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Preparando o Natal do Senhor

A liturgia do advento, especialmente as celebrações eucarísticas dominicais, traça um caminho espiritual de preparação para o Natal do Senhor. Converter-se e acolher Jesus é seguir uma estrada cujo fim realiza o mais profundo desejo do coração humano: amar a Deus, que nos amou primeiro. O advento é tempo de piedosa espera. Corresponde ao período das quatro semanas de preparação espiritual, marcada pela singeleza litúrgica e motivada pelo vibrante refrão: “Vem, Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar”.

No tempo do advento celebramos as três vindas de Jesus Cristo: aquele que virá (Parusia), aquele que veio (Natal-encarnação) e aquele que vem (nas celebrações ou orações cotidianas)”. Nas celebrações litúrgicas, os dois primeiros domingos tratam da segunda vida de Jesus no fim dos tempos, com as leituras de gênero apocalíptico, com características escatológicas (advento escatológico). Os dois últimos Domingos tratam da primeira vinda, isto é, do nascimento de Jesus propriamente dito (advento natalício). A tradicional coroa do advento, nas celebrações, manifesta o belo simbolismo da vitória da luz sobre as trevas. Celebrando cada ano este mistério, a Igreja nos exorta a renovar continuamente a lembrança de tão grande amor de Deus para conosco. Eis aqui algumas atitudes que nos ajudarão a preparar uma celebração digna e frutuosa do Natal. A primeira atitude é de Oração. A oração abre-nos, por Cristo, em Cristo e com o Espírito Santo, à contemplação do rosto do Pai, colocando-nos em comunhão e sintonia com a Trindade, fonte de santidade, de alegria e da verdadeira paz.

A novena do Natal em família é uma expressão belíssima de oração familiar. A Segunda atitude é a da reconciliação. É a reconciliação com Deus-Trindade e reconciliação com as pessoas mais próximas: familiares, parentes, amigos e colegas de trabalho. É bom celebrar o Natal livre dos ressentimentos, das mágoas, do rancor contra os nossos semelhantes. A conjuntura política recente causou muitas divisões e profundas discórdias na sociedade e no seio de nossas famílias. É hora de reconciliação pelo perdão e dialogo fraterno. Quando chegará o dia de nos reconhecermos que somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai? Disse o grande líder, que combateu arduamente a segregação racial, Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da sua pele, da sua origem, sua ideologia ou da sua religião. Pois o amor chega mais naturalmente ao coração do que seu oposto. Assim, como a pessoa aprende a odiar, deve, também, aprender a amar.” A terceira atitude é a caridade.

O tempo do advento é propício para o exercício da solidariedade e amor fraterno para com as pessoas mais necessitadas e sofredoras.

Neste tempo do advento, a Igreja no Brasil realiza, também, a campanha da evangelização. Este ano tem como tema: “EVANGELIZAR, GRAÇA E MISSÃO QUE SE DÁ NO ENCONTRO”. Esta iniciativa busca mobilizar os Católicos para a corresponsabilidade na sustentação das atividades evangelizadoras da nossa Igreja e tem como ponto alto a coleta realizada nas comunidades, nos dias 10 e 11 de Dezembro (Terceiro Domingo do advento). Cuidemos, também, para não exagerarmos no consumismo, fazendo deste tempo apenas um tempo de compras e trocas de presentes. A ânsia pelo consumo não deve ofuscar o brilho desta preparação Natalina. Pois, o essencial do Natal é o encontro pessoal com o grande aniversariante: a adorável pessoa de Jesus, o Filho de Deus!

Pe. Deusdédit M. de Almeida é Cura da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus.

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