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Liturgia 3º Domingo da Quaresma

LITURGIA – 3º DOMINGO DA QUARESMA – 08.03.2015

“Nós anunciamos Jesus Cristo crucificado”.
1. Acolhida.
Quaresma é tempo de conversão e de renovação: firmar-se no caminho do seguimento de Jesus e abolir os maus costumes que se introduziram em nossa vida cotidiana. Iluminados pela Palavra de Deus, vamos passar a limpo nossa vida, pois, o tempo passa rápido e o julgamento pode estar perto!
Mas, qual seria o tema de nossa revisão? Dois pontos apenas: nosso relacionamento social e nosso relacionamento com Deus! Jesus se irritou quando fizeram da Casa de seu Pai uma casa de negócios. Fez um chicote com cordas e expulsou a todos do templo!

2. Palavra de Deus.
Ex 20,1-17 – Os mandamentos da Lei de Deus não são uma disciplina arbitrária (capricho) de Deus, mas eles são o caminho da salvação e a expressão do carinho de nosso Pai celeste.
1Co 1,22-25 – O Apóstolo Paulo dirigiu aos filósofos de Atenas um discurso bem elaborado, mas fracassou! Falou de Jesus crucificado aos pobres de Corinto e estes se converteram. A Cruz não é escândalo, mas poder e sabedoria de Deus! A Cruz nos de Jesus nos salvou!
Jo 2,13-25 – Jesus limpa a “Casa de Deus” expulsando negociantes e interesseiros e apresenta-se – Ele mesmo – como o novo “Templo vivo do Deus vivo”! Jesus, agora, é o nosso templo; é nele e com Ele que agora podemos chegar até Deus.

3. Reflexão.
Ao menos uma vez no ano, o Povo judeu, vindo de todas as cidades do Império romano, fazia sua peregrinação ao Templo de Jerusalém, onde pagava seu dízimo e realizava os sacrifícios necessários para o perdão e purificação de seus pecados. Os sacerdotes prestavam um serviço necessário oferecendo animais para o sacrifício e câmbio (moeda do templo) para a sua compra. Mas era um serviço ganancioso e explorador! A religião virava comércio que penalizava, especialmente, os pobres. Por isso, Jesus expulsou todo mundo do lugar sagrado. Alguma semelhança com muitas de nossas igrejas?
“De que me serve a mim a multidão de vossas vítimas? Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados. Eu não quero sangue de touros e de bodes” (Is 1,11). O senhor prefere a honestidade e a transparência na vida social e religiosa e o sacrifício que brota do íntimo do coração. Paulo Apóstolo recorda aos coríntios que somos um templo vivo do Espírito Santo e que Deus habita no íntimo de nosso coração (1Co 6,19-20). De agora em diante, o Corpo de Jesus ressuscitado e o corpo de seus discípulos são templos vivos do Deus vivo.
Os mandamentos não são fardos para carregar, mas uma escolha a fazer: “Olha que hoje ponho diante de ti a vida e a morte; observa os mandamentos (…) para viver; mas se desobedeceres, com certeza, morrerá!” (Dt 30,15ss). Não somos escravos, carregadores de fardos pesados, mas privilegiados convidados a viver na liberdade e a paz! A Lei é um facho de luz que ilumina nossos passos (Sl 118/19, 105).
“Deixai de me apresentar ofertas inúteis: não posso suportar delitos e solenidades!” (Is 1,13-14).
"Os preceitos do Senhor são preciosos, alegria ao coração!”

Frei Carlos Zagonel
http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=3041

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