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Liturgia 6º Domingo da Páscoa

LITURGIA – 6º DOMINGO DE PÁSCOA – 10.05.2015

“Este é meu mandamento: Amai-vos uns aos outros,como Eu vos amei!”

1. Acolhida.
 Irmãos, celebramos a Eucaristia com a certeza que é o próprio Deus quem nos convida e quer manter conosco um relacionamento afetivo e consolador: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!” Expulsemos de nosso coração todo o temor, a ansiedade ou depressão. Deus nos ama e quer celebrar conosco uma festa de amor!

2. Palavra de Deus.
At 10, 25-48 – O Espírito Santo é enviado aos pagãos através da pregação do Apóstolo Pedro. Os judeus ficaram admirados da misericórdia divina que fez dos pagãos participantes da salvação trazida por Jesus. Deus continua, ainda hoje, derramando o Espírito Santo sobre pessoas, nem se quer batizadas! O amor de Deus é sempre surpreendente!
1Jo 4,7-10 – O discípulo amado por Jesus garante-nos que Deus é amor e somente aquele que ama de verdade pode conhecer a Deus, que sempre tem a iniciativa no amor, mas, em contrapartida, exige amor para revelar-se! Se você não ama, seu Deus é uma fantasia!
Jo 15,9-17 – A verdade revelada por Jesus supõe um triângulo amoroso entre o Pai, Jesus e os discípulos de Jesus: O Amor do Pai passa para Jesus e o Amor de Jesus derramado nos discípulos requer o amor fraterno. Fora deste círculo amoroso, não existe conhecimento de Deus!

3. Reflexão.
O Evangelho de hoje é parte de uma longa conversa de Jesus com seus discípulos. Como foi possível o Apóstolo João recordar, inclusive, detalhes desta conversa, passados mais de sessenta anos? A tentação é clara: O Apóstolo João inventou a conversa de Jesus! Jesus prometeu no Evangelho enviar o Espírito Santo para recordar e para explicar todas as palavras por Ele pronunciadas (Jo 16,12-15).
Jesus fala de um triângulo amoroso entre o Pai, Jesus e os discípulos: O amor circula entre esta “trindade amorosa”. O Pai ama Jesus, seu Filho, que, por sua vez, ama os discípulos, e nós devemos amar-nos uns aos outros como Ele nos amou: “Este é meu mandamento – Amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei!” (Jo 15,12). O tripé funciona com três pés; faltando um pé, a cadeira cai! O Amor do Pai, do Filho e dos irmãos entre si somente funciona como tripé! Do contrário, é fantasia e engano!
O amor tem uma graduação interna: O amor “Eros”, instintivo grita: “Ama-me quanto eu te amo!”. É um amor egoísta!  No segundo grau, o amor recíproco (um pelo outro) precisa quebrar o círculo fechado e abrir-se para os outros e gratuitamente: Então conhecemos o verdadeiro “ágape”, a caridade cristã! Numa bela comparação: “O amor deixa de ser uma água parada e torna-se uma água corrente, sai de si e fecunda a tudo aquilo que toca com seu calor!” Amor fecundo: nasce do coração do Pai, passa pelo coração do Filho e se estende sobre todo o universo através dos discípulos!
Para amar, precisamos ser amados! Crer na Palavra de Jesus que nos garante o amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e, consequentemente, devemos frutificar no amor, como único caminho de salvação humana e espiritual.
“Quem me ama, guardará minha Palavra,E meu Pai o amará, e a ele nos viremos”. (Jo 14,23).

Frei Carlos zagonel.

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