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O amor de Deus é fiel e não abandona nunca, destaca Papa

Seguindo no ciclo de catequeses sobre o Pai Nosso, Papa falou hoje sobre o amor do Pai que está nos céus por seus filhos, um amor que nada pode apagar
Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Na catequese desta quarta-feira, 20, o Papa Francisco reiterou aos fiéis a certeza do amor de Deus. O Pontífice destacou que o amor de Deus é fiel e não abandona nunca, por isto não é preciso temer; saber que se é filho amado de Deus é a experiência fundamental da fé cristã.
O Santo Padre deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre a oração do Pai Nosso, ressaltando que o primeiro passo de toda oração cristã é o ingresso em um mistério, aquele da paternidade de Deus. “Não se pode rezar como os papagaios; ou você entra no mistério, na consciência de que Deus é o teu Pai, ou não reza”.
A figura dos pais é comumente usada para entender em que medida Deus é Pai, mas segundo o Papa é preciso, em alguma medida, refinar essa figura, purificá-la. “Quando falamos de Deus como ‘pai’, enquanto pensamos na imagem dos nossos pais, especialmente se nos quiseram bem, ao mesmo tempo devemos ir além. Porque o amor de Deus é aquele do Pai ‘que está nos céus’, segundo a expressão que Jesus nos convida a usar: é o amor total que nós, nesta vida, experimentamos apenas de forma imperfeita. Os homens e as mulheres são eternamente mendigos de amor, somos mendigos de amor, temos necessidade de amor, procuram um lugar onde serem finalmente amados, mas não o encontram. Quantas amizades e quantos amores desiludidos existem no nosso mundo, quantos!”
Citando a mitologia, Francisco mencionou que do deus grego do amor – o mais trágico de todos, uma vez que não se entende se é um ser angélico ou um demônio – pode-se pensar na natureza ambivalente do amor humano: capaz de florescer e de viver forte em um momento do dia e imediatamente após, murchar e morrer.
“Quantas vezes nós homens amamos deste modo tão frágil e intermitente. Todos temos esta experiência: amamos, mas depois aquele amor caiu ou se tornou fraco. Desejosos de querer bem, nos deparamos com nossos limites, com a pobreza de nossas forças: incapazes de manter uma promessa que nos dias de graça parecia fácil de cumprir. No fundo, até mesmo o apóstolo Pedro teve medo e teve que fugir. O apóstolo Pedro não foi fiel ao amor de Jesus. Tem sempre esta fraqueza que nos faz cair. Somos mendicantes que no caminho correm o risco de nunca encontrar completamente o tesouro que buscam desde o primeiro dia de vida: o amor”.
Porém, existe o outro amor, ressaltou o Papa, aquele amor do Pai que “está nos céus” e ninguém deve duvidar ser destinatário desse amor. “Ainda que nosso pai e nossa mãe não tivessem nos amado, existe um Deus no céu que nos ama como ninguém na terra jamais o fez ou poderia fazê-lo. O amor de Deus é constante (…) Mesmo que todos os nossos amores terrestres desmoronassem, e não restasse nada nas mãos além de pó, existe sempre para todos nós, ardente, o amor único e fiel de Deus”.
Por fim, Francisco explicou que a expressão “nos céus” não quer exprimir uma distância, mas uma diversidade radical de amor, outra dimensão de amor, um amor que não se cansa, que sempre permanecerá, que está sempre à mão.
“Portanto, não tema! Nenhum de nós está sozinho. E mesmo que por infelicidade teu pai terreno tenha se esquecido de ti, e ficaste ressentido com ele, não te é negada a experiência fundamental da fé cristã: a de saber que tu és filho muito amado de Deus, e que não há nada na vida que possa apagar o seu amor apaixonado por ti”.

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