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Encontro 4 – Os discípulos partem em missão

Encontro 4 – Os discípulos partem em missão

Coordenador – Vamos iniciar acolhendo a família trinitária e fazendo o sinal da cruz.
Todos – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Coordenador – Agora que acolhemos a presença de Deus, podemos nos cumprimentar uns aos outros.
(Dá-se um tempo para que as pessoas se saúdem. Pode-se, inclusive, cada um traçar o Sinal da Cruz na testa de quem está mais próximo…)

Coordenador – Chegamos ao nosso último encontro. Nele, somos chamados a imitar os discípulos de Emaús que, depois de terem caminhado com Jesus, ouvido a Palavra e partilhado o Pão, saem imediatamente em missão.

Leitor 1 – Gostaríamos que este Primeiro Congresso Eucarístico de Cuiabá fosse marcado com um renovado esforço missionário por parte de toda a Arquidiocese.

Leitor 2 – Por isto cada uma das paróquias irá promover missões populares e visitas às casas para anunciar a vida nova encontrada em Cristo e convidar os irmão a retornarem à Igreja, è Jerusalém de onde tantos decepcionados se afastaram.

Coordenador – Ouçamos então a conclusão do relato de Emaús:

Leitor 2 – Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?

Leitor 1 – Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram:

Leitor 2 – Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!

Leitor 1 – Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

Coordenador – Os dois discípulos de Emaús, depois de terem reconhecido o Senhor, “partiram imediatamente” (Lc 24,33) para comunicar o que tinham visto e ouvido.

Leitor 1 – Quando se faz uma verdadeira experiência do Ressuscitado, alimentando-se do seu corpo e do seu sangue, não se pode reservar para si mesmo a alegria sentida.

Leitor 2 – O encontro com Cristo, continuamente aprofundado na intimidade eucarística, faz surgir na Igreja e em cada cristão a urgência de testemunhar e evangelizar.

Todos – “Sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha” (1Cor 11,26).

Coordenador – O apóstolo Paulo coloca em estreita inter-relação o banquete e o anúncio: entrar em comunhão com Cristo no memorial da Páscoa significa ao mesmo tempo experimentar o dever de fazer-se missionário do acontecimento que esse rito atualiza.

Leitor 1 – A despedida no final de cada Missa constitui um mandato, que impele o cristão para o dever de propagação do Evangelho e de animação cristã da sociedade.

Leitor 2 – Neste Congresso Eucarístico em que celebramos o primeiro século de nossa elevação a Arquidiocese, nós fiéis devemos testemunhar com mais vigor a presença de Deus no mundo.

Todos – Não tenhamos medo de falar de Deus e de exibir sem pudor os sinais da fé.

Coordenador – A Eucaristia não é expressão de comunhão apenas na vida da Igreja; é também projeto de solidariedade em prol da humanidade inteira.

Leitor 1 – A Igreja renova continuamente na celebração eucarística a sua consciência de ser “sinal e instrumento” não só da íntima união com Deus mas também da unidade de todo o gênero humano.

Leitor 2 – Cada Missa, mesmo quando é celebrada sem assistência ou numa remota região da terra, possui sempre o sinal da universalidade.

Todos – O cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida.

Coordenador – Se a celebração da Eucaristia numa comunidade for autêntica, ela será um impulso para um compromisso real na edificação duma sociedade mais justa e fraterna.

Leitor 1 – Na Eucaristia, o nosso Deus manifestou a forma extrema do amor, invertendo todos os critérios de domínio que muitas vezes regem as relações humanas e afirmando de modo radical o critério do serviço.

Todos – “Se alguém quiser ser o primeiro, há de ser o último de todos e o servo de todos” (Mc9,35).

Leitor 2 – Não é por acaso que, no Evangelho de João, se encontra, não a narração da instituição eucarística, mas a do “lava-pés” (cf. Jo 13,1-20)

Todos – Ao se inclinar para lavar os pés dos seus discípulos, Jesus explica o sentido do seu sacrifício na Cruz.

Coordenador – São Paulo também recorda que há algo de errado numa celebração eucarística onde não se veja a caridade testemunhada pela partilha concreta com os mais pobres (cf. 1Cor 11,17-22.27-34).

Leitor 1 – Por que não fazer então deste Congresso um período em que as comunidades e paróquias se comprometam de modo especial a ir ao encontro de alguma das muitas pobrezas do nosso mundo?

Leitor 2 – Não nos podemos iludir: do amor mútuo e, em particular, da solicitude por quem passa necessidade, seremos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo (cf. Jo 13,35; Mt25,31-46).

Todos – O “sacramento do altar” repercute e se dilata no “sacramento do irmão”.

Coordenador – É isto que repete sem cessar São João Crisóstomo.

Leitor 1 – Ninguém pode receber na Eucaristia o perdão e a paz de Deus sem tornar-se homem do perdão e da paz.

Leitor 2 – Ninguém pode partilhar o banquete eucarístico sem se tornar um homem que partilha.

Coordenador – Na Igreja dos primeiros séculos, muitos fiéis traziam à reunião eucarística não só o pão e o vinho necessários à celebração, mas as riquezas que desejavam repartir.

Todos – A eucaristia determina não somente o ser da Igreja e a comunhão dos cristãos entre si, mas sua maneira de ser no mundo: que deve ser de partilha, de serviço, de tensão sempre renovada para a comunhão dos homens e a transformação da terra.

Oração do Papa bento XVI durante a V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano em Aparecida – SP

"Fica conosco, pois a noite vai caindo e o dia está no ocaso" (Lc 24, 29).

Fica conosco, Senhor, acompanha-nos mesmo se nem sempre te soubemos reconhecer. Fica conosco, porque se vão tornando mais densas à nossa volta as sombras, e tu és a Luz; em nossos corações insinua-se o desespero, e tu os fazer arder com a esperança da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu ressuscitaste e que nos deste a missão de ser testemunhas da tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando à volta da nossa fé católica surgem as nuvens da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina as nossas mentes com a tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.
Fica nas nossas famílias, ilumina-as nas suas dúvidas, ampara-as nas suas dificuldades, conforta-as nos seus sofrimentos e na fadiga quotidiana, quando à sua volta se adensam sombras que ameaçam a sua unidade e a sua natureza. Tu que és a Vida, permanece nos nossos lares, para que continuem a ser berços onde nasce a vida humana abundante e generosamente, onde se acolhe, se ama, se respeite a vida desde a sua concepção até ao seu fim natural.
Permanece, Senhor, com os que nas nossas sociedades são mais vulneráveis; permanece com os pobres e humildes, com os indígenas e afro-americanos, que nem sempre encontraram espaços e apoio para expressar a riqueza da sua cultura e a sabedoria da sua identidade. Permanece, Senhor, com as nossas crianças e com os nossos jovens, que são a esperança e a riqueza do nosso Continente, protege-os das tantas insídias que atentam contra a sua inocência e contra as suas legítimas esperanças. Oh bom Pastor, permanece com os nossos idosos e com os nossos enfermos! Fortalece todos na sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!