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Que de Deus abençoe as Famílias!

A Igreja Católica no Brasil, através da comissão episcopal pastoral para a Vida e Família da CNBB, promoverá a 25ª Edição da Semana Nacional da Família. Este ano, do jubileu de prata, a semana nacional da família acontece de 11 a 18 de Agosto, e tem como tema: “A família, como vai?” O tema proposto, presente no diálogo cotidiano das famílias, pretende ajudar as famílias a refletirem e rezarem a problemática conjugal e familiar através de encontros com os livrinhos “Hora da família”. Estes livrinhos são disponibilizados pelas Paróquias e livrarias católicas. A família contemporânea vive, Indiscutivelmente, a maior crise de valores morais e éticos de todos os tempos. A conjuntura cultural tem impactado e abalado profundamente o conceito e identidade da família tradicional. Hoje, são muitas tipologias de famílias! Entretanto, o tema exalta e incentiva as famílias felizes e não as ruínas de famílias. É preciso, sim, estimular a família que deu certo!

Quantos casais cultivam relacionamentos adoráveis e transformadores! Quantas famílias cultivam gestos de bondade e ternura que encantam! Quantos casais celebram com júbilo a vitória da família e do amor, com as bodas de prata, ouro e diamante! Ao lado disso, precisamos, também, ter um olhar de misericórdia para com milhares de famílias incompletas, irregulares, machucadas e traumatizadas pelas separações do divórcio, pelas migrações e pela violência doméstica. Comemoramos neste mês os 13 anos da lei Maria da penha. Mesmo com a existência desta lei, a sociedade está perplexa e indignada com os frequentes feminicídios.

Estas famílias, extremamente fragilizadas, machucadas ou até destruídas, precisam do amparo jurídico do Estado, do apoio da sociedade e das Igrejas. A pastoral familiar, vinculada à CNBB e presente em todas as Dioceses e Paróquias do Brasil, se apresenta como um grande serviço gratuito às milhares de famílias em situações de conflitos. Lembramos, também, que um Lar feliz não se identifica com ausência de problemas, mas sim pelo amor, pela dedicação, pela doação, pela superação dos problemas e das crises conjugais. O evangelho no ensina que o perdão e o diálogo são os únicos remédios eficazes na cura das feridas emocionais causadas pelas brigas, pelas traições e pelas encrencas familiares. A maioria das famílias, hoje, carrega um misto de valores, alguns verdadeiros e outros contraditórios. Precisamos, sim, acolher os valores da cultura pós-moderna.

Porém, não podemos desprezar ou sepultar os antigos valores herdados dos antepassados e da rica tradição cristã, sobretudo, em relação à unicidade e indissolubilidade do matrimônio. Na cultura da “provisoriedade ou descartabilidade”, tudo é adquirido com prazo de validade. Ora, isso tem influenciado muito a dissolução ou fragilização dos vínculos. Outro grande desafio, hoje, são os relacionamentos parciais ou superficiais em função de interesses circunstanciais. Há uma Multiplicidade de interesses em jogo: Negócios, trabalhos, estudos, viagens, lazer etc. Há riscos por parte dos cônjuges de levarem estas parcialidades para dentro da família, tornando-se Pais ausentes de descompromissados com a educação dos filhos e o arranjo familiar!

Ora, a família, como instituição sagrada, deve ser abraçada pela totalidade dos cônjuges e não parcialmente. Em fim, a família, como dom de Deus, é fonte de alegria, de paz, de felicidade, de serenidade pessoal e de equilíbrio humano. Portanto, é o referencial e o bem mais importante da pessoa humana no mundo. De que adianta a pessoa humana ganhar o mundo e perder a família? E que Deus abençoe as famílias!
Pe. Deusdédit é sacerdote Diocesano e assessor eclesiástico da pastoral familiar no Regional Oeste 2.

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