Paz em 2019

Somos convidados, em 2019, a engrossar o coro dos anjos que anunciaram o nascimento de Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.  A paz é um valor e um bem universal que dever conquistado por todas as pessoas de boa vontade, que buscam o bem e a verdade! Porquanto, não há nenhum coração humano que não se sente bem  quando ao seu redor reina a paz. Em relação à paz social, lembremos o que disse  São Paulo Vl: “Se queres a paz, lute pela justiça”. Enquanto persistir uma sociedade tão desigual, não teremos Paz! Precisamos construir uma sociedade menos desigual! As reivindicações sociais, que têm a ver com a distribuição de renda, a inclusão social dos pobres e os direitos humanos não podem ser sufocados  com o pretexto de construir um consenso de escritório ou uma paz efêmera para uma minoria feliz. Não parece razoável esperar que haja tranquilidade enquanto, sistematicamente, pessoas são marginalizadas! A Injustiça social traz consigo a violência! Afirma o Papa Francisco: “a dignidade da pessoa humana e o bem comum estão por cima da tranquilidade de alguns que não querem renunciar seus privilégios”(Evangelii Gaudium, 218). Já avançamos muito nas conquistas de direitos e deveres, mas precisamos caminhar mais! Temos ainda um longo caminho a percorrer. Pois, como dizia Miguel de Cervantes, no clássico da literatura, D. Quixote: “a estrada tem mais a ensinar-nos do que a estalagem”. Assim, a  cultura da paz será um processo permanente, que deve permear todos os setores da vida, mas especialmente a família, que é o primeiro ambiente em que o ser humano aprende a se relacionar e conviver.  Os comportamentos e estímulos de superação da violência exercitados na família, balizam as atitudes a serem desenvolvidas na comunidade e na sociedade.  Ora, o comportamento violento pode ser aprendido na família e reaplicado socialmente em suas relações ao longo da vida. Quem não aprende a viver o amor e o respeito em família, que são requisitos básicos para a vida social, terá dificuldade viver em sociedade. Na verdade, a família é o DNA e o esteio da vida em sociedade! Entretanto, ninguém nasce violento. Contudo, a pessoa pode vir a ser violenta, dependendo do ambiente em que vive. Embora o homem não seja só um dado cultural, mas ele é, também, produto do meio em que vive. A cultura da paz não passa só pelo ambiente familiar, mas, também, pela efetivação dos direito fundamentais da pessoa humana, os quais devem ser garantidos pelo Estado, através da implementação das políticas públicas.  Outro fator importantíssimo é a mídia. Considerando, hoje, que o poder midiático influência a formação de opinião e no comportamento das pessoas, precisamos estimular a cultura da tolerância, da ética, do respeito e da paz nas redes sociais. Por esta razão, ao fazer uso das redes sociais com postagens e mensagens que contribuam com o crescimento das pessoas e da sociedade, bem como não alimentar o reencaminhar vídeos ou mensagens que estimulem o ódio, estaremos diminuindo a violência midiática. Para construir a cultura da paz precisamos olhar o outro, não como adversário ou rival que deve ser destruído, ou vencido, mas olhar cada ser humano como imagem e semelhança do seu criador e como irmão, filho de um mesmo Pai!  Portanto, neste ano que se inicia, vamos construir mais consensos e menos dissensos; mais pontes e menos muros de separação; Mais perdão às ofensas e menos ódio! E que os nossos governantes construam mais escolas e menos presídios! Mais políticas públicas e menos armas nas mãos do povo!  A lógica: Pagar o mal com o mal aumenta a espiral da violência! Em fim, Jesus é a paz em pessoa, como profetizou Miquéias: “Ele mesmo será  nossa paz(Mi 5,4.). Portanto, a paz verdadeira não vem de nenhum outro lugar, a não ser do encontro com Jesus Cristo, o filho de Deus! Vamos viver o ano todo  na companhia Daquele que é a paz! E, onde não existir amor, ame e haverá!
Pe. Deusdédit é sacerdote Diocesano e Pároco da paróquia coração Imaculado de Maria (CPA lV)- Cuiabá-MT

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