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Liturgia 15º Domingo Comum

LITURGIA – 15º. DOMINGO COMUM – 10.07.2016
“Vai e faz a mesma coisa!”
1.Acolhida
Domingo – Dia do Senhor – é convocação que o próprio Jesus nos faz para nos ensinar e alimentar com sua Palavra e com o seu Corpo, “Pão da vida eterna!”. O Domingo não é um comprimento de dever religioso ou uma aula de Religião. É festa de encontro e alegria de ser convocado para expressar agradecimento pelo convite de sentar à mesa com o próprio Senhor Jesus. É banquete que transforma nossa vida humana em vida divina! “Quem celebra com fé e devoção, transforma-se naquilo que celebra” (Sto. Agostinho).

2.Palavra de Deus
Dt 30,10-14 – O caminho da vida e da felicidade passa pela revelação e observância da Palavra de Deus. Deus não mostra leis para observar, mas caminho para viver como filhos de Deus. Deus não é um ditador, mas é um Pai amoroso que deseja nossa vida divina de filhos adotivos e amados pelo próprio Deus.

Cl 1,15-20 – Os colossenses misturavam diversas e confusas doutrinas, criando intermediários entre Deus e as criaturas humanas. Paulo escreve-lhes dizendo que Jesus é a perfeita imagem visível do Deus invisível. Ele é a própria divindade encarnada, é o caminho e o modelo perfeito e seguro de nosso caminho seguro de nossa comunhão com Deus: “Eu sou o caminho, a verdade e ávida!” (Jo 14,6).

Lc 10, 25-36 – A Palavra de Deus não é para ser discutida, mas vivida! “Faze isso e viverás!” – “Vai e faz a mesma coisa!”, respondeu Jesus; mas o mestre da Lei queria discutir e não viver!

3.Reflexão.
O mestre da Lei queria discutir, mas Jesus indica o caminho da vivência e não da discussão! Na parábola contada por Jesus entram três personagens: O sacerdote, preocupado com o culto e com o templo, mas Deus está fora do templo e está presente no corpo machucado da vítima de assalto; o levita, preocupado com as leis e rubricas do culto, mas Deus se revela na compaixão do viajante samaritano; o samaritano, considerado herege pelo mestre da Lei, compadecido, interrompe sua viagem e presta os primeiros socorros ao ferido pela violência dos assaltantes. Qual seria a escala de valores apresentada pela parábola? Primeiro, a compaixão com os marginalizados; depois, o culto no templo e, por fim, as rubricas litúrgicas do levita!
O Papa Francisco quer “uma Igreja em saída do templo”, porque é na rua se encontram os machucados e necessitados de compaixão. Vivemos tempos de louvação e de vigílias de adoração, mas não apreciamos tanto a compaixão e o “trabalho de rua”! A preferência do Papa é por uma Igreja machucada e, inclusive, suja, mas cheia de compaixão pelos machucados e marginalizados da vida! Qual seria nossa escolha? Rezar e louvar são muito bons, é recomendado pelo próprio Senhor, mas a prática da oração, quando verdadeira, leva à ação e ao compromisso. E, então, qual vai ser nossa escolha?
Vivemos tempos de expressiva liberdade de escolha, mas de pouco compromisso com a verdade. Esta é exigente! Nós queremos acender uma vela a Deus e outra ao diabo! Quem não renuncia a si mesmo e me segue carregando a própria cruz, não serve para mim, não é meu discípulo! (Lc 14,27). Os cristãos não são donos do caminho, são, apenas, caminheiros atentos aos machucados pela vida injusta de nosso mundo!
Nosso mundo é um mundo de assaltados e machucados!

Frei Carlos Zagonel.
Fnte:http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=3929

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