Página Inicial / Notícias / A Eucaristia ( CELAM)

A Eucaristia ( CELAM)

Documento da V Conferência de Aparecida (CELAM) –  Eucaristia

DOCUMENTO DE APARECIDA

 

Textos sobre a Eucaristia

 

 

26                […] Bendizemos a Deus, que se dá a nós na celebração da fé, especialmente na Eucaristia, pão da vida eterna. A ação de graças a Deus, pelos numerosos e admiráveis dons que nos outorgou, culmina n[…] Bendizemos a Deus , que se dá a nós na celebração da fé, especialmente  na Eucaristia, pão da vida eterna. A ação de graças a Deus, pelos numerosos e admiráveis dons que nos outorgou, culmina na celebração central da Igreja, que é a Eucaristia, alimento substancial dos discípulos e missionários.

[…]

 

143      Toda a vida de nossos povos, fundada em Cristo e redimida por Ele, pode olhar para o futuro com esperança e alegria, acolhendo o chamado do Papa Bento XVI: “só da Eucaristia brotará a civilização do amor, que transformará a América Latina e o Caribe, para que, além de ser o Continente da esperança, seja também o Continente do amor!”

(Discurso Inaugural, 4).

 

168      […] Em virtude do batismo e da confirmação, somos chamados a ser discípulos missionários de Jesus Cristo e entramos na comunhão trinitária da Igreja, a qual tem seu cume na Eucaristia, que é princípio e projeto de missão do cristão. “Assim, pois, a Santíssima Eucaristia leva a iniciação cristã à sua plenitude, que é o centro e o fim de toda a vida sacramental” (SC 17).

 

173      Da mesma forma que as primeiras comunidades de cristãos, hoje, nos reunimos e nos mostramos assíduos “ao ensinamento dos apóstolos à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42). A comunhão da Igreja se nutre com o pão da Palavra de Deus e com o Pão do Corpo de Cristo.  A Eucaristia, participação de todos no mesmo Pão da Vida e no mesmo Cálice da Salvação, nos faz membros do mesmo Corpo (1 Cor 10,17). Ela é fonte e cume da vida cristã (cf. LG 11), sua expressão mais perfeita e o alimento da vida em comunhão. Na Eucaristia, se nutrem as novas relações evangélicas, que derivam do ser filhos e filhas do Pai e irmãos e irmãs em Cristo. A Igreja, que a celebra, é “casa e escola de comunhão” (NMI 43), onde os discípulos partilham a mesma fé, esperança e amor ao serviço da missão evangelizadora.

 

184            Seguindo o exemplo da primeira comunidade cristã (At 2,46-47), a comunidade paroquial se reúne para partir o pão da Palavra e da Eucaristia e para perseverar na catequese, na vida sacramental e na prática da caridade (Bento XVI, Audiência 23 de maio de 2007). Na celebração eucarística, ela renova sua vida em Cristo. A Eucaristia, na qual se fortalece a comunidade dos discípulos é, para a Paróquia, uma escola de vida cristã. Nela, juntamente com a adoração eucarística e com a prática do sacramento da reconciliação, para aproximar-se dignamente da comunhão, se prepara seus membros para dar frutos permanentes de caridade, reconciliação e justiça, para a vida do mundo.

 

185            A Eucaristia, fonte e cume da vida cristã, faz com que nossas paróquias sejam sempre comunidades eucarísticas, que vivem sacramentalmente o encontro com Cristo Salvador.

 

192            Recordando que a Eucaristia faz a Igreja, nos preocupa a situação de milhares de comunidades, privadas da Eucaristia dominical, por longos períodos de tempo.

 

193            A Eucaristia, sinal da unidade com todos, que prolonga e torna presente o mistério do Filho de Deus feito pobre, nos coloca a exigência de uma evangelização integral. […]

 

268            A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo. Com este Sacramento Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu dinamismo em direção a Deus e ao próximo. A Eucaristia, fonte inesgotável da vocação cristã e lugar de encontro com  Jesus Cristo ressuscitado na Igreja, é também fonte inextinguível do impulso missionário. Há um estreito vínculo entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o mistério de Jesus Cristo, de tal modo que a existência cristã adquira verdadeiramente uma forma eucarística. Por isso, a vida do cristão se abre a uma dimensão missionária a partir do encontro eucarístico. Ali o Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta nele a vontade decidida de anunciar com audácia aos outros o que ele escutou e viveu.

 

269            Assim se compreende a grande importância do preceito dominical, do “viver segundo o domingo”, como uma necessidade interior do crente, da família cristã, da comunidade paroquial. Sem uma participação ativa na celebração eucarística dominical e nas festas de preceito não haverá um discípulo missionário maduro. Cada grande reforma na Igreja está vinculada à redescoberta da fé na Eucaristia (cf. SC 6). Por isso é importante promover a “pastoral do domingo” e dar-lhe “prioridade nos programas pastorais” (cf. Discurso Inaugural, 4) para um novo impulso na evangelização do povo de Deus no continente latino-americano.

 

270            Às milhares de comunidades, com seus milhões de membros que não têm oportunidade de participar da Eucaristia dominical, queremos dizer-lhes, com profundo  afeto pastoral, que também elas podem e devem viver “segundo o domingo”. Elas podem alimentar seu já admirável espírito missionário, participando da “Celebração dominical da Palavra”, que faz presente o Mistério Pascal no amor que congrega (1 Jo 3, 14), na Palavra acolhida (Jô 5, 24-25) e na oração comunitária (Mt 18,20). Os fiéis devem, sem dúvida, desejar a plena participação na Eucaristia dominical; para isso também os incentivamos a orar pelas vocações sacerdotais.

 

366            Em sua Palavra e em todos os sacramentos Jesus nos oferece um alimento para o caminho. A Eucaristia é o centro vital do universo capaz de saciar a fome de vida e felicidade: “Quem me come viverá por mim” (Jô 6, 57). Nesse banquete feliz participamos da vida eterna e, assim, nossa existência cotidiana se converte em uma Missa prolongada. Porém, todos os dons de Deus requerem uma disposição adequada para que possam produzir frutos de mudança. Especialmente, exigem de nós um espírito comunitário, abrindo os olhos para reconhecê-lo nos pobres: “No mais humilde encontramos o próprio Jesus” (DCE 15). Por isso, São João Crisóstomo exortava: “Querem, na verdade, honrar o corpo de Cristo? Não consistam que ele esteja nu. Não o honrem no templo com mantos de seda, enquanto lá fora o deixam passar frio e nudez”1.

 

375            A força deste anúncio de vida será fecunda se o fizermos com o jeito adequado, com as atitudes do Mestre, tendo sempre a Eucaristia como fonte e cume de toda a atividade missionária. […]

 

 

 

 

1 SAN JUAN CRISÓSTOMO, Homilías sobre san Mateo, L, 3-4: PG 58, 508-509

Você pode Gostar de:

Pe. Felipe Santos toma posse como novo Pároco em Nobres

No dia 18 de março de 2024, às 19h00, Dom Mário Antonio deu posse canônica …