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Encontro 2 – Jesus explica as Escrituras

Encontro 2 –  Jesus explica as Escrituras

Coordenador – Vamos iniciar acolhendo a família trinitária e fazendo o sinal da cruz.

Todos – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Coordenador – Agora que acolhemos a presença de Deus, podemos nos cumprimentar uns aos outros.

(Dá-se um tempo para que as pessoas se saúdem. Pode-se, inclusive, cada um traçar o Sinal da Cruz na testa de quem está mais próximo…)

Coordenador – Como vimos no encontro passado, a imagem dos discípulos de Emaús irá nortear a nossa caminhada durante Primeiro Congresso Eucarístico Arquidiocesano.

Leitor 1 – No encontro de Emaús os discípulos descobrem Jesus como:

a)Caminho;
b)Palavra;
c)Eucaristia;
d)Missão.

Coordenador – Em nosso primeiro encontro encontramos Jesus como companheiro de viagem.

Leitor 2 – A ele nós apresentamos nossas angústias e aflições e descobrimos que ele não é somente caminheiro, mas que é também o Caminho que conduz da morte à ressurreição.

Coordenador – Hoje iremos ver que precisamos de Jesus ressuscitado, que nos guie e ilumine os acontecimentos com a Escritura. Continuemos o relato de Emaús.

Leitor 1 – Então Jesus lhes disse:

Coordenador – Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isto para entrar na sua glória?

Leitor 1 – E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles porém, insistiram:

Leitor 2 – Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!

Coordenador – É muito significativo que Jesus tenha começado com a explicação das Escrituras.

Leitor 1 – Um morto que se apresenta vivo poderia parecer um prodígio incrível, mas a ressurreição de Jesus responde a um desígnio divino preparado ao longo de todo o caminho do povo eleito.

Leitor 2 – Já Moisés foi figura de salvação através do sacrifício; já Abel assassinado falou disto com a sua morte; já Isaac oferecido e vivo; já José vendido, que se torna salvador do seu povo…

Coordenador – Este desígnio se desata em toda a Escritura: Deus quer salvar todos os homens atreves do sacrifício, através de uma morte que desembocará na glória.

Todos – A paixão adquire sentido ao ser iluminada pela Páscoa.

Coordenador – É normal, portanto, o sofrimento para obter a salvação e é isto que Jesus deseja nos ensinar, como vimos no encontro passado.

Leitor 1 – Cheios de tristeza e pensativos, não imaginavam que aquele desconhecido fosse justamente Jesus, já ressuscitado.

Leitor 2 – Mas sentiam “arder” o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, “explicando” as Escrituras.

Todos – A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e “abria-lhes os olhos” (cf. Lc 24, 31).

Coordenador – Por entre as sombras do dia que terminava e na obscuridade que pairava na alma dos discípulos, aquele Viajante era um raio de luz que fazia despertar a esperança e abria os seus ânimos ao desejo da luz plena.

Todos – Fica conosco, Senhor!

Leitor 1 – Com freqüência vamos à Missa dominical com as nossas preocupações, as nossas dificuldades, talvez com a alma pesada e fechada, exatamente como os discípulos de Emaús.

Leitor 2 – Na Missa, somos acolhidos pela Liturgia da Palavra.

Coordenador – Vamos então responder.

Como temos celebrado a Liturgia da Palavra em nossas Eucaristias dominicais?

O coordenador deve dar um tempo conveniente para que todos possam falar.

Coordenador – Jesus nos explica as Escrituras, sem a sua palavra nós permanecemos cegos, não compreendemos nada. Mas se começarmos a partir de Moisés e dos Profetas, ele nos explica em toda a Escritura o que diz respeito a ele, os nossos corações ardem e os nossos corações se iluminam.

Leitor 1 – Em cada Missa, a Liturgia da Palavra de Deus precede a Liturgia Eucarística, na unidade das duas “mesas” — a da Palavra e a do Pão.

Leitor 2 – Esta continuidade transparece já no discurso eucarístico do Evangelho de João, quando o anúncio de Jesus passa da apresentação fundamental do seu mistério à ilustração da dimensão eucarística propriamente dita.

Todos – “A minha carne é, em verdade, uma comida e o meu sangue é, em verdade, uma bebida” (Jo 6,55).

Coordenador – Sabemos que foi esta dimensão que fez entrar em crise grande parte dos ouvintes, induzindo Pedro a fazer-se porta-voz da fé dos outros Apóstolos e da Igreja de todos os tempos: “Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68).

Leitor 1 – Na narração dos discípulos de Emaús, o próprio Cristo intervém para mostrar, “começando por Moisés e seguindo por todos os profetas”, como “todas as Escrituras” conduzem ao mistério da sua pessoa (cf. Lc 24,27).

Leitor 2 – As suas palavras fazem “arder” os corações dos discípulos, tiram-nos da obscuridade da tristeza e do desânimo, suscitam neles o desejo de permanecer com Ele: “Fica conosco, Senhor” (cf. Lc 24,29).

Coordenador – Na celebração litúrgica, as leituras bíblicas devem ser apresentadas de forma compreensível a todos. É o próprio Cristo que fala, quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura.

Leitor 1 – Ao mesmo tempo a homilia, como parte da própria liturgia, destinada a ilustrar a Palavra de Deus e atualizá-la na vida cristã.

Leitor 2 – De fato, tal proclamação deve ser feita com o cuidado, preparação prévia, escuta devota, silêncio meditativo que são necessários para que a Palavra de Deus toque a vida e a ilumine.

Coordenador – Através de várias etapas do caminho de Emaús, Jesus fala, oferece remédio, cura.

Leitor 1 – Primeiramente dirige-lhes uma advertência cheia da bondade: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!”

Leitor 2 – Depois lhes explica as Escrituras e eles ficam tão fascinados que lhe pedem: “Fica conosco…”.

Coordenador – Ao pedido dos discípulos de Emaús para que ficasse “com” eles, Jesus responde com um dom muito maior: através do sacramento da Eucaristia encontrou o modo de permanecer “dentro” deles.

Leitor 1 – Receber a Eucaristia é entrar em comunhão profunda com Jesus.

Todos – “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós” (Jo 15,4).

Coordenador – Esta relação de íntima e recíproca “permanência” permite-nos antecipar de algum modo o céu na terra.

– Não é porventura este o maior anseio do homem?
– Não foi isso mesmo o que Deus Se propôs, ao realizar na história o seu desígnio de salvação? Leitor 2 – Ele colocou no coração do homem a “fome” da sua Palavra (cf. Am 8,11), uma fome que ficará saciada apenas na plena união com Ele.

Todos – A comunhão eucarística foi-nos dada para “nos saciarmos” de Deus sobre esta terra, à espera da saciedade plena no céu.