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Liturgia 16º Domingo Comum

LITURGIA – 16º DOMINGO COMUM

“Jesus teve compaixão do povo que parecia um rebanho sem pastor!

1. Acolhida.
Irmãos e irmãs, a Eucaristia é sempre um convite divino para escutar a Palavra de Deus e para comer Pão divino. No tempo de Jesus, o Povo tinha sede de uma Palavra verdadeira, e fome de pão. Compadecido, Jesus distribuiu-lhe a Palavra e o Pão em abundância.
Hoje, nesta celebração da Eucaristia, Jesus repete o convite e dá-nos de sua Palavra e de seu Pão. Na Missa não cumprimos um dever ou uma devoção pessoal, mas celebramos o Mistério de Jesus, atualizado por seu poder, “aqui e agora”. É alimento e remédio de vida eterna!

2. Palavra de Deus.
Jr 23,1-6 – O Povo de Israel pecou e foi para o exílio por negligência dos pastores: “Ai dos pastores que deixaram perder-se e dispersar-se o meu rebanho!”. 

Ef 2,13-18 – Jesus veio reorganizar o seu Povo, superou os conflitos e fez de dois (muitos) povos em conflito, um único Povo de Deus, mediante o sacrifício da cruz e de seu sangue. Agora, todos têm um único Deus e Pai. Podemos rezar: Pai nosso que estais no céu!

Mc 6,30-34 – O Povo de Israel, de novo, parece um rebanho sem pastor! Jesus se compadece dele, sacrifica seu merecido descanso e começa a ensinar-lhe muitas coisas: Dá-lhe o Pão da Palavra e multiplica o pão e sacia sua fome física.

3.Reflexão.
Muitos pastores, hoje em dia, procuram na Bíblia palavras doces e descomprometidas e não denunciam as injustiças e desgovernos de nossas lideranças. No Brasil, por exemplo, o povo passa fome, mas não é por falta de pão, mas pela pecaminosa e avarenta falta de distribuição. Não é alimentado por falta de pão e é envenenado por doutrinas e propagandas enganosas! A situação do Povo de Israel se repete entre nós! Esperamos que não se repita, também, o “castigo do exílio” para os brasileiros.

O Povo de Israel perdeu-se por causa dos maus pastores! Deus suscita bons pastores, cujas virtudes preanunciaram o Bom Pastor, Jesus Cristo. Diante de um povo faminto e desorientado, Ele se compadece, renuncia ao descanso merecido e passa o dia inteiro ensinando e, ao cair da tarde, serve-lhe um pão multiplicado.

O trabalho de Jesus e dos apóstolos era esgotante: “Nem tinham tempo para comer o próprio pão!” Mas a situação do povo era insustentável: pareciam um rebanho sem pastor! Mas Jesus é o Bom Pastor, compassivo e com poder de mudar situações desesperadoras! As lideranças de nosso povo, por sua vez, teriam poder para reverter nossa situação de fome e de insegurança por meio de leis sábias e de governo honesto e justo! Mas, nossos governantes perderam a compaixão e buscam, apenas, interesses egoístas – “Eu irei verificar isso entre vós e castigar a malícia de vossas ações”.

Qual é a esperança que nós cultivamos perante a situação real de nosso Brasil? Esperamos uma revolução, uma nova eleição? Ou reavivamos nossa esperança no poder de Deus, buscamos a conversão de nosso coração e começamos uma vida justa e correta iniciando em nossa casa! Seríamos bons discípulos do Senhor, com certeza!

Frei Carlos Zagonel.
Fonte: http://www.paroquiansacoxipo.com.br/conteudo.php?sid=44&cid=3286

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