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Irmãs Missionárias do Bom Jesus

50 ANOS DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS DO BOM JESUS.

D. Orlando Chaves, substituto de D. Francisco de Aquino Corrêa, chegando a Cuiabá em 1956, empreendeu com coragem, tenacidade e zelo apostólico, uma grande campanha em favor das vocações sacerdotais e religiosas. Em 1958, iniciou a construção do Seminário Cristo Rei,  imponente e belo em sua arquitetura, para a formação dos sacerdotes. D. Orlando, muito preocupado com a catequese das crianças, adolescentes, jovens e adultos, fundou a Congregação das Missionárias do Bom Jesus, de direito Diocesano, em 11 de fevereiro de 1966.

O carisma da congregação é voltado para o serviço da catequese, promoção dos direitos dos que estão em situação de maior injustiça, formação de operários para o Reino, incluindo os seminaristas. Estas irmãs desenvolveram intenso apostolado em várias Paróquias da arquidiocese de Cuiabá. Entre elas destacamos a Paróquia de Cristo Rei, S. José Operário, Sebastião (Nobres), N. Senhora das Dores (Barão de Melgaço), S. Sebastião (V. Grande), Divino E. Santo (CPA) e Catedral do Sr. B. Jesus. Abriram, também, duas frentes missionárias fora da arquidiocese: em Juína e S. Joaquim (Barra do Garças).  Além das atividades catequéticas das Missionárias, registramos, com gratidão, o empenho e dedicação dessas irmãs na formação dos Seminaristas (C. Rei) e na construção da magnífica Catedral do Sr. Bom Jesus de Cuiabá. Elas participaram, ativamente, da campanha em prol da construção, pedindo doações e esmolas no comércio Cuiabano para a finalização do majestoso templo, inaugurado em 1972. 
No campo da educação, contribuíram, formando geração de crianças, adolescentes e jovens para a sociedade Cuiabana. Quem não se lembra, em Cuiabá, do antigo colégio “DASA” (Departamento de ação social arquidiocesana)?  Hoje é o conceituado colégio “CEMA” (centro educacional Maria auxiliadora), onde as Irmãs Missionárias desenvolvem, ainda hoje, atividades educativas (pastoral da educação) em favor da Juventude. O Asilo Santa Rita é outra Instituição, ainda hoje, sob a custódia das Irmãs Missionárias. Muitas meninas pobres das nossas periferias passaram pelas mãos acolhedoras e generosas das irmãs Missionárias. Hoje, são mães de famílias cristãs e profissionais liberais cristãos que estão contribuindo com a sociedade. O asilo Santa Rita funciona até hoje, como uma espécie de mini-internato, onde as meninas 6 a 10 anos permanecem durante a semana e são acompanhadas com diversas atividades educativas. No final de semana elas voltam para o aconchego familiar. Centenas de famílias pobres, de Cuiabá e várzea Grande, foram ajudadas pelas irmãs Missionárias, através do asilo Santa Rita.
Neste ano Jubilar das Missionárias do Bom Jesus, evocamos as palavras do Papa Francisco, na sua carta Apostólica às pessoas consagradas, no ano da vida consagrada ( que encerra no dia 2 de fevereiro-2016): “Vós não tendes a apenas uma história gloriosa para recordar e narrar, mas uma grande historia a construir! Olhai para o futuro para o qual vos projeta o Espírito a fim de realizar convosco ainda coisas maiores. É preciso olhar com gratidão o passado, viver com paixão o presente e abraçar com esperança o futuro”. “Espero ainda de vós o mesmo o que peço a todos os membros da Igreja: Sair de si mesmo para ir às periferias existenciais” (Papa Francisco).
Portanto, se desejam as congregações religiosas terem muitas vocações para a continuidade de suas obras, cuidem para que seus membros abracem com fé e esperança o futuro, através da doação missionária, da simplicidade de vida, da atualização dos carismas fundacionais, do testemunho de entrega ao absoluto de Deus e do serviço aos pobres. Pois, como diz o Apóstolo Paulo: “a esperança não decepciona”(Rm 5,5) e nem se funda sobre números de pessoas ou sobre as obras, mas sobre “Aquele em pusemos nossa confiança” (2 Tm 1,12).
 A arquidiocese de Cuiabá rende graças a Deus pelos 50 anos de vida e presença  evangelizadora  das Missionárias do Bom Jesus,  e une-se em oração à congregação, numa grandiosa sinfonia de afetos, para cantar, o TE DEUM dos corações exultantes e agradecidos neste Jubileu.

Pe. Deusdédit M. de Almeida – Sacerdote Diocesano

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