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5ª Feira Santa, Missa do Crisma

HOMILIA – 20/março/2008

5ª.-FEIRA SANTA, MISSA DO CRISMA

Dom Milton Santos – Arcebispo de Cuiabá

   

   Hoje – Quinta-feira Santa de 2008 – estamos com esta celebração da Eucaristia, em uma das mais significativas VISIBILIDADES do SÍNODO ARQUIDIOCESANO DE CUIABÁ; é um momento do JUBILEU DOS CEM ANOS DE ARQUI-DIOCESE; e, conseqüentemente, mais um dos momentos de ANÚNCIO DO PRIMEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO ARQUIDIOCESANO DE CUIABÁ. Faço um esclarecimento na nossa história: de 13 a 15 de junho de 1952 (tempo de Dom Aquino Correa!) realizou-se o PRIMEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO DE MATO GROSSO sediado em Cuiabá com a participação das Dioceses, ou, Prelazias de: Corumbá, Cáceres, Guiratinga, Diamantino e Chapada dos Guimarães/hoje – Rondonópolis. Então, estamos nos inícios do PRIMEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO ARQUIDIOCESANO DE CUIABÁ, de 22 maio/2008 até 23 de junho de 2011 na Solenidade de Corpus Christi. (Obrigado! Pe. Felisberto por esta descoberta ontem…) Parafraseando a primeira leitura de hoje – Êxodo 12,1-8.11-14 – eu diria: “Estes acontecimentos serão o começo de novos tempos para nós… Estes acontecimentos serão para nós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveremos de celebrar por todas as gerações como instituição perpétua!”  São sementes para um novo milênio! Estamos reunidos para celebrarmos na Missa do Crisma a instituição da Eucaristia e do sacerdócio: os Arcebispos, os Párocos, Vigários Paroquiais, Diáconos; Seminaristas, Institutos de Vida Consagrada Femininos e Masculinos; Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística; Catequistas de Primeira Eucaristia e Crisma; Lideranças leigas…, o Povo de Deus! HOJE – cada um de nós – sacerdotes no sacerdócio ministerial – renovará a sua profissão-de-amor como o salmo responsorial, há pouco, colocou em nossos lábios: “Oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.”  (Sl 116B/116) O nosso sacerdócio não é nosso! É de Deus, e, Deus o coloca à disposição dos fiéis, à disposição do povo… São Paulo nos lembra isso na segunda leitura de hoje – 1 Cor 11, 23-26: “Irmãos, o que eu recebi, foi isto que eu vos transmiti…” Aí, SPaulo relata a Eucaristia! Ele está dizendo para nós Sacerdotes: O que um Padre recebe de Deus não pode guardar para si… Precisa transmitir para quem dele se aproxima. Precisamos acreditar sempre mais e melhor no “sacramento da unidade” que é o estarmos “juntos” – fisicamente “juntos”, de maneira especial, na celebração de algumas Eucaristias… A Eucaristia é a expressão máxima de união, mais, de co-munhão!  Na Oração Eucarística II (na missa), o sacerdote faz um pedido muito importante: ele suplica que o Espírito Santo transforme o pão e o vinho no corpo  entregue e no sangue derramado de Jesus por nós. Mas, não pára aí. Em continuidade, mais adiante ele faz um outro pedido não menos importante: que o Espírito Santo nos transforme num só corpo BEM UNIDO. Em outras palavras, o sacerdote INVOCA O ESPÍRITO SANTO sobre toda a assembléia reunida, para que, comungando o corpo entregue e o sangue derramado do Senhor, também ela SE TRANSFORME NO CORPO DE CRISTO: “ E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos re-unidos pelo Espírito Santo num só corpo.” Diz o Papa Bento XVI na Encíclica Deus Caritas Est: “A comunhão tira-me para fora de mim mesmo projetando-me para ele e, desse modo, também para a união com todos os cristãos” (DCE 14). Com este “sinal de comunhão do estarmos juntos” em momentos como o de hoje “tornamo-nos “um só corpo”, fundidos todos numa única existência!”; “… a agape de Deus vem corporalmente a nós, para continuar a sua ação em nós e através de nós.” (Bento XVI, DCE 14) Na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, (n.76) Bento XVI sublinha: “Onde se destrói a comunhão com Deus, que é comunhão com o Pai, com Filho e com o Espírito Santo, destrói-se também a raiz e a fonte da comunhão entre nós. E onde a comunhão entre nós não for vivida, também a comunhão com o Deus-Trindade não é viva nem verdadeira”.

 

            O evangelho de hoje –  João  13, 1-15 – mostra que viver a Eucaristia e viver em Eucaristia significa levar a MISSA para fora das quatro paredes de um templo: “Vós me chamais mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.”

 

            A Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis de Bento XVI (22/fevereiro/2007 – Cátedra de São Pedro) afirma meridianamente: “É em virtude da ação do Espírito  que o próprio Cristo continua presente e ativo na sua Igreja, a partir do seu centro vital que é a Eucaristia.” (Bento XVI, Exortação Apostólica Sacr. Caritatis 12) A Exortação pós-sinodal continua mostrando a função decisiva do Espírito Santo na celebração eucarística; “… a epiclese é invocação ao Pai para que faça descer o dom do Espírito a fim de o pão e o vinho se tornarem o corpo e o sangue de Jesus Cristo, e para que “a comunidade inteira se torne cada vez mais corpo de Cristo”.

 

            Onde e quando houver Comunidade em comunhão o Espírito Santo se faz presença viva e atuante!

 

            Qual o “teste” para a gente saber se está em comunhão com Deus e com o outro? Eis o “teste”: Se eu “percebo e sinto cada pessoa como ´um que faz parte de mim…´ (J. Paulo II)”: isto, é comunhão no Espírito Santo!

 

            Concluo com uma notícia:

 

            Os Documentos do Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá estão sendo impressos neste momento, nestes dias! Desde o dia 10 de junho/2004 com as fases de conscientização do que é um SÍNODO; os diversos momentos fortes de reflexões dos Roteiros 2, 3, 4 e 5; o trabalho das diversas Comissões; as Assembléias Gerais no Colégio Coração de Jesus;  a preparação do encerramento do Sínodo no dia 22 de maio/2008; o Jubileu da Arquidiocese e o I Congresso Eucarístico Arquidiocesano: pode somar tudo… O resultado da somatória é esta: Estamos “proclamando um tempo  de graça da parte do Senhor!”  O Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá que se encerra, se transforma em Jubileu dos 100 anos de Arquidiocese, e, o conteúdo do Jubileu é a celebração de uma grande Eucaristia-ação de graças, agradecimento… através do I Congresso Eucarístico Arquidiocesano de Cuiabá: Deus em nós, e, nós em Deus: com Maria, a comunhão para nunca mais acabar! Este é o Slogan, idéia-força de uma Eucaristia-da-vida e da vida-em-Eucaristia com Deus-Pai, por Jesus, no Espírito Santo… com a presença-companhia de Nossa Senhora – como descrevem os Atos dos Apóstolos em At 1,14: “Todos eles perseveravam na oração em comum,  junto com algumas mulheres – entre elas, Maria, Mãe de Jesus…”

 

            Em 1910, o Papa da Eucaristia São Pio X elevou a Diocese de Cuiabá em ARQUI-diocese. Assim, já vivendo a alegria de uma grande ação de graças tão próximos de 2010 a 2011 convoco mais uma vez  a todos para que cada um de nós faça  da Família, Comunidade, Paróquia e da Arquidiocese de Cuiabá a “CASA E A ESCOLA DA COMUNHÃO”, reflexo da Comunhão que é a Família-Trinitária. AMÉM! ASSIM SEJA!

 

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Quinta-feira Santa:

 

Missa da Instituição da Eucaristia, do Sacerdócio e do Crisma

 

Cuiabá, 20 de março de 2008

 

 

 

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