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Os Cristãos e a Política

Os Cristãos e a Política.

A Igreja, como Instância de alerta e conscientizadora, deve contribuir com sua reflexão para o fortalecimento do processo democrático. As cartilhas produzidas pelas comunidades no período eleitoral, têm possibilitado a formação critica do povo e o surgimento de uma nova consciência política. O estudioso francês, Pe. Lembret, deu a melhor definição de política em sentido amplo: “A ciência, a arte e a virtude do bem comum”. Portanto, qualquer iniciativa que favoreça o bem comum, se transforma em Ato político.
Em relação a política partidária, vale lembra, mais uma vez, que a Igreja não se identifica com nem nenhum partido. Neste sentido, as comunidades precisam cuidar para não dividir (partir) a comunidade. Devemos levar os valores cristãos e éticos para dentro dos partidos e não trazer os partidos para dentro da Igreja. O mesmo principio se aplica aos candidatos.
O candidato, seja de que partido for, deve levar consigo para dentro do parlamento , os valores éticos e cristãos. Não queremos políticos representando a Igreja. Queremos, sim, políticos limpos, honestos, e competentes, representando a sociedade com um todo.
APROVEITO PARA UMA REFLEXÃO, EXTRAÍDA DO TEXTO BASE DA CF DE 1996( FRATERNIDADE E POLÍTICA)  SOBRE : TIPOS DE ELEITOR E TIPOS DE POLÍTICOS,
Pois, as eleições municipais são ocasiões privilegiadas de educação política.  É momento para mostrar os vários tipos de eleitores e os diversos tipos de políticos que temos no Brasil, permitindo ao povo perceber, quem é quem, na campanha eleitoral.
TIPOS DE ELEITOR
•Eleitor  que vota pela tradição: há tradições legítimas, mas há outras que são atraso e fator de empobrecimento. Votar só pela tradição é argumento fraco. Será que a situação de hoje é a mesma de anos atrás?
•Eleitor que vota para pagar favores: quem vende o seu voto por favores, vende a sua dignidade humana. O cristão não deve votar em candidatos ou partidos que querem comprar votos. Voto não tem preço, tem conseqüência!
•Eleitor que vota no mais forte: Tem gente que vota nos candidatos mais fortes e poderosos e que estão gastando muito dinheiro com a propaganda. Tais candidatos podem ser “testas de ferro” para defender os interesses de grupos privilegiados(fornecedores das Prefeituras) e que querem manter-se sempre no poder. Lembre-se, o ressarcimento dos gastos de campanhas é feito, posteriormente, com o dinheiro da administração Municipal. Portanto, dinheiro público do contribuinte!
•Eleitor que vota na aparência: Muitas pessoas se enganam com as aparências do candidato. O que vale mais: o papel que embrulha o presente ou o conteúdo? Um critério importante são as propostas possíveis de serem realizadas e que estão contidas no programa de determinado candidato. Desconfie das promessas mirabolantes!
•Eleitor que vai na conversa dos cabos eleitorais: Muitos votam pela conversa bonita dos cabos eleitorais e por aquilo que dizem os meios de comunicação.
•Eleitor que anula o voto ou vota em branco: isto contribui para manter as coisas como estão. É preciso não abrir mão do direito de votar a fim de mudar para melhor ou evitar males maiores.
•Eleitor consciente: é aquele que valoriza o voto. É preciso analisar, refletir sobre o passado e o presente e acreditar num futuro melhor. Depois das eleições é necessário acompanhar os eleitos.

TIPOS DE POLÍTICO
•Político “profissional”: é aquele político que há muito tempo está no poder e quase nada faz de concreto para o povo.
•Político interesseiro: é aquele que trabalha para o seu próprio proveito, tendo em vista as próximas eleições e não o bem comum.
•Político exibicionista: é gastador de recursos públicos para a sua autopromoção. Está comprometido com os grandes grupos econômicos.
•Político “engomadinho”: é aquele que fala bonito, se apresenta bem, mas não tem conteúdo e nem propostas.
•Político de promessas: é aquele que somente lembra do povo na época das eleições e que abusa dos MCS com propagandas enganosas.
•Político sem identidade: é aquele que muda de partido conforme as suas conveniências, não é comprometido com os anseios do povo. É conhecido também como “camaleão”, muda de acordo com o que mais lhe convém.
•Político ideal: é aquele que tem uma proposta política viável, defende a vida, os direitos humanos e é sensível aos empobrecidos. Luta pelo bem comum de todos. Pois, política é arte ou virtude do bem comum, como definiu Pe. Lembret.

Para o quadro de humor:
1 –  No paraíso:
Adão e Eva passeavam pelo Paraíso. E, de repente, Eva pergunta:
– Adão, você me ama?
– E o adão, resmungando:
– E eu lá tenho outra escolha?
2 – Na sala de aula:
O professor irritado com seus alunos, lançou um desafio:
– Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé.
Todo mundo continuou sentado. Alguns minutos depois, Joãozinho se levanta.
– Quer dizer que você se julga burro? – perguntou o professor, indignado.
– Bem, para dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver o senhor aí, em pé, sozinho!

3 – No restaurante:
O cliente, muito nervoso, grita:
– Garçom! Essa sopa está com gosto de inseticida!
O garçom responde inconformado:
– Cliente nunca fica satisfeito! Quando tem mosca reclama. Quando a gente toma uma   providência, reclama também!

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