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Encontro 3 – Jesus parte o pão para nós

Encontro 3 – Jesus parte o pão para nós

Coordenador – Vamos iniciar acolhendo a família trinitária e fazendo o sinal da cruz.
Todos – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Coordenador – Agora que acolhemos a presença de Deus, podemos nos cumprimentar uns aos outros.

(Dá-se um tempo para que as pessoas se saúdem. Pode-se, inclusive, cada um traçar o Sinal da Cruz na testa de quem está mais próximo…)

Coordenador – Como vimos nos dois encontros passado, o Evangelho de Emaús conduz os nossos passos no caminho do Primeiro Congresso Eucarístico Arquidiocesano de Cuiabá.

Leitor 1 – Na aparição de Emaús os dois discípulos se descobrem:

a)caminheiros;
b)ouvintes;
c)comensais;
d)missionários.

Coordenador – No primeiro encontro fizemos uma jornada com Jesus e expusemos a ele os nossos problemas. No encontro passado fizemos um encontro de consciência de como está a nossa disposição de ouvir a palavra de Deus na celebração eucarística. Hoje queremos sentar-nos à mesa com Jesus que parte o pão para nós. Ouçamos a continuação do relato de Emaús:

Leitor 2 – Jesus entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro:

Todos – Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?

Leitor 1 – A “fração do pão” — esta era no início da Igreja o nome da Eucaristia. Este partir do pão sempre esteve no centro da vida da Igreja.

Leitor 2 – Por ela Cristo torna presente, no curso do tempo, o seu mistério de morte e ressurreição. Nela, Cristo em pessoa é recebido como “o pão vivo que desceu do céu” (Jo 6,51) e, com ele, nos é dado o penhor da vida eterna, em virtude do qual se saboreia antecipadamente o banquete eterno da Jerusalém celeste.

Coordenador – É significativo que os dois discípulos de Emaús, devidamente preparados pelas palavras do Senhor, O tenham reconhecido, quando estavam à mesa, através do gesto simples da “fração do pão”.

Leitor 1 – Uma vez iluminadas as inteligências e aquecidos os corações, os sinais “falam”.

Leitor 2 – A Eucaristia desenrola-se inteiramente no contexto dinâmico de sinais que encerram uma densa e luminosa mensagem; é através deles que o mistério, de certo modo, se desvenda aos olhos do crente.

Coordenador – São Lucas nos narra um fato que aconteceu e, não somente, mas diz respeito a todos os cristãos e os convida a reconhecer o Cristo “partindo o Pão”, ou seja na Eucaristia, que é verdadeiramente a presença de Cristo ressuscitado em nosso meio.

Leitor 1 – A Missa é certamente o memorial do seu sacrifício, mas é ao mesmo tempo a sua presença viva, para nos comunicar a sua vida nova.

Leitor 2 – É Cristo ressuscitado que se dá a nós. É ressuscitado porque sofreu e renovou o homem como o seu sacrifício: por isto pode nos fazer viver com ele na novidade da vida.

Todos – Todo o mistério pascal se renova na Missa.

Coordenador – Vamos então refletir sobre nossas Celebrações Eucarísticas.

Como se celebra a Missa em nossas comunidades?

O coordenador deve dar um tempo conveniente para que todos possam falar.

Coordenador – Grande mistério, a Eucaristia! Mistério que deve ser, antes de mais nada, bem celebrado.

Leitor 1 – É preciso que a Santa Missa seja colocada no centro da vida cristã e que, em cada comunidade, tudo se faça para celebrá-la decorosamente, segundo as normas estabelecidas.

Leitor 2 – Para que haja uma frutuosa participação do povo, os ministérios de música deveriam prestar muita atenção à sacralidade que deve caracterizar o canto e a música litúrgica.

Coordenador – Um compromisso concreto do Congresso Eucarístico poderia ser estudar a fundo, em cada comunidade paroquial, a Instrução Geral do Missal Romano.

Leitor 1 – O caminho privilegiado para ser introduzido no mistério da salvação, atuada nos “sinais” sagrados, continua a ser o de seguir com fidelidade o desenrolar do ano litúrgico.

Leitor 2 – Os Pastores empenhem-se na catequese “mistagógica”, muito apreciada pelos Padres da Igreja, que ajuda a descobrir o significado dos gestos e das palavras da liturgia, ajudando os fiéis a passar dos sinais ao mistério e a implicar no mesmo toda a sua existência.

Coordenador – De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da presença real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo.

Leitor 1 – A presença de Jesus no sacrário deve constituir como que um pólo de atração para um número cada vez maior de pessoas enamoradas por Jesus, capazes de permanecerem longamente a escutar a sua voz e, de certo modo, a sentir o palpitar do seu coração.

Todos –  “Provai e vede como o Senhor é bom!” (Sal 34/33, 9).

Coordenador – Que a adoração eucarística fora da Missa se torne, durante este  Congresso, um compromisso especial para as diversas comunidades religiosas e paroquiais.

Leitor 2 – Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor as negligências, esquecimentos e até ultrajes que o nosso Salvador se vê obrigado a suportar em tantas partes do mundo.

Neste Ano Paulino recordemo-nos de algumas expressões do Apóstolo que possuem incontestável ressonância eucarística:
Pela Eucaristia, a comunidade é integrada ao Corpo de Cristo e o Corpo é inseparável da Cabeça. “A menor separação nos faria morrer” (São João Crisóstomo).
“Consangüíneos” de Cristo, “incorporados” a ele, “enxertados” no seu corpo, “uma só planta”, “um único ser” com ele, os fiés são também membros uns dos outros.
A Igreja antiga via esta unidade na unidade do pão integrando os grãos de trigo, na do vinho proveniente de numerosas uvas, não sem que cada grão fosse moído (superação do egoísmo através do batismo e da ascese). São Cipriano de Cartago prefere o símbolo da água que o sacerdote derrama no vinho na preparação dos “santos dons” antes da celebraçaõ eucarística. Trata-se sempre da integraçaõ cr´sitica do povo cristão.
A liturgia terrestre une-se à liturgia celeste celebrada pelos anjos; a comunidade, durantre a liturgia eucarística, é “elevada ao céu”, ou melhor, encontra-se no espaço da ressurreição, onde não há mais separação entre o céu a a terra, os anjos e os homens, os vivos e os mortos (que não são mortos, mas preparam-se também para a ressurreição, ou, no caso dos santos, preparam-nos para ela).
A Igreja, “uma, santa, católica e apostólica” manifesta-se em plenitude na comunidade eucarística presidida pelo bispo, que delega a seus sacerdotes o encargo de representá-lo nas diversas paróquias. Imagem de Cristo, o bispo integra o povo do lugar no Corpo eucarístico. A Igreja, portanto, está no bispo, mas o bispo, por sua vez, está na Igreja, como servidor de sua comunhão. O presbitério é o conjunto de sacerdotes reunidos em torno de seu bispo.