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Páscoa, a Festa da Ressurreição

A páscoa antiga dos Judeus (do hebraico “pessach”=passagem), celebrava a memória da libertação do Egito, através da passagem pelo mar vermelho. A nova páscoa ou páscoa cristã, é a celebração da paixão, morte e ressurreição do Senhor, acontecimento mais importante da obra salvadora de Deus. Em Cristo ressuscitado a vida vence a morte, a luz ilumina as trevas e o Senhorio de Deus prevalece sobre as insígnias do mal. Porquanto, a ressurreição de Jesus, além de ser a realização plena das profecias bíblicas, é a prova definitiva e irrefutável de que o Senhor Jesus é realmente Deus e salvador da humanidade. A páscoa de Jesus, expressa o infinito amor do Pai com a humanidade.

É, portanto, a festa do  amor e da gratuidade de Deus.  Deus nos ama tanto, não porque somos bons ou porque merecemos, mas porque ele é a essência do amor, da bondade sem limite que se irradia e que se manifesta em Jesus para todos os homens, sobretudo, aos pecadores. Jesus é o verdadeiro cordeiro imolado que tira o pecado do mundo. Seu sangue derramado na cruz resgatou a raça humana da morte e da corrupção do pecado. Assim, a celebração da páscoa deve reavivar nossa obediência a Deus e à sua divina palavra. A realidade atual, marcada por tantos desastres e sinais de morte, frutos da irresponsabilidade humana,  faz-nos intuir que cada dia vivemos gotas  de  mortes e ressurreição.  Na sociedade  consumista marcada pelo “toma lá dá cá”, somos chamados a cultivar a espiritualidade da gratuidade nas ações. Todo bem que fazemos para os irmãos neste mundo, é pouco, diante daquilo que Deus fez por nós.  O salmista confirma esta verdade da gratuidade: “vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes  e o tratardes com tanto carinho?” (SL 8,5). Sejamos, portanto, almas generosas! É nesta linha que vai todo nosso esforço de conversão.

Porquanto, carregamos as marcas do pecado  na alma, os quais fragilizam e empobrecem nossas vidas e nossas opções, sobretudo na convivência humana. Diante do mistério do pecado que marca nossas vidas, recordamos as palavras do apóstolo Paulo: “Portanto, se ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está  sentado à direita de Deus”(Cl.3,1-4). Segundo Paulo o “homem velho” é o homem do pecado e o “Homem novo” é o homem revestido da  graça, configurado com Jesus ressuscitado. Para o apóstolo Paulo, a graça é a vida nova em Cristo ressuscitado!  O pecado tem , também, uma dimensão social. A Campanha da fraternidade-2019, com o tema “Fraternidade e políticas públicas,” veio nos lembrar desta dimensão.

Pois, a ausência de políticas públicas  em alguns setores da vida, fere a dignidade humana e todas as indignidades são pecados sociais! Finalmente, a solenidade da páscoa é marcada por alguns símbolos: O peixe, um dos mais antigos símbolos dos primeiros cristãos para representar Jesus ressuscitado. Este símbolo está relacionado ao fato das aparições de Jesus, após a ressurreição, estarem ligadas à presença do peixe (Lc 24,42). O círio pascal, símbolo do Cristo glorioso e ressuscitado, radiante de gloria, que ilumina a vida dos homens. O cordeiro Pascal, lembra Jesus o manso cordeiro imolado que tira o pecado do mundo. Os sacrifícios antigos eram celebrados com o sangue do cordeiro, animal que não oferece resistência diante dos seus tosquiadores.

Ovos de páscoa, é um excelente símbolo pascal: por fora parece pedra, sem vida, mas por dentro contém a possibilidade da explosão de uma vida pujante e feliz que nascerá. Assim cada ser humano carrega dentro de si a força da vida nova. Finalmente, a troca de mensagens de “feliz páscoa” que enviamos aos amigos, através das redes sociais, expressam o sentido desta vida nova operada por Deus no mundo e nas pessoas abertas às iniciativas salvadoras de Deus. Feliz e renovadora Páscoa! Que o esplendor da luz do ressuscitado, ilumine você e sua família!
Pe. Deusdédit é sacerdote Diocesano e Pároco da P. C. Imaculado de Maria (Cuiabá)

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