Liturgia 5º Domingo Comum

LITURGIA – 5º DOMINGO TEMPO COMUM – 08.02.2015

“Cristo tomou sobre si as nossas dores!”

1.Acolhida.
A vida do homem sobre a terra é como um sopro: não tem consistência e passa rápido! O patriarca Jó acrescentaria que é cheia de toda espécie de sofrimentos! E, quase sempre, perdemos a esperança de conhecer a felicidade!
E Jesus assumiu essa nossa vida frágil e cheia de sofrimento para nos salvar. Carregou a cruz por nós para que nós pudéssemos um dia participar de sua ressurreição e ser felizes para sempre: “Tomou sobre si as nossas dores!” Não podemos ficar indiferentes perante o amor tão generoso de Jesus: carreguemos, com paciência, os nossos sofrimentos. Tomar a própria cruz, seguir a Jesus para encontrar a ressurreição!

2.Palavra de Deus.
Jó 7,1-4.6-7 – O patriarca Jó descreve com lucidez o sofrimento humano e a brevidade da vida sobre a terra – um sopro, apenas um sopro! As alegrias são breves, mas, por sua vez, o sofrimento passa de pressa! Precisamos olhar para frente e aguardar a luz definitiva!
1Co9,16-19.22-23 – O Apóstolo Paulo não é um operário à procura de um salário! Ele é um apóstolo, chamado para evangelizar e o faz de graça, pois o Evangelho é uma graça tão maravilhosa que precisa ser difundida e partilhada com todo mundo: “Por causa do Evangelho eu me faço tudo, para ter parte nele!”.
Mc 1,29-39 – A vida de Jesus resume-se na cura dos doentes, na pregação do Reino de Deus e nas longas orações, de preferência, em lugares silenciosos e retirados! Ele não abrevia o tempo da oração; pelo contrário, rouba o tempo de seu descanso!

3.Reflexão.
O patriarca Jó afirma que a vida passa como um sopro! Mas o negociante nos afirma que o tempo é ouro; por isso, não podemos desperdiçá-lo, vivendo distraídos, na superficialidade e nas lamúrias intermináveis! Paulo tem pressa e exclama: “Ai de mim se não pregar o Evangelho (…) Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns!” Sem descobrir a riqueza do Evangelho não há como ser um bom discípulo missionário de Jesus! Desconfiemos de quem anda demais preocupado com a côngrua, com a beleza dos paramentos e com a comunicação fácil, rica e com jeito de show!
Jesus cura a sogra de Pedro, estende-lhe a mão e a ajuda a levantar-se da cama! E ela, de imediato, põe-se a servir a toda “família”. Não ficou curtindo a saúde restituída. Colocou-se a serviço dos outros. Ao dom da cura seguiu-se a graça do serviço fraterno! O cristão é um agradecido por tudo o que recebe e um serviçal generoso na comunidade: “Quem de graça recebe, de graça restitui na forma de serviço”!
Era dia de sábado, por isso, Jesus “podia curar” apenas após o pôr do sol. Curou a doentes e atormentados pelos espíritos do mal. Curou as enfermidades do corpo e libertou a todos do poder do maligno! Jesus é o Messias prometido e tem pressa para cumprir a sua missão.
Encurta seu descanso para rezar de madrugada e “parte para outros lugares, a algumas aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim!”.
Jesus evangeliza pela pregação e promove as pessoas mediante a cura restituindo-as à sociedade como pessoas úteis e em condições de trabalhar. Este é o caminho para a Igreja, caminho indicado por Jesus: pregação, ação e oração!

“Ó Deus, concedei à Igreja continuar a missão de Jesus!”

Frei Carlos Zagonel.

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