        Em Puebla, os bispos da América Latina falaram em “dar da nossa pobreza”. Mais uma vez, em sintonia com a tradição cristã, fundamentada no exemplo de Jesus Cristo, somos convidados a “dar da nossa pobreza” participando da Coleta da Campanha da Fraternidade.
 
 
(*) Bispo de Santa Cruz do Sul

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