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50 anos das Missionárias do Bom Jesus

D. Orlando Chaves, em 1957, foi nomeado Arcebispo de Cuiabá, substituindo D. Francisco de Aquino Corrêa. Este benemérito Arcebispo, falecido em 15 de Agosto de 1981, ficou conhecido nacionalmente como o apóstolo das vocações. Pois, empreendeu com coragem, tenacidade e zelo apostólico, uma grande campanha no Brasil em favor das vocações sacerdotais e religiosas. A preocupação vocacional foi a marca indelével do seu ministério apostólico.  Pensando na formação dos seminaristas e no serviço da catequese da arquidiocese, iniciou, em 1964, a fundação da Congregação das Missionárias do Bom Jesus. O aspirantado  era no colégio DASA (Departamento de ação social arquidiocesana) e o Noviciado era no Seminário Cristo Rei, para que as missionárias pudessem ajudar na formação dos Seminaristas

Nestes 50 anos, as missionárias desenvolveram intenso apostolado em várias Paróquias da arquidiocese de Cuiabá. Entre elas destacamos a Paróquia de Cristo Rei, S. José Operário, Sebastião (Nobres), Nossa Senhora das Dores (Barão de Melgaço), S. Sebastião (V. Grande), Divino E. Santo (CPA) e Catedral do Sr. B. Jesus. Abriram, também, algumas comunidades fora da arquidiocese, por solicitação dos respectivos Bispos. Uma comunidade em S. Joaquim –(B.do Garças) e outra comunidade em Nova União (D.de Juína). No campo educacional,  contribuíram com a cidadania de muitos jovens. Quem não se lembra, em Cuiabá, do antigo colégio “DASA”, Estabelecimento onde, além do trabalho educacional com a juventude, era ministrados cursos de: Corte e costura, arte culinárias e outras atividades de promoção humana, geradoras de renda familiar.  Hoje é o conceituado colégio “CEMA”(Centro Educacional Maria auxiliadora), onde as Irmãs Missionárias desenvolvem, ainda hoje, atividades formativas e educativas em favor da Juventude, com ensino fundamental e médio. Em 1972, as Missionárias assumiram o Asilo Santa Rita, Instituição dirigida, até hoje, pela mesma Congregação. No Asilo Santa Rita dedicaram intensamente na educação cristã de crianças pobres, resgatando a dignidade de centenas delas. Eram crianças e adolescentes carentes das nossas periferias. O Asilo Santa Rita funciona até hoje, como uma espécie de “semi-internato”, onde as meninas pobres, 6 a 11 anos, são acolhidas e acompanhadas durante a semana, recebendo a formação humana, afetiva, socializadora e cristã. Além do acompanhamento escolar, as meninas recebem aulas de:  música, pintura, dança e inclusão digital. No final de semana elas voltam para o aconchego familiar. Portanto, o Asilo Santa Rita, continua sendo uma Instituição com altíssima finalidade humana e social. Muitas meninas pobres e necessitadas das nossas periferias passaram pelas mãos acolhedoras e generosas dessas solícitas Irmãs. Hoje, são boas cristãs e honestas cidadãs,  espalhando  os valores cristãos na sociedade. Centenas de famílias pobres, de Cuiabá e Várzea Grande, foram ajudas pelas irmãs Missionárias, através do asilo Santa Rita. As Missionárias prestaram, também, relevantes serviços administrativos na Cúria Metropolitana e na R.  Difusora, no tempo de D. Aurora Chaves. Em fim, foram tantas iniciativas e realizações pastorais  ao longo destes 50 anos! Impossível enumerá-las!  A arquidiocese agradece e se une às Irmãs Missionárias, na grandiosa sinfonia de afetos neste ano Jubilar e canta com elas o “TE DEUM” dos corações exultantes, na melodiosa canção da alegria e da gratidão a Deus!  Que a celebração do cinquentenário das Missionárias, possa revitalizar, no seio da congregação, um renovado ardor missionário e desejo de renovação.  Seja-nos lícito dizer que a  vitalidade  missionária para as novas gerações,  depende do entusiasmo santo e do ardente apostolado das missionárias de hoje. As palavras do divino mestre: “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer permanecerá só. Mas se morrer, produzirá muito fruto” (Jo 12, 24). Se, pois, desejam  as congregações religiosas terem muitas vocações, cuidem para que seus membros sejam, verdadeiramente, outros tantos grãos de trigos a morrer, através da doação missionária,  do amor aos pobres, do profetismo e do testemunho de uma vida santa e feliz . Porquanto, a vida religiosa constitui-se num sinal vivo e eficaz do amor preferencial de Cristo pelos mais necessitados deste mundo. Fazemos votos que através da catequese, carisma da Congregação, as Irmãs missionárias continuem desfraldando a bandeira do evangelho, fazendo o Bom Jesus mais conhecido, amado e adorado! Precisamos formar mais discípulos missionários para o Senhor Jesus! Disse o querido Papa Francisco: “Precisamos descobrir a doce e reconfortante alegria de anunciar o evangelho no mundo”.  Infinitas graças sejam dadas a Deus que prodigou tantas e tamanhas benemerências através das missionárias do B. Jesus nesta  centenária arquidiocese.
Parabéns às Missionárias do B. Jesus pelos 50 anos de vida e apostolado!

Pe. Deusdedit M. Almeida – Vigário Geral da Arquidiocese de Cuiabá

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