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Liturgia – Paixão do Senhor 02.04.2021

O SOFRIMENTO NÃO FOI UMA ESCOLHA! É UMA NECESSIDADE!”

1.Acolhida
“Non fit remissicio peccatorum sine efusione sanguinis!
“Não há remissão dos pecados sem efusão de sangue!
Para o perdão dos pecados, na Liturgia Antiga, havia o rito do sacrifício (holocausto, mas os ritos antigos perderam seu vigor, sua força remissiva como aparece nas “Bodas de Caná”, onde havia seis talhas para a purificação vazias! Agora, Jesus derrama seu Sangue para perdoar os nossos pecados! Sangue, realmente, derramado na sua Paixão! E Morte na Cruz.
Jesus antecipou o nosso resgate em seu Sangue derramado nas Bodas de Caná, e na instituição da Eucaristia, onde o seu Sangue é derramado como preço de nosso resgate: O Sangue, realmente presente na Eucaristia, torna presente nossa redenção em cada celebração da Eucaristia e em cada comunhão eucarística que recebemos!
Nesta “Sexta Feira Santa” é tempo útil e precioso para refletir no amor sangrento de Jesus: Derramou, de verdade, seu Sangue preciosíssimo e este milagre se repete em cada Eucaristia celebrada! A Liturgia da “Sexta Feira Santa” inicia com a leitura do profeta Isaias que nos fala do “Servo de Javé” (Jesus). A descrição do servo tão desfigurado pelo sofrimento que nem mais parecia um ser humano. É difícil entender o sofrimento de Cristo em sua Paixão e Morte!
Não tinha beleza e nem atrativo para olharmos… Era desprezado como o último dos mortais! Coberto de dores…
Tão desprezível que não fazíamos caso dele. Na verdade é que Ele tomava sobre si as nossas enfermidade e sofria Ele mesmo as nossas dores; e nós pensávamos que Ele era golpeado e chagado por Deus, humilhado… mas Ele foi ferido por nossos pecado. Ele foi esmagado por nossos crimes. A punição a Ele imposta era o preço de nossa paz, e suas feridas o preço de nossa cura… O Senhor fez cair sobre Ele os pecados de todos nós (Is 13). Ele foi eliminado dentre os vivos e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer!… Meu servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si as suas inúmeras culpas… sendo contado como um malfeitor; Ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores (Is 13)
Não meditar a Paixão de Jesus Cristo como sacrifício pelos pecados dos outros! Ele morreu, também, por mim, em expiação dos meus pecados! Nós somos culpados pelo Sofrimento e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho querido de Deus Pai!
A Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo é a nossa Paz, mas custamos o preço altíssimo do Sangue de Deus, derramado na Cruz! Viver de modo despreocupado, como se nada tivéssemos a ver com essa morte, como se esse Sangue fosse derramado por outros e não por nós, seria uma ingratidão incompreensível! Pensemos no Plano da Salvação de nosso Deus: Ele não quer perder sua criatura amada, quer tornar-nos participantes de sua vida feliz e por toda a eternidade! Mas pensemos no preço que nosso Deus pagou por este resgate: o Sangue do próprio Filho! Não somos filhos do acaso, frutos da evolução, mas somos filhos adotivos de Deus, criados à sua imagem e semelhança.
A Igreja organizou a Liturgia de tal maneira que possamos dar-nos conta do amor infinito de nosso Deus: Ele morreu, pacificamente, por cada um de nós, derramou todo o seu Sangue, de maneira dolorosa por cada um de nós! Cada um de nós é precioso demais a seus olhos! Custamos o preço de seu Sangue derramado na Cruz!
Jesus morreu como um malfeitor, mas na verdade, Ele resgatava (pagava) nossos pecados!

Acompanhemos a “Leitura da Paixão” sabendo que o sofrimento de Cristo foi causado por nossos pecados! Nosso coração, hoje, seja purificado de todo pecado: “Somos resgatados pelo Sangue de Jesus Cristo, derramado na Cruz! O Apóstolo Paulo meditando esta verdade chorava e suportava todas as dores do apostolado pensando nesta verdade: “Ele morreu por mim!”
Frei Carlos Zagonel.

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